10.2.19

Muito mais do que o nome, o conceito: mazurca



Sara é caranguejo. Nasceu a 14 Julho de 1985, em Lisboa. Bióloga, da especialidade evolutiva e desenvolvimento, fez o Mestrado no Instituto Gulbenkian de Ciência (2013) e chegou a dar início ao doutoramento. Se o projecto de investigação sobre simbiose foi, por um lado, adiado, por outro foi consumado em projecto comercial.

Foi acontecendo...

Sara precisava de um trabalho imediato. A dada altura, foi trabalhar para a Ajuda, numa retrosaria onde já tinha feito workshops de tricot e costura. Esteve por lá seis meses, ao mesmo tempo que fazia formação em modelagem.
Com o Pedro, seu companheiro, também ele biólogo, começou a desenvolver sacos para os clientes do negócio da cerveja artesanal que ele tinha. Desta joint-venture, cerveja-tecido-desenho, numa aventura que tem tanto de pessoal, como de familiar, nasceu o gosto pela criação de peças têxteis.

Hibridae: alguém falou em insectos?

As espécies hermafroditas estão na génese de uma colecção, criada com Claúdia Alemão. Conheceram-se a estudar o linho e decidiram criar a hibridae há dois anos.  Estiveram nas oficinas do saber fazer, em Matosinhos, e deitaram mãos à obra, neste caso, ao linho. Semearam em Março, colheram no São João. Daqui à Mazurca, uma ideia de estamparia, foi um passo. Sacos, bolsas, outros acessórios e, não exactamente bragais, mas alguma roupa de casa. As aliadas da marca são duas incríveis mulheres, a D.Ilídia (Cabeceiras de Basto) e a D.Dores (Ponte de Lima). A primeira domina e faz ‘a solo’ o ciclo da lã (preparação, fiação e tecelagem) num fuso português. Já a D.Dores domina o ciclo do linho, trabalha muito e tem um negócio familiar.
São tecidos que me apaixonam, o linho e a lã. O amor com que são feitos transborda para a mazurca. Numa loja talvez perto de si (icon, rua nova da trindade, Lisboa).