30.10.08

Cuidado com a tristeza

«Cuidado com a tristeza. Ela é um vício», Gustave Flaubert (1821-1880). Ele lá sabia o que dizia.
Para contrariar tristezas, nada como a música. Ei-la! Aqui sob a forma da cantora Roisin Murphy (n.Irlanda), hoje em Lisboa, amanhã no Porto.
«Overpowered», Roisin Murphy.

27.10.08

Marcha Mundial das Mulheres em Vigo III


A Marcha Mundial das Mulheres em Vigo, para além de uma grande manifestação no dia 19 de Outubro, e das jornadas do Encontro em Panxón, centralizou ainda as atenções das participantes à volta do tema da Soberania Alimentar, num fórum que ocorreu no auditório Caixanova de Vigo e onde participaram várias oradoras - Rosario Sánchez, Lidia Senra (Galiza), Esther Vivas (Catalunha), Denise Vuillon (França), Caridad Ynares (Filipinas), Nana Aicha (Mali), Gladys Alfaro (México), Irene León (Equador) - para além de uma feira e festa da soberania alimentar (na Praza da Estrela), com uma intensa programação socio-cultural. A Marcha Mundial da Mulheres terá como próxima acção reivindicativa a denúncia do tráfico de armas e a crescente militarização dos estados do Terceiro Mundo. «Queremos dizer à ONU o que está a acontecer debaixo dos seu nariz», disse Miriam Nobre num discurso do qual daremos aqui conta, em breve.


24.10.08

Marcha Mundial das Mulheres em Panxón

A Manta da Solidariedade Mundial esteve exposta na Galiza, em Panxón, Nigran, onde decorreram as jornadas do VII Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. A Manta em exposição foi construída há três anos, por etapas, quadrado a quadrado, integrando o quadrado português criado por Ana Salazar. O Encontro junto a Playa de Patos deu a conhecer também várias galegas, através da fotografia e da história destas mulheres, muitas vezes uma história de resistência.









Maria

Hoje está a chegar às livrarias portuguesas o novo romance de Maria Velho da Costa, «Myra», a não perder.

23.10.08

Marcha Mundial das Mulheres em Vigo II


A Marcha Mundial das Mulheres no domingo passado em Vigo. Quando chegaram à zona portuária, as manifestantes tinham à sua espera um anfiteatro, onde puderam se sentar e ouvir os discursos das delegadas dos cinco continentes presentes na Marcha. Também houve tempo para dançar, em mais do que uma língua. Um festival de boa disposição e muita energia positiva. Aproveitem o dia. Todos eles.


Madrid contra o machismo


22.10.08

Marcha Mundial das Mulheres em Vigo

No último fim de semana A Cidade das Mulheres foi até à Galiza, onde decorreu durante toda a semana o VII Encontro da Marcha Mundial das Mulheres, uma rede feminista internacional que agrupa mulheres de mais de 150 países. Delegadas dos cinco continentes reuniram-se durante as jornadas agendadas para Nigrán (Panxón, Playa de Patos), em reflexão sobre como construir um mundo de onde sejam erradicadas a pobreza e a violência. «Todas as pessoas, mulheres e homens, e colectivos, que partilham estes dois objectivos, têm um convite para acompanhar as mulheres vindas dos cinco continentes para dar este passo na cidade de Vigo». E assim foi. No dia 19 de Outubro, pelo meio-dia, perto de 10 mil pessoas desfilaram pelas ruas daquela cidade galega, após uma concentração e espectáculo designado por Milladoiro (montículo formado por pequenas pedras amontoadas ao longo do tempo pelos romeiros e peregrinos que se dirigiam a um santuário religioso), na Plaza do Rei (Plaza do Concello de Vigo). No acontecimento participaram para além das delegadas dos 48 países presentes no Encontro, Ana Gesto, Ada Adriana García e Marta López, criadoras do projecto artístico onde participou também a cantora Uxia Pedreira. A composição escultórica de forma circular incorporava vários símbolos alusivos ao caminho: a sandália, calçado que simboliza a/o viajante, e a soca, calçado galego, e também português, utilizado pela mulher rural trabalhadora e que significa a força. Foram estas peças em bronze que adornaram o Milladoiro feito a partir das pedras de cada país participante no Encontro em Panxón. O espectáculo contou também com intérpretes, que se movimentavam dentro do círculo mais largo feito pelas delegadas. As performers tiravam uma a uma as sandálias - a base da sandália tinha a forma de uma soca, sendo a parte superior desenhada em tiras – do montículo central, dispondo-as em círculo, até não restarem sandálias no centro. Nesta sequência de movimento, as delegadas pousavam por último a pedra que tinham na mão (o mesmo para todas as outras que se encontrvam no recinto), o que simbolizou uma oferenda às deusas. A seguir, viu-se a força e a união das mulheres de todo o mundo - na Galiza - para «Marchar até que todas sejamos livres». As ruas de Vigo foram pequenas para receber todas as mulheres, homens, crianças, famílias enfim, que se juntaram àquela magnífica manifestação do passado domingo, que desembocou junto ao porto, próximo do local onde se realizou a Feira de Soberania Alimentar, tema também em destaque no Forum Interncional de Soberania Alimentar, levado a cabo no sábado, no auditório da Caixanova de Vigo. A manifestação não estaria concluída sem uma série de discursos sintéticos, mas incisivos, de algumas das delegadas, nomeadamente aquelas que são representantes dos cinco continentes. A Cidade das Mulheres destacou o da brasileira Miriam Nobre (coordenadora do secretariado internacional) e disso dará conta aqui numa próxima nota a publicar. Bem como dos cânticos feministas, do qual deixo aqui um excerto: «Deixa passar, deixa passar, sou feminista e o mundo vou mudar». Muito ajudou um percussionista português que vinha a acompanhar as portuguesas, que estavam com a Umar (União de Mulheres Alternativa e Resposta), a AJP (Acção para a Justiça e Paz), o grupo de Lafões e o de Soure. As brasileiras juntaram-se a nós e claro as galegas a quem a cidade das mulheres tira o chapéu em estilo de agradecimento e solidariedade. Ou como gritavam as francófonas: «So-so-solidarité, avec les femmes du monde entier». Não seremos livres enquanto uma de nós não for livre. A luta continua.
Igualdade, paz, liberdade, solidariedade e justiça: estes são os valores subjacentes à Carta Mundial das Mulheres para a Humanidde, uma carta adoptada pelas delegadas da Marcha, reunidas em Kigali, Ruanda, a 10 de Dezembro de 2004, e que é constituída por 31 afirmações que descrevem os princípios essenciais da construção de um (novo) mundo, baseado na igualdade, liberdade, solidariedade, justiça e paz.
A próxima acção reivindicativa da Marcha Mundial das Mulheres está marcada para Outubro de 2010, no Congo. A acção será acompanhada de mobilizações em todo o continente europeu.
[O relato da marcha pode ser lido no El País).

14.10.08

marcha mundial das mulheres

Delegadas vindas dos cinco continentes celebram a partir de hoje, 14 de Outubro, na Galiza, o VII Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres.
A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) é um movimento mundial que reúne organizações de base dos cinco continentes que lutam contra as causas da pobreza e da violência contra as mulheres. Este movimento realiza a cada dois anos o seu Encontro Internacional reunindo delegadas de todo o Mundo. Em 2008, este Encontro Internacional acontece em Vigo, na Galiza, entre os dias 14 e 21 de Outubro e contará com cerca de 150 participantes de mais de 40 países. Portugal estará representado no Encontro com uma delegação de jovens mulheres de vários pontos do país, incluindo os Açores. Duas centenas de pessoas do movimento feminista português marcarão ainda presença nos actos públicos do Encontro dedicados ao tema da Soberania Alimentar, a realizar no fim-de-semana de 18 e 19 de Outubro.
O último Encontro Internacional da Marcha Mundial de Mulheres teve lugar em Lima, no Perú e aprovou o Plano Estratégico para os anos 2007-2010 que se divide em quatro eixos de acção: paz e desmilitarização, bem comum e acesso aos recursos, violência contra as mulheres e trabalho. A reunião de Vigo será o momento de avaliar a prossecução das metas e objectivos definidos no Plano Estratégico e analisar os desafios que se colocam neste momento ao movimento feminista. Além disso, este Encontro será também o momento de definir e planificar a grande acção mundial que se realizará em todo o Mundo, e também em Portugal, em 2010.
Deste Encontro Internacional faz também parte um conjunto de actividades públicas acerca da Soberania Alimentar, tema ainda relativamente novo na Europa onde se começa a construir um discurso feminista em torno do consumo e da produção de alimentos. Assim, no dia 18 de Outubro irá realizar-se o Fórum Internacional da Soberania Alimentar onde mulheres de diferentes países apresentarão perspectivas alternativas e experiências de luta acerca do direito dos povos a decidir sobre a sua alimentação.
Durante todo o fim-de-semana haverá uma Feira da Soberania Alimentar com um programa rico e diversificado protagonizado por associações e colectivos da Galiza que trarão ao debate as questões da produção local, dos preços justos, do reconhecimento do papel das mulheres na produção de alimentos, do controlo dos recursos pelas comunidades, do controlo das sementes, entre outros.
Para domingo, dia 19 de Outubro, às 12h30 a Marcha Mundial das Mulheres convoca uma Manifestação que partindo da Praça do Rei percorrerá as ruas de Vigo unindo os desejos dos cinco continentes: MUDAR A VIDA DAS MULHERES PARA MUDAR O MUNDO E MUDAR O MUNDO PARA MUDAR A VIDA DAS MULHERES.

A Coordenação Portuguesa da MMM

Programa detalhado de cada uma das iniciativas em
http://www.feminismo.info/webgalego/vii-encontro-internacional-vigo-2008.html
Mais informações sobre a Marcha Mundial das Mulheres em
http://www.marchemondiale.org/index_html/fr
http://www.ajpaz.org.pt/marcha.htm
http://www.umarfeminismos.org/marchamundialmulheres/mmm.htm
[Nota de imprensa com o Programa detalhado de cada uma das iniciativas em http://www.feminismo.info/webgalego/vii-encontro-internacional-vigo-2008.html]

13.10.08

Baby jornalista II

Não sou de escrever sobre o que não gosto. Mas há motivos e motivos, como uma passerelle constantemente preenchida com fotógrafos que fotografam a assistência, invadindo todo o espaço em busca das imagens que encherão as páginas das tais revistas do coração com os jovens actores e actrizes que agora dirigem a sua atenção à moda de autor em Portugal – porque gostam do métier ou simplesmente porque é uma forma simples de aparecer – e demais personalidades de que não interessa aqui falar. Mas afinal o que se passou na passerelle da modalisboa primavera/verão 2009, passa para além dela? E onde?
Há que falar sobretudo do trabalho que é mostrado na passerelle (acho que é para isso que existe), daquilo que ocupou nos últimos meses os ateliers dos criadores e que só algumas pessoas usarão daqui a seis meses, quando chegarmos enfim à Primavera/Verão 2009. Muito do que é proposto pelos criadores fica no ar e inspira-nos, de acordo com o nosso sistema identitário, os nossos valores, gostos, e humor. O Dino Alves é SEMPRE uma lufada de ar fresco - e «transparente», como ele quer ser e propõe. Transparente como conceito, pois este materializa-se nos jogos de tecidos que deixam ver desenhos ou outros tecidos à transparência. Enrugados e volumes guardam detalhes, padrões, e corações. O nosso está com este criador, que respeita o que faz e faz de nós (todos/as) o seu espelho. (IR)Reverência para ele. Oh yeh. Assim como para José António Tenente que nos levou ao seu «teatrinho» imaginário e a partir de uma estudada série de vestidos e alguns modelos masculinos fez a devida vénia à sua fonte inspiradora de eleição: a pintura e com ela o estúdio. Elas, talvez fossem as pintoras, eles as suas obras? Porque não? Sob o título «shehe wrap’s me... shehe wrap’s me not...» JAT utiliza seda, cetins, mikados, mousselines, organzas e tules para desenhar/pincelar com estes tecidos a figura da mulher, atribuindo quase a figuração aos manequins masculinos. No final, um belo quadro (desenvolvido em vários actos, distribuídos por sua vez em sessões de 10 minutos), que só terminou quando surgiu Bárbara Guimarães, num vestido em tons verdes, volumoso, grande laçada à frente, com um padrão que me fez pensar em camuflado. Clap, clap, clap. À porta, a entrada nada fluída, estava já cheia para a sessão seguinte desta(s) peça(s) de (alta) moda por JAT.

(Continua)

12.10.08

Baby jornalista

Quatro dias de desfiles = 21 colecções = gente + gente + câmaras + acção = fugir-dali-para-fora. Qual a diferença entre os peregrinos de Fátima (a caminho ou já chegados ao santuário) e os peregrinos da modalisboa? A diferença não está na fé, pois esta também move os grupos à volta da moda. Será o culto? Também não, tanto a religião como a moda são igualmente objectos de culto. As diferenças ficam à consideração de quem gosta de ler os fenómenos sociais.
Todos podemos ser jornalistas quando chegamos à modalisboa. E porque não corta-casacas? Ou então sociólogos, mesmo em versão rápida, como as refeições. Dificil mesmo é conseguir fazer análise social - para além das poluentes e invasivas revistas «do coração», como também são conhecidas - e, claro, Jornalismo.
Dentro dos corredores estreitos da tenda instalada dentro da Cidadela de Cascais - graças ao munícipio que é anfitrião e também à junta de turismo da costa do estoril com quem a modalisboa celebrou um protocolo por três anos (vamos a meio) - ou ao ar livre (o melhor de tudo), os convidados desta edição circulam, conversam, em pequenas tertúlias espontâneas onde se aborda assuntos mais ou menos leves, ou mais ou menos profundos. O que me leva a pensar que esta aproximação ao público devolve-lhe aquela primeira qualidade da modalisboa ao ser apresentada dentro da programação das festas de Lisboa, em 1990, no Jardim do Tabaco, com uma passerelle próxima do público, não deixando de ser profissional, pois é ali que são apresentadas as colecções de pronto-a-vestir de um grupo de criadores/as de moda, que hoje representam já várias gerações, começando na Ana Salazar – parabéns para a nossa criadora mais punk! E desta vez até evitou o preto numa colecção definida pela negação afinal da não-cor.
Entre a mais nova geração, a cidade das mulheres destaca os trabalhos instalados na zona «Workstation»: «O Filho Bastardo», onde é patente o trabalho de fotografia associado à padronagem; «Monstrosities» de Soraia Samju; «Exoskeleton» de Catarina Fernandes – que lança para reflexão «se o corpo é o templo da alma, o vestuário será o templo do corpo»; Burgueses & Rebeldes de Filipa Malho, Marina Pires, Pedro Eleutério; e Cristiano Casimiro, com «In You, Not on You, divided by four», uma série de quatro peças, com efeitos de manga dobrada – macaco curto, manga curta; casaco/jaqueta; casaco meia/manga; casaco a ¾ - em que a roupa é «emoldurada» por conceitos - «1.heart. , 2.mind, 3.complacent, 4.malice» - e ao mesmo veículo para despertar consciências perante situações de flagelo social como o tráfico de mulheres, e o abuso de crianças («a report of child abuse is made every 10 seconds»).
Nos dois primeiros dias o tema desta ModalisboaEstoril «Reflashion» - reflectir sobre a moda - passou à prática numa série de conferências com o patrocínio da Nokia e organizado em parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, com a presença de cinco designers de moda lançados no concurso Sangue Novo da Modalisboa e aqui reunidos para apresentar os seus casos profissionais: Susana Cabrito (é designer em Paris, integrando a equipa da Givenchy que desenha a colecção de pronto-a-vestir de mulher), Joana Jorge (é designer em Londres, da etiqueta de Betty Jackson), Filipa Homem (designer da marca sueca H&M), Miguel Flor (designer freenlancer, professor na Academia do Porto) e Sara Lamúrias (designer com marca própria, Aforestdesign).
(continua).

10.10.08

Moura

Alexandra Moura (n.Lisboa, 1973) em conversa com o Dailymodalisboa fala da sua colecção apresentada ontem na modalisboa, cujo tema é o artista Wolf Vostell, nascido a 14 de Outubro de 1932, em Leverkusen, na Renania. Pai do Happening na Europa e criador do movimento Fluxus e da videoarte, a sua técnica pioneira da «Dé-coll/age foi o ponto de partida para as experiências de Moura com efeitos de colagem e de expressão gráfica associadas às propostas para o seu Verão de 2009. As imagens, essas, virão depois aqui na cidade das mulheres.

ARTE = VIDA = ARTE
A Colecção Primavera/Verão 2009 de Alexandra Moura baseia-se no trabalho e obra do criador Wolf Vostell. O despropósito desejado, a elaboração de histórias levadas ao limite, a inspiração nos absurdos da vida quotidiana, do caos do mundo, e outros temas relevantes são abordados pelo artista, e agora pela autora desta colecção.
Vostell será, ao primeiro contacto, um ser da cultura urbana, mas a sua acção sobre o território abana as estruturas de uma estabilidade afinal falsa. Transportando assim, para o espaço público, as coisas encobertas e velhos objectos encantatórios…
A SILHUETA é trabalhada ao nível da forma, dos volumes, das sobreposições e dos encaixes/colagens que remetem para a técnica Dé-coll/age de Vostell. Curta, arredondada, fluida, leve e estruturada, a silhueta é contextualizada num passeio do rural ao urbano.
CORES: predominam o bege e o preto.
MATERIAIS: algodão, jersey, malha e seda com acabamentos tecnológicos.

9.10.08

Em que param as modas?

Vai começar hoje a 31ª ModaLisboa: o calendário desta ModalisboaEstoril Primavera/Verão 09 intitula-se «Reflashion» e visa nesta pasta de som reflectir sobre aquilo que faz a sua matéria-prima: a moda de autor feita em Portugal. A partir das 18h30 sobem à passerelle da Cidadela de Cascais as colecções primavera/verão 2009 de Miguel Vieira, Alexandra Moura, Lidija Kolovrat (em baixo, colecção outono/inverno 08/09, arquivo modalisboa/foto de Rui Rasco). Sexta, 10: a partir das 18h, Pedro Pedro, Dino Alves, Cia. Marítima (Convidado: Brasil), e Ana Salazar (21h30). Sábado, 11: a partir das 14h, José António Tenente, Ricardo Preto, Aforest Design, Katty Xiomara, White Tent (na foto, em cima, outono/inverno 08/08, arquivo modalisboa/foto de Rui Vasco), Nuno Baltazar, e Luís Buchinho (21h). Domingo, 12: a partir das 15h, Aleksandar Protich, Nuno Gama, Lara Torres, Ricardo Dourado, Pedro Mourão, Filipe Faísca (20h).

8.10.08

Sheila

A cantora Sheila Jordan apresenta-se hoje pelas 23h00 no Hot Clube de Portugal (na Praça da Alegria, 39 - Lisboa) acompanhada por um trio de músicos nacionais. A não perder, pois o encontro é histórico.

7.10.08

Carol(e) e o cinema

Carole Lombard nasceu a 6 de Outubro de 1908, baptizada com o nome de Jane Alice Peters. Contam os entendidos que a actriz começou no mudo, como Carol, e graças a uma gralha (já as havia portanto ...), de que a actriz gostou, passou a adoptar esse nome: Carole. A passagem para o sonoro fez sobressair uma refrescante e sensual voz e ela impôs-se em Hollywood na segunda metade da década de 30.
A Cinemateca Portuguesa dedica-lhe agora uma série de filmes neste mês do seu centenário, começando já amanhã, pelas 21h30, com «Twentieth Century» (Século XX), de Howard Hawks, um filme de 1934, em que a actriz contracena com John Barrymore, naquela que é considerada a melhor das grandes comédias do realizador sobre a «guerra dos sexos». Entre uma dezena de filmes com Carole Lombard, destaca-se dia 23, às 19h00, o derradeiro filme em que ela entrou, «To be or not to be» (Ser ou não ser), de Ernst Lubitsch, 1942. Nesse ano, ao regressar de uma viagem de angariação de fundos para auxílio do esforço de guerra, o avião em que seguiam Carole, sua mãe, e outros passageiros, caiu junto a Las Vegas, assim desaparecendo uma extraordinária actriz.

6.10.08

moda e reflexão = reflashion


O calendário da 31ªedição da modalisboa (pela terceira vez 'fora de casa') começa já no dia 9 de Outubro, quinta-feira (até domingo, 12 de Outubro) na Cidadela de Cascais. Primeiro dia: miguel vieira, alexandra moura, lidija kolovrat. Segundo dia: pedro pedro, dino alves, Cia maritima (convidado: Brasil), Ana Salazar. Terceiro dia: josé antónio tenente, ricardo preto, aforest design, katty xiomara, white tent, nuno baltazar, luís buchinho. Quarto dia: aleksandar protich, nuno gama, lara torres, ricardo dourado, pedro mourão, filipe faísca.

Sobre esta correria da moda em quatro dias:
E sobre outras importantes passerelle da europa consultar:

Na foto: Alexandra Moura Outono/Inverno 08/09. Arquivo modalisboa/ fotografia de Rui Vasco.

Sveva

«Feminino singular» (Porto Editora) é o livro que trouxe a Portugal a escritora italiana Sveva Casati Modignani. Com o título «a igualdade dos sexos é um mito», a entrevista que o Jornal de Notícias fez a esta feminista pode ser lida na sua edição de hoje.

casa sem gente, gente sem casa

A Assembleia Municipal discute no dia 7 de Outubro, o estado da cidade. Há 4699 edifícios devolutos em Lisboa. Estimam-se em 60 mil as casas vazias na cidade. E há milhares de pessoas que não conseguem arranjar casa aqui. Cidadãos por Lisboa faz um apelo a todas as associações, movimentos cívicos e grupos informais, assim como a todos os cidadãos de Lisboa para que se juntem à vigília/concentração de modo a que o problema de tantos milhares de casas e prédios vazios não continue a ser ignorado!
Hoje, 2ª feira, dia 6 de Outubro, véspera do debate sobre "O estado da cidade", há uma vigília a partir das 18h30 na Av. De Roma, 14-P, em frente à sede da Assembleia Municipal (entre metro Roma e Areeiro).
Amanhã, 3ª feira, dia 7 de Outubro, concentração entre as 12h30 e as 14h30, frente ao edifício devoluto que ardeu na Av. da Liberdade, 23 (metro Restauradores).

3.10.08

Mulheres em Marcha!

Em vésperas do 7º Encontro Internacional da Marcha a acontecer neste mês de Outubro (de 14 a 21), em Vigo, as delegadas de todo mundo presentes no encontro definirão o modelo da Marcha Mundial das Mulheres que ocorrerá entre 8 e 18 de Março de 2010. Entre outros eixos de debate, na Galiza vai ser discutida a questão da Soberania Alimentar, tema de grande importância e actualidade nos movimentos sociais e no movimento feminista, nomeadamente da América Latina.
Por ocasião do Fórum Social Europeu que terminou no passado dia 21 de Setembro, em Malmo, Nadia Demond do Comité Internacional da Marcha Mundial das Mulheres e da Coordenação Europeia apresentou a seguinte Declaração na Assembleia dos Movimentos Sociais, onde é lançada uma campanha a decorrer até 2010, ano em que mais uma vez as mulheres marcharão em todo o mundo.

«Concordamos com a proposta de uma mobilização europeia contra a degradação das condições de trabalho, contra os trabalhos precários, contra a crescente exploração das forças do trabalho, ao mesmo tempo que os serviços públicos são privatizados ou desmantelados. Estas políticas neoliberais promovidas pela União Europeia e pelos governos nacionais na Europa acarretam mais pobreza e mais trabalho para as mulheres dentro e fora de casa, afectando a possibilidade de independência por parte das jovens raparigas e das mulheres qualquer que seja a sua idade.
Mas não é só na área económica que as políticas de direita estão a ganhar terreno. O fundamentalismo religioso – em particular o do Vaticano – condiciona cada vez mais as políticas dos estados, especialmente os dos países do sul e da Europa de leste, com um constante ataque ao direito ao aborto livre e à contracepção, à autodeterminação dos corpos e à sexualidade, incluindo os direitos civis e sociais dos casais homossexuais.
Assim, a Marcha Mundial das Mulheres inicia agora uma campanha que irá levar a uma nova marcha internacional em 2010, percorrendo simultaneamente os países entre 8 e 18 de Março, em torno de 4 questões principais:
- Independência económica para as mulheres (empregos e serviços decentes)
- Fim à violência patriarcal como instrumento de controlo dos corpos e das vidas das mulheres
- Defesa do bem comum e da soberania alimentar
- Paz e desmilitarização.

Convidamos todas as mulheres e outros movimentos sociais a juntarem-se-nos».

[In Declaração da Marcha Mundial das Mulheres contra a violência e a pobreza, Nadia Demond, Assembleia dos Movimentos Sociais (Contactos - Europa: marchfem@ras.eu.org - Mundial: info@marchemondiale.org - Portugal: umar.sede@sapo.pt - Internet: www.marchemondialedesfemmes.org]
Seguem-se ligações e documentos sobre o estado da arte relativa a temáticas que se entrecruzam e centram em soberania alimentar, femininização da probreza, o papel das mulheres no desenvolvimento, e boas práticas:

http://www.care.org/index.asp
http://we.care.org/notes
http://www.fao.org/
http://www.fbsan.org.br/boletim.htm
http://www.whiteband.org/
http://soberaniaalimentar.wordpress.com/
http://www.fase.org.br/_agroecologia/
http://www.mazinst.org/subjectlist.html
http://www.eldis.org/
http://www.siyanda.org/index.htm
http://www.dialogoeuropafrica.org/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=23
http://www.animar-dl.pt/
http://www.everyhumanhasrights.org/
http://www.globalcitizencorps.org/
http://mwglobal.org/ipsbrasil.net/
http://www.oxfam.org/en/about/issues
http://www.objectivo2015.org/
http://www.pobrezazero.org/
http://www.adrepes.pt/index.php?section=1
http://www.wiserearth.org/
http://www.mulheresdeolho.org.br/

moda do norte para o sul




Anabela Baldaque, Primavera/Verão 2009, amanhã, 4 de Outubro, no Pavilhão Atlântico, Sala Tejo (In Portugal Fashion edição 23/ Tour 2008).
Foto: Carlos de Mello, Anabela Baldaque Verão 1994.

1.10.08

Cat woman!

A cidade das mulheres dedica este excerto filmográfico a uma grande-grande feminista portuguesa. Parabéns CAT!

Quanto à Rita Hayworth, faria este mês 90 anos (n. Brooklyn, Nova Iorque 17 . 10. 1918 - f. Nova Iorque 14.05.1987). Igualmente em sua homenagem, neste dia mundial da música, aqui está ela no papel de Gilda (1946), de Charles Vidor. Do V de vencedora pelo seu aspecto, a V de vítima, vai um passo muito curto. O filme é um interessante objecto de investigação para os estudos (de cinema, de género, feministas, enfim!).

Ainda sobre cinema: começa amanhã a 9ªedição da Festa do Cinema Francês (até dia 2 de Novembro) que percorrerá Lisboa, Almada, Coimbra, Porto e Faro. A inauguração é portanto dia 2 de Outubro com a apresentação do filme «Les Femmes de L'ombre» (Mulheres de guerra), de Jean Paul Salomé, com a preseça do realizador (Cinema S.Jorge, 21h00).