Passadas que estão tantas revoluções, continuamos a precisar de uma utopia que bem pode ter a forma de uma Carta e assentar em valores como a liberdade, a igualdade, a solidariedade, a justiça e a paz.
O movimento necessário à história continua a depender do desejo de atingir uma sociedade perfeita, igualitária, onde a universalidade de direitos seja tão importante como o amor.
Depois da Conferência de Pequim em 1995 surgiu a ideia de uma Marcha Mundial das Mulheres, no momento em que se organizava no Québec a Marcha das mulheres contra a pobreza, «Du pain et des roses». Em jeito de parênteses, não posso deixar de pensar na história portuguesa e na Rainha D. Isabel (n.Saragoça, 1271- f.Santarém, 1336), a quem chamaram de Santa. É por demais conhecido o episódio em que ela, por ser muito piedosa e ajudar os pobres, transforma os pães que leva escondidos no regaço em rosas, no momento em que é interpelada por D.Dinis, respondendo: «São rosas Senhor!». Aqui está uma precursora secular nes…