24.9.15

There's no Limit to my Love




O Portugal futuro é um país 
aonde o puro pássaro é possível 
e sobre o leito negro do asfalto da estrada 
as profundas crianças desenharão a giz 
esse peixe da infância que vem na enxurrada 
e me parece que se chama sável 
Mas desenhem elas o que desenharem 
é essa a forma do meu país 
e chamem elas o que lhe chamarem 
Portugal será e lá serei feliz 
Poderá ser pequeno como este 
ter a oeste o mar e a Espanha a leste 
tudo nele será novo desde os ramos à raiz 
À sombra dos plátanos as crianças dançarão 
e na avenida que houver à beira-mar 
pode o tempo mudar será verão 
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz 
mas isso era o passado e podia ser duro 
edificar sobre ele o Portugal futuro 

Ruy Belo, «O Portugal Futuro» in Homem de Palavra[s], 1970.

23.9.15

m u r a l

«You don't find love, it finds you. It's got a little bit to do with destiny, fate and what's written in the stars.» 

(Anaïs Nïn)


Ora se está escrito nas estrelas, é porque alguém escreveu! Quem, Anaïs, quem?

20.9.15

Últimas horas...
















































Despede-se hoje do MNAA, em Lisboa, a exposição 
Josefa de Óbidos e a Invenção do Barroco Português.

Sevilha, 1630 - Óbidos, 1684



18.9.15

O candidato


Encontro com Sampaio da Nóvoa, Investigadoras/es da universidade, e ONG's, Ler Devagar, Lisboa, 17 Setembro, 14h00.

15.9.15

era uma vez um sonho





«Necessito de umas malditas férias. A Irlanda é divina, ainda intacta, com o mar verde esmeralda estendendo os seus dedos espumosos entre prados verdes, areias brancas, costas abruptas, vacas, gente amistosa, uísque com sabor a mel, fogos de turfa (...)» Sylvia Plath, Cartas a minha mãe, 12 Outubro 1962 (Volume 2, tradução espanhola, grijalbo,s/d).

14.9.15

Margarida

O Museu Nacional de História Natural e da Ciência vai receber a exposição de Margarida Jardim – De raiz, a radice, que estará patente de 24 de Setembro a 31 de Outubro.

Todos sabem que a luz modifica o aspecto de certas substâncias. O papel colorido de forrar paredes desbota nos sítios onde lhe bate o Sol; os tecidos dos cortinados perdem a cor; os fatos mudam de tom depois de usados como se vê muito bem por debaixo das bandas dos casacos onde a luz não incide. Todas estas mudanças são muito lentas. Exigem dias, meses e anos para se notarem. (Citação de Rómulo de Carvalho usado por Adília Lopes no texto do catálogo da exposição).






Margarida Jardim nasceu em Lisboa em 1955, iniciou os estudos na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa em 1973, e começou a trabalhar no Jardim Botânico em 1974. Fez a sua primeira exposição em 1982.

Rua da Escola Politécnica, 56/58 1250-102 Lisboa ; tel.: 210443598 
Horários: Terça a Sexta – 10h00 às 17h00, fim de semana – 11h00 às 18h00, encerra à segunda-feira e feriados

13.9.15

Eduarda



Eduarda Ferreira, Jornal Blitz, 1988, fotografia João Tabarra, produção Cristina Duarte, colecção Inverno 88 José António Tenente

10.9.15

Eu e ele


Estreia hoje em Portugal o documentário de Frédéric Tchen, Dior e Eu, que retrata o mundo da casa Christian Dior, onde o designer belga Raf Simons – que assumiu a direcção criativa da casa francesa em 2012 – encara o desafio de criar uma colecção inteira de Alta Costura, supervisionar a sua produção e escolher o sítio perfeito para a apresentar, em apenas oito semanas, desde o processo criativo até ao trabalho minucioso das costureiras e outros profissionais do atelier Dior em ParisTouchée!

6.9.15

Campanha da pêra




















Com: JU
Foto: CD

(S)he

She, Elvis Costello

















DN, 29.08.2015
Por ocasião do aniversário do nascimento há 100 anos de Ingrid Bergman,  Mariana Pereira do Diário de Notícias entrevistou César Faustino que convidou a actriz a visitar Portugal, em Maio de 1962, numa altura em que ele era correspondente do Diário de Lisboa na Suécia e delegado de turismo português. A estatura dela impressionou-o. Aqui e agora impressionou-me saber que o Humphrey Bogart subia a um estrado para contracenar com ela. Achei graça. O olhar para cima não existe, senão na sua projecção (na tela de cinema como na vida).

CD

emily


emily dickinson, duzentos poemas, tradução, posfácio e organização de ana luísa amaral.