31.12.07

l u z


Boas entradas e um ano promissor! na cidade das mulheres já se vê a luz ao fundo do túnel... é 2008 que se aproxima. Em jeito de despedida de 2007, deixo aqui um poema, «Exercício espiritual», de Mário Cesariny, que povoa o mais belo dos cartões de Natal que recebi.
«É preciso dizer rosa em vez de dizer ideia
é preciso dizer azul em vez de dizer pantera
é preciso dizer febre em vez de dizer inocência
é preciso dizer o mundo em vez de dizer um homem

É preciso dizer candelabro em vez de dizer arcano
é preciso dizer Para sempre em vez de dizer Agora
é preciso dizer O Dia em vez de dizer Um Ano
é preciso dizer Maria em vez de dizer aurora».

happy new year

24.12.07

Toma e embrulha III

Um feliz natal para todas/os! E uma nota de agradecimento para quem visita a cidade das mulheres, e que 2008 seja um bom ano, com saúde, paz, trabalho e muito amor. Auguri!

Cristina L. Duarte








22.12.07

Toma e embrulha II


































Mais sugestões de Natal: poéticas, feministas, deliciosas, como a poesia de Judith Teixeira, ou a mais recente edição da revista semestral Faces de Eva (cuja capa pertence neste número à escritora italiana Elsa Morante; a próxima capa caberá a uma portuguesa, como é hábito na linha editorial deste grupo de investigação da FCSH/UNL) ou ainda os deliciosos biscoitos açorianos, «os micaelenses». Neste capítulo há ainda o magnífico chá da Gorreana, para todos os gostos: orange pekoe, verde, preto. Para quem gostar de oferecer prendas que dão inspiração.

21.12.07

Lula Pena




Daqui a pouco, pouquinho, no ccb, lula pena, primeira parte de Wordsong. até jáááá! Procurem o seu CD [Phados] de 1998, mas pode ser difícil de o descobrir. Esperamos novo registo para 2008? Sim.

19.12.07

Toma e embrulha



Sugestões natalícias, estrelícias, embrulhadíssimas, em afectos de cores várias, às bolinhas vermelhas, besuntadas em azevias de grão, a escorrer papos de anjo, sonhos e mais sonhos.

14.12.07

Beatriz Costa

O dia não podia terminar sem A Cidade das Mulheres anunciar alto e bom som que se celebra hoje, dia 14 de Dezembro, o centenário de nascimento de Beatriz Costa, desaparecida a 15.04.1996. A grande actriz portuguesa, Beatriz da Conceição, nascia a 14.12.1907, na Charneca do Milharado, em Mafra.
«Agulha e o Dedal», em A Canção de Lisboa.

11.12.07

Fernanda Botelho

«Se eu morresse hoje, sentir-me-ia bem de bem-de-morrer, de tal modo me sinto mal de mal-de-viver.»
Fernanda Botelho, O Baile dos Benditos - Necrofilia, in Gritos da minha dança - Inéditos, Presença, Lisboa, 2003.
Morreu hoje a escritora Fernanda Botelho, com 81 anos. Ficcionista e poeta, Fernanda Botelho foi autora de várias obras, entre as quais A gata e a fábula (1960), Esta noite sonhei com Brueghel (1987), As contadoras de histórias (1998), com o qual venceu o Grande Prémio do Romance, e Gritos da minha dança (2003), a sua última obra publicada.

7.12.07

«Génese e Cinema»

O confronto II

Por Catarina Frade Moreira

Anatomia do Inferno é um filme [de Catherine Breillat] sobre a libertação da Mulher. A Mulher do filme assume-se desde logo como sujeito sexual, como sujeito de desejo. Contra a sistemática negação da existência de um desejo sexual feminino, reflectida também na arte, a Mulher ambiciona demonstrar ao Homem que tem desejo e que o seu corpo, a sua nudez e o seu sexo não são obscenos e temerosos. Para isso, de modo a demonstrar a não obscenidade da sua pessoa, apresenta-se durante quase todo o filme, e nas quatro noites em que o Homem a visita, completamente exposta, magnificamente desnudada. Se as roupas foram ao longo do tempo usadas para cobrir a nudez e esconder as “vergonhas” restringindo o corpo e conformando-o, a Mulher de Anatomia do Inferno decide expor a sua nudez. E é mediante esta exposição que o que outrora foi obsceno deixa de o ser, numa pose simultaneamente de afronta e total abandono. Nessas noites, a Mulher está praticamente confinada à Cama, se bem que a observemos por vezes no corredor, abrindo a porta ao Homem, ou na casa-de-banho, na sanita.
A Cama é um dos elementos simbólicos do filme. Representa, por um lado, uma prisão. É feita de ferro, verde, e quer na sua cabeceira quer nos seus pés várias grades ou barras de ferro conferem a sensação de aprisionamento. Neste sentido, e dado que as barras que compõe a Cama constituem um elemento fálico elas reforçam a ideia do jugo da Mulher pelo falo, pela autoridade patriarcal. O falo é então o signo de poder da cultura. Por outro lado, a Cama simboliza a Cruz - composta por duas barras cruzadas - onde Cristo foi crucificado. E, assim, há inegavelmente um paralelismo entre a Mulher e Cristo. Aliás, na parede do quarto da Mulher existe a figura de um Cristo pregada na parede. Este adereço cénico serve para tornar essa comparação ainda mais rígida funcionando como um espelho da Mulher. Na segunda noite de visita, este paralelismo torna-se mais acutilante devido à sucessão de imagens entre o crucifixo na parede - Cristo na cruz ferido e sangrando na cabeça, mãos e pés – e a Mulher na cama, ferida no pulso e sangrando devido à sua menstruação. De salientar ainda que nesta sucessão de imagens também o Homem possui ao pescoço um fio com uma cruz, o que poderá também legitimar e reforçar o elemento comparativo entre a Mulher e Cristo.
A postura da Mulher é, desde o início, uma postura sacrificial, masoquista sem dúvida, mas altiva, e por isso de não vitimização. O espectro da sua morte está ao longo do filme sempre latente, e ela sabe-o. A Mulher sabe que o jogo que propôs terá consequências radicais. Ela não sairá incólume, pois reivindicar o desejo sexual e expor aquilo que é socialmente considerado obsceno -o corpo e o sexo - demonstrando ao Homem que a sua libertação e crescimento passam pela identificação com a Mulher e não pelo antagonismo, desprezo e humilhação, é algo de profundamente revolucionário e audacioso. A violência é sempre o último recurso para quem sabe ter perdido o seu poder e a sua estrutura identitária, a consciência de si. Até a intimidade se estabelecer entre ambos a única opção possível, ou forma de linguagem, ao Homem é a violência. Na madrugada da segunda visita do Homem à Mulher, esta diz-lhe:

Mulher: Last night you wanted to kill me. You fought that urge a long time.
Homem: How do you know?
Mulher: It’s an urge all men have. That’s how they are. That’s why they lie beside us. The veils they adorn us with ritually, anticipate our shrouds. But you’re not part of that. You know nothing of it. You don’t know the harm you could do.


[A Cidade das Mulheres retoma a publicação do trabalho de CFM sobre o filme da cineasta Catherine Breillat, Anatomia do Inferno. Ver cont. «Génese e Cinema III - 25.06.2007]

6.12.07

A imagem, o espaço e o corpo



Inaugura amanhã em Lisboa, na Fábrica Braço de Prata, pelas nove da noite, uma exposição de fotografias de Maria José Palla, sobre o corpo e o espaço. A não perder. De vista.

3.12.07

«Flores de perdição»


Cultura a Norte

No próximo dia 6 Dezembro pelas 18h30, no Porto, Fundação Engenheiro António Almeida (R.Tenente Valadim, 231) será feita a apresentação do livro «Uma História para o Futuro – Maria de Lourdes Pintasilgo» da autoria de Luisa Beltrão e Barry Hatton, com a presença de Ana Luisa Amaral - dois dias mais tarde a professora Ana Luísa Amaral irá ler poemas da sua autoria e será entrevistada pela Professora Doutora Rosa Martelo, numa sessão cultural que ocorrerá então dia 8, às 18:30, na Fundação Eugénio de Andrade (R. do Passeio Alegre, 584).

Casa na Chuva
A chuva, outra vez a chuva sobre as oliveiras.
Não sei porque voltou esta tarde
se minha mãe já se foi embora,
já não nem à varanda para a ver cair,
já não levanta os olhos da costura
para perguntar: Ouves?
Ouço, mãe, é outra vez a chuva,
a chuva sobre o teu rosto.

1.12.07

«Dia da Tentação»



Videoclip do dia da Restauração na Cidade das Mulheres: José Peixoto e Filipa Pais, «Dia da Tentação», realização José Pinheiro.

30.11.07

Faces de Eva

A revista Faces de Eva e as Edições Colibri vão lançar o número 18 desta publicação no próximo dia 4 de Dezembro, terça-feira, pelas 17h00, em Lisboa, na Sociedade Portuguesa de Autores - Sala Carlos Paredes (Rua Gonçalves Crespo, 62). Nascida em 1999, sob a direcção de Zília Osório de Castro, esta revista semestral dedica-se aos Estudos sobre a Mulher, numa perspectiva multidisciplinar. A apresentação do actual número conta com a intervenção de Silvana Marra, intitulada «A reivindicação feminina no facismo italiano».

27.11.07

VTAPE

A Nova Cultura do Hospital Júlio de Matos apresenta no Espaço Polivalente - uma antiga cozinha desta unidade hospitalar convertida em espaço de exposições e outras actividades culturais - uma mostra de vídeo arte que reúne 10 obras de 10 artistas, incluindo um artista paciente do Hospital Júlio de Matos. VTAPE é um exercício pessoal de reflexão sobre o contexto social e o espaço físico utilizado para a realização da mostra.
ANA EFE, ANA RITO/HUGO BARATA, ANDREA BRANDÃO, ARTUR MOREIRA, INÊS AMADO, LUÍSA MENANO, LA PLUME ELÉCTRIQUE, MÓNICA DE MIRANDA, PAULA ROUSH, e PAULO ROMÃO BRÁS são os artistas participantes. VTAPE é um evento que reflecte o investimento da Nova Cultura do Hospital Júlio de Matos, um núcleo renovado em Outubro deste ano, e que prossegue os objectivos sociais que caracterizam a intervenção terapêutica do Hospital Júlio de Matos. A Nova Cultura do Hospital Júlio de Matos incentiva e promove a cultura artística, como estratégia de valorização do bem-estar da comunidade hospitalar e da formação do indivíduo. Desmistifica conceitos estigmatizantes associados à doença mental, promove a abertura de portas e as actividades artísticas como pontes de socialização, procurando valorizar o património humano, cultural e artístico do Hospital Júlio de Matos.
VTAPE – Mostra de Vídeo Arte no Hospital Júlio de Matos, Espaço Polivalente, na Avenida do Brasil, 53, Lisboa, até 31 de Novembro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 16h.

25.11.07

Violência de género II

«Contra as violências feitas às mulheres - Nem mais uma! ».
Jornada Internacional
Por ocasião da sua última reunião em Julho de 2007, a Coordenação Europeia da Marcha Mundial das Mulheres decidiu lançar uma campanha contra as violências feitas às mulheres. Ela começará a 25 de Novembro de 2007 para terminar durante a terceira Marcha Mundial em 2010. Para tal, tomámos como ferramenta principal uma braçadeira com as palavras: Nem mais uma!
Procuramos que esta campanha diga respeito a toda a gente, homens e mulheres, que façam alguma coisa para mostrar ira, solidariedade e empenho, ao lado de todas as mulheres vítimas de violências; e denunciem os homens agressores que não devem contar nem com o nosso apoio nem com o nosso silêncio. De cada vez que uma mulher for agredida, violentada, assassinada, usaremos esta braçadeira durante um dia, no metro, na escola, na rua, no trabalho.
Gostaríamos que esta braçadeira se tornasse um rito político, uma nova forma de denúncia pública.
Em tempo de paz como em tempo de guerra, as mulheres são alvo de atrocidades pela simples razão de serem mulheres. Milhões de mulheres são espancadas, violadas, assassinadas, agredidas, mutiladas, ou mesmo privadas do direito de existir. Para tal, todos os pretextos são bons: costumes, religiões, práticas culturais, ou a suposta superioridade do homem sobre a mulher.
A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES É UMA FORMA DE OPRESSÃO GRAVE QUE CORRÓI TODAS AS SOCIEDADES DE TODOS OS PAÍSES DO MUNDO.
QUEREMOS PÔR FIM A ISTO!
QUEREMOS SEGURANÇA PARA TODAS AS MULHERES
EM TODA A PARTE NO MUNDO!
[Comunicado da Coordenação Europeia da Marcha Mundial das Mulheres. A Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres é constituída pelas seguintes associações: AJPaz - Associação para a Justiça e PazAMCV -, Associação de Mulheres Contra a Violência, Clube Safo Ilga Portugal, UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta.]
__._,_.___

23.11.07

Violência de género

A Associação de Mulheres Contra a Violência divulgou o seguinte comunicado intitulado «16 dias de acção contra a violência de género».

Portugal teve, no segundo semestre de 2007, a Presidência da União Europeia. Nesse contexto, tiveram lugar eventos como: Conferência de Encerramento do Ano Europeu de Igualdade de Oportunidades para Todos; 6ª Mesa-Redonda Europeia sobre a Pobreza e a Exclusão Social, Conferência sobre Tráfico de Seres Humano e Género e Conferência sobre Empregabilidade, Empreendedorismo e Estereótipos de Género.
Tudo isso não garante, no entanto, a aplicação de estratégias, medidas e orientações que daí tenham resultado.
É assim urgente criar indicadores nacionais, e europeus, que permitam monitorizar e fazer o accountability dos objectivos traçados.
Para além disso, Portugal confrontou-se nos últimos dois meses com alterações graves aos Códigos Penal e Processual, cujo impacto está ainda por avaliar e que colocam as mulheres e crianças vítimas de violência em situações de desprotecção ao retirarem às polícias e ao Ministério Publico o seu papel contentor do agressor.
Importa, também, reflectir sobre o impacto económico do modelo nacional de protecção de mulheres e crianças vítimas ou em risco de violência, o qual funciona quase exclusivamente com base no acolhimento das vítimas.
A AMCV apela, por último, ao Governo que crie medidas reais ao nível das escolas no sentido da prevenção da violência de género.
A Associação de Mulheres Contra a Violência associa-se, ainda, aos 16 Dias de Acção contra a Violência de Género, através da transmissão de spots nas rádios entre os dias 25 de Novembro - Dia da Eliminação de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres - e 10 de Dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos.

22.11.07

A rainha de copas e as amigas




Disneyland Resort em Paris desenvolveu este mês um projecto associado às celebrações do seu 15º aniversário: desenhos Top para estrelas nossas velhas conhecidas. José António Tenente vestiu a Rainha de Copas (mais estilizada do que a original), à Vivienne Westwood saiu-lhe a Branca de Neve na rifa, e por aí fora. Todas elas encontraram-se num desfile de carne e osso, com muita imaginação.

21.11.07

Nicole



Nicole Willis & The Investigators, «If This Aint Love (Don't know what is)».
Nicole e os seus investigadores irão estar na próxima segunda, dia 26 de Novembro, pelas 22h30, no Arena Lounge do Casino de Lisboa.

20.11.07

«Dignidade Humana»


O Prémio Dignidade Humana atribuído pelo Parlamento Europeu será entregue a Marina Nemat, autora de A Prisioneira de Teerão, no próximo dia 15 de Dezembro, em Milão, numa Gala de Natal. Atribuído pelo Parlamento Europeu a personalidades que contribuam para o reconhecimento dos direitos humanos, o livro editado em Portugal pela QuidNovi, já teve quatro edições e mais de 10 mil exemplares vendidos. Mario Mauro, Vice-Presidente do Parlamento Europeu, justifica a atribuição da primeira edição deste prémio à «escritora iraniana que, através do seu livro A Prisioneira de Teerão, coloca em evidência o desconforto e a violência que experimentou num país onde a dignidade humana é letra morta. Marina Nemat foi a escolhida para receber este prémio devido à força das suas convicções apesar das más experiências de vida. Para além disso, a maneira como fala do seu destino dá-nos um importante sinal da possibilidade de redenção da dignidade humana e transmite uma mensagem de esperança a todas as pessoas maltratadas.»

13.11.07

Zambrano, a filósofa


No próximo dia 22 de Novembro, em Lisboa, decorrerá no Instituto Cervantes
uma jornada sobre a filósofa espanhola María Zambrano. Com início às 10h00, o
«Encontro Ibérico: Reflexões em torno de María Zambrano» é uma
proposta que Faces de Eva - Estudos sobre a Mulher (FCSH/UNL) leva a cabo,
com base numa ideia acolhida por três mulheres: Maria João Cabrita, Maria
João Cantinho e Isabel Lousada. Especialistas e estudiosos/as no
domínio filosófico e cultural, como António Cabrita, Maria João Cantinho,
Jesús Moreno Sanz, José Augusto Mourão, Cármen Revilla, Fernanda
Henriques, Teresa Santos, Maria João Branco, Maria João Cabrita e
Maria João Neves irão intervir, com Nuno Nabais a iniciar o evento com uma
homenagem a Eduardo Prado Coelho, recentemente desaparecido e que gentilmente
havia aceite o convite para participar no mesmo.
Paralelamente decorrerá uma mostra de livros da filósofa, assim como
em torno da sua obra, das editoras Assírio & Alvim, Relógio d’Água, Fim
de Século e Imprensa Nacional, juntamente com o Instituto Cervantes.
De uma amplitude inquestionável o pensamento de María Zambrano,
será analisado sob diversos ângulos. Espera-se proporcionar ao
público um encontro fértil com a obra de uma pensadora pouco
divulgada entre nós, não obstante o fulgor que dela emana.
O público interessado contará ainda com uma mesa redonda na
Fábrica Braço de Prata, pelas 22h00.

5.11.07

Eco-feminismo

O grupo Faces de Eva promove mais uma Sessão Cultural na próxima quarta-feira, dia 7 de Novembro, pelas 15h00, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Sala de reuniões do Conselho Directivo, 7.º andar, Torre B), na Av.Berna, 26 C.
A convidada é a Engenheira Cristina Assis que irá intervir a propósito do tema «Ecofeminismo: Evolução e Tendências». Licenciada em Engenharia Têxtil pela Universidade do Minho, Cristina Assis iniciou a sua actividade em 1989, junto de várias empresas têxteis. Actualmente, encontra-se em fase de conclusão do Mestrado em Literatura e Cultura Comparadas, tendo apresentado uma dissertação de mestrado intitulada «Reconhecer-se Além Fronteiras: Ecofeminismo e o Pensamento de Maria de Lourdes Pintassilgo», sob orientação da Professora Doutora Ana Luísa Amaral.

2.11.07

Mulheres e trabalho

Um texto que reflecte sobre as mulheres no seu local de trabalho, escrito por uma mulher do NYT, Lisa Belkin.

A realidade é múltipla

Há dias perfeitos (por vezes) em Lisboa. Como este, em que a Cidade das Mulheres teve a visita da Patti Smith. Quem a viu, não esquecerá essa noite de 28 de Outubro de 2007. Uma comunidade perfeita no Coliseu, em partilha com a artista e os seus músicos.

Crimes contra a humanidade

«Darfur Now»: estreia hoje em Nova Iorque e Los Angeles o documentário escrito e realizado por Theodore Braun, onde se reportam as atrocidades que têm tido praticadas no Darfur, uma zona do planeta em que, segundo uma estimativa de 2007 das Nações Unidas já foram mortas 200 000 pessoas e dois milhões e meio foram deslocadas das suas aldeias de origem.

30.10.07

Divas

Em Londres, o Queen Elizabeth Hall espera pelas nossas divas do fado na próxima quinta-feira, dia 1 de Novembro, a partir das sete e meia da tarde.

29.10.07

«Visões sobre Cemitérios de Pianos»


É hoje, dia 29 de Outubro, pelas 19h00, que estreia a Perfinst (performance-instalação) «Visões sobre Cemitério de Pianos», uma produção da Karnart, com dramaturgia, instalação e direcção de Luís Castro, a partir da obra literária de José Luís Peixoto, «Cemitério de Pianos», com interpretação de Bernardo Chantillon, Emanuel Arada, Fernando Grilo, Joana Furtado, José Mateus, Marta Mendes e Patrícia Andrade que representam tanto uma das personagens do livro, como o papel de cicerone dentro da instalação, que contém ainda textos bordados por Inês Costa. A não perder, de segunda a sexta, às 19h00, até Dezembro. Entretanto, continua em cena, até 23 de Novembro, no Espaço Karnart, a peça «O Homossexual ou a Dificuldade em Exprimir-se» (Copi), pelas 22h00.

[Rua Escola Medicina Veterinária, 21 - Lisboa; Tel. 213152192].

26.10.07

Patti



«Free Money», Patti Smith, em Estocolmo, em 1976.
Em Lisboa, no próximo domingo, dia 28 de Outubro.

25.10.07

Tratados (de moda) IV




A saia que se desfaz ao andar foi a imagem forte do desfile de Lara Torres, cuja colecção integra o projecto Mimesis da criadora, baseado numa pesquisa conceptual e formal da relação entre vestuário e memória - o que a leva a trabalhar por vezes o têxtil como matéria-prima escultórica.
Ricardo Dourado mostrou para o Verão de 2008 vestidos longos, com efeitos de franzido na bainha, mais curta atrás do que à frente, sobreposições, trabalhos de volume, mistura de cores frias, malhas caneladas com inserção de tecido, sandálias altas e baixas, de aspecto confortável. Dourado inspirou-se no final do século XIX, onde foi buscar a obsessão pela luz, bem como os efeitos cromáticos. As estruturas frágeis, quebradas ou desconstruídas foram trabalhadas de uma forma abstracta. Não dá para esquecer os guizos colocados num vestido mini, ou nas frentes de calças.
Nuno Gama foi buscar o galo de Barcelos - ícone com que brinca recorrentemente, já que Gama desde os anos 90 que prima por se inspirar, e bem, na nossa etnografia e cultura regional - e deu-lhe um banho de glamour, utilizando padrões, cores, e materiais para o converter numa peça-chave da sua colecção de Homem: «Fetiche-sport-couture-clube».
Osvaldo Martins mostrou a sua nova etiqueta masculina, ADD.UP, com a qual preza conjugar o formal e informal. Ao apurado desenho de formas aliou uma dose de revivalismo, moderado, criando uma galerias de figuras identificáveis com tipos sociais e estéticos de masculinidade. Aplauso.

Galeria de fotos, de baixo para cima, Lara Torres, Ricardo Dourado, Nuno Gama e Osvaldo Martisns/«Add Up».
Arquivo ModaLisboa/ Fotografia Rui Vasco.








Teresa



«Silence, Night and dreams»: o novo disco do Zbigniew Preisner com a participação da nossa Teresa Salgueiro.

24.10.07

Maria Helena



Lisboa recebe hoje, vinda de Paris, uma exposição retrospectiva de Helena Vieira da Silva, que nos remete para os vários temas da pintora: a estrutura espacial, as bibliotecas e as cidades, os arlequins, entre outros. A inauguração é às 18h30, na Fundação Arpad Szénes-Vieira da Silva, no jardim das Amoreiras, e a exposição pode ser vista até dia 17 Fevereiro de 2008. Para o ano será também o centenário do nascimento desta artista (n.Lisboa 13.06.1908- f.Paris, 6.03.1992) que muito cedo descobriu a sua paixão pelo desenho e pela pintura. Partiu para Paris aos 18 anos, inscrevendo-se ali nas Academias La Grande Chaumière e Scandinave, onde trabalhou com Duffrene, Waroquier e recebeu lições de Fernand Léger. Em 1930 casou-se com o pintor húngaro Arpad Szenes. Na Segunda Guerra Mundial o casal vem para Lisboa, mas são hostilizados pelo regime salazarista e viajam para o Brasil. Regressam a Paris em 1947 e dez anos depois já estão naturalizados franceses. Em 1961 Maria Helena Vieira da Silva obteve o Prémio Internacional de Pintura, na 6ªBienal de S.Paulo. É dela a frase «gosto muito de ser oficial do meu ofício». Voltou várias vezes a Portugal, nomeadamente para acompanhar os trabalhos de reprodução em azulejo da obra Le Métro - numa das estações do Metropolitano de Lisboa – , uma obra original de 1940, que reflectia as saudades que a artista sentia de Paris. (Na imagem, Auto-retrato, 1930).

23.10.07

Tratados (de moda) III


Nuno Baltazar fechou o calendário da ModaLisboaEstoril com o seu melhor estilo para o Verão de 2008: música e moda na passerelle, com referências à fotografia e a um nome maior da primeira metade do século - Hoyningen-Huene -como o fez na primeira parte da década de 90 a dupla Abbondanza/Matos Ribeiro. Imagens couture, emolduradas pela voz, ao vivo, da cantora Anabela Duarte. Temas como «Je suis snob» ou «Danse du chat» atravessaram-se na passerelle, o que nos deixou uma dúvida: «de quem é afinal o palco?».
Fotografia de Rita Carmo.

22.10.07

Tratados (de moda) II



White Tent é o nome de um novo colectivo de moda reunido no início deste ano, com Ei Ei Kyaw (Birmânia), Evgenia Tabakova (Rússia) e Pedro Noronha-Feio (Portugal) - tendo estudado na Central Saint Martin´s, Royal College of Art e no London College of Fashion, respectivamente. A relação do corpo com as formas geométricas domina esta colecção para a Primavera/Verão de 2008. A modelagem é simplificada, e a abordagem ao vestuário pode ser primária, mas nem por isso menos interessante, explorando ligações ao universo da ficção cientifica e aos têxteis tecnológicos - mesmo que datados, como o tyveck. Um percurso que está a fazer-se agora e que é a acompanhar.



Tratados (de moda)







Passada a semana do Tratado de Lisboa, desde o final da 29ªedição da ModaLisboa na semana passada, e com a nova terminação «Estoril», eis que se volta aqui a outros protocolos, em particular aquele firmado entre a Associação ModaLisboa, a Câmara Municipal de Cascais e a Junta de Turismo da Costa do Estoril) que assegurou uma mudança para «o início de uma nova idade para a ModaLisboa», e portanto uma idade que se quer maior. Agora, «I must remember this...» - em alusão ao início da trilha sonora de Casablanca, o filme -, o tema musical que vem a propósito desta mudança da Modalisboa seria o «Ser Maior - Uma história natural», o título do albúm dos Delfins, cujo vocalista também assistiu a alguns dos desfiles na Cidadela de Cascais, de onde, segundo ele, podia ir a pé para casa. A sénior do jet-set da zona, Lili, pensaria talvez o mesmo. O que é certo, é que o clima da baía estava muito agradável, a descontracção e o espírito marítimo inspirava uma ida de um, dois, três ou mesmo os quatro dias deste calendário de moda (entre 11 e 14 de Outubro). Parecendo que tinham saído directamente do seu atelier, as manequins de José António Tenente (duas fotos, em baixo), a jogar em casa, abriram os desfiles de sábado, 12, pelo meio-dia. As propostas do criador para Homem e Mulher foram ao encontro do «sem tema», da descontração com brilho, da silhueta esguia versus o jogo de volumes. Desta passagem para a de Ana Salazar (duas fotos, em cima), a temperatura dentro da tenda instalada no centro da Cidadela foi aumentando. Mais um efeito de realidade para quem apresentava roupa para o próximo Verão. O desfile começou sem música, o som ouvido no espaço era apenas o dos leques (improvisados ou não...) da assistência e das passadas das manequins, em visual minimalista branco, com chapéu (peça indispensável às nossas avós, e a nós, no futuro, com o aquecimento global...). Eis que surge então a criadora na passerelle, colocando aí o chamado «tijolo» para deixar a música rolar. Jovialidade garantida à nossa pioneira da moda que, continua sempre em grande forma. «Outside in - Inside out» intitula uma colecção feminina que desconstrói formas, deslocalizando-as, e construindo peças novas como o vestido preto com encaixes de peito a decorar frente e costas, ou um outro feito inteiramente de tiras de colchetes, excelente para usar em sobreposição.
Sigam algumas das imagens feitas pelo fotógrafo Rui Vasco / Arquivo ModaLisboaEstoril. [Continua].





O espírito nómada



Tinariwen, «Água é vida». Passaram por Lisboa na sexta-feira passada, no CCB, os músicos deste colectivo, Tinariwen, que dá também nome a um movimento que nasceu de toda a dor que os Tuaregues sofreram, como se conta neste documentário. A Cidade das Mulheres viu naquele concerto um oásis musical do melhor, territorializado aqui à beira do Tejo, pelos cinco músicos que subiram ao palco, incluindo as quatro guitarras eléctricas, um bailador, e um percussionista (fabuloso). Só se sentiu a falta das vozes femininas, que se encontram neste registo audio-visual.

18.10.07

Gosto(s)

As colecções de pronto-a-vestir Primavera/Verão 2008, na América e na Europa, vistas à lupa por Cathy Horyn, do NYT: a verificação de que as tendências produzidas são múltiplas e é o gosto por pontos de vista extremos aquilo que as liga .

17.10.07

Levanta-te!

Em 2006, 23.5 milhões de pessoas em todo mundo levantaram-se contra a pobreza. A luta contra a pobreza intensifica-se em várias campanhas durante Outubro, e sobretudo hoje, 17, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Esta luta tem que ser uma constante diária, porque continua a morrer uma criança a cada três segundos que passam devido à pobreza extrema.
Requiem à Pobreza numa parceria de organização com o coro Vox Laci e Pobreza Zero - saiba mais em www.voxlaci.com - é uma iniciativa internacional a que Portugal aderiu e que dá ao maior número possível de pessoas a oportunidade de elevar as suas vozes para fazer tanto uma declaração artística como política e assim apoiar a luta contra a pobreza global. São já 200 os coralistas inscritos.
Hoje vamos «Levantar-nos contra a Pobreza». O motivo não é «bater um record do Guiness» mas sim atrair atenções e manifestar que estamos contra a pobreza e a favor do cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Consulte www.pobrezazero.org/levantate. Use uma banda branca, símbolo de luta internacional contra a pobreza.

16.10.07

Moda Giroflé

Anabela Baldaque (n.Vizela, 1964) inspirou-se numa canção para trazer à ModaLisboa Estoril uma colecção Mulher Verão 2008 plena de riscas, quadradinhos, pintas, na sua linha habitual de jovialidade. Algumas impressões a descobrir sobre tecidos de seda, de riscas finas, outros estampados em mistura, com bolas pinceladas.
Fotografia de Rita Carmo.

15.10.07

Estreia(s) em Lisboa

Outubro é mês de estreias na Karnart - Criação e Produção de Objectos Artísticos. Hoje à noite, pelas 22h00 é apresentado «O Homossexual ou a Dificuldade em Exprimir-se», direcção de Luís Castro, com André Amálio, Miguel Loureiro, e Luís Castro que dirige ainda a performance-instalação «Visões sobre Cemitério de Pianos», baseada na obra recente de José Luís Peixoto, com estreia marcada no próximo dia 29 de Outubro.

Praça forte da moda


Miss Soares esteve no dia 12 na ModaLisboa Estoril, viu as colecções Primavera/ Verão 2008 de Dino Alves e Alexandra Moura. Seguem-se as suas impressões registadas na Cidadela de Cascais para A Cidade das Mulheres.


A Alexandra Moura não surpreendeu mas agradou, com peças simples e materiais confortáveis para utilizar no dia a dia. Já o Dino Alves.....fez pensar! Depois de ver o seu desfile, a primeira coisa que me lembrei foi dum slogan muito conhecido que o Fernando Pessoa fez certa vez para a coca-cola, quando trabalhava em publicidade, que define bem o que senti ao ver o desfile : «Primeiro estranha-se, depois entranha-se».
Comecei por ver peças que achei estarem deslocadas no tempo. Parecia que tinha voltado aos anos 80 (cortes, materiais), e ao fim de algum tempo senti empatia e identifiquei-me com o desfile. Existe uma nítida evolução na apresentação das peças ao longo do tempo, que é representada em cada peça que surge. Foi uma sensação estranha mas que no fim trazia conforto e satisfação. É uma abordagem descontraida e divertida que termina com o próprio Dino Alves vestido de robot a ser comandado por um miúdo. Foi interessante porque normalmente os criadores não se expõem desse modo. É preciso ter coragem. Outra coisa que achei interessante foi o modo como atribuiu novas funções aos objectos, como, por exemplo, aos bonés de pala, com aplicações de franjas transformados em ombros de vestidos .
Gostei muito. Foi uma agradável surpresa, construiu uma história e deliciou a audiência sem mostrar apenas a pretensão de vender.

A música de Ricardo



The National, «Fake Empire».

ModaLisboa|Estoril - fake empire


Umas das colecções fortes da ModaLisboa: Ricardo Preto. Servindo-se de uma canção, cujo refrão «We're half-awake in a fake empire» foi o seu ponto de partida, Ricardo construiu uma colecção com várias notas de personalidade, masculina e feminina. Silhuetas influenciadas não só pela música, mas também pela Arte Deco e pelos anos 20, pela figura de Edith Bouvier Beale, e por todas essas influências exploradas por Preto ele criou figuras tão variadas, sobretudo na parte feminina da colecção. Mais apontamentos na cidade das mulheres, nos próximos dias.

Fotografia de Rita Carmo.

14.10.07

ModaLisboa | Estoril - dia D


Hoje, domingo, a Cidadela de Cascais, praça forte do regimento militar desde 1707, recebe os seguintes desfiles: Lara Torres 15h00, Ricardo Dourado 16h00, Nuno Gama 17h00, Anabela Baldaque 18h, Ricardo Preto 19h00, Add Up de Osvaldo Martins, Nuno Baltazar 21h00.
Na imagem, colecção de Alexandra Moura, final do desfile, fotografia de Rui Vasco/ Arquivo ModaLisboa.

ModaLisboa|Estoril... quente quente







Colecções Primavera/Verão 2008 Katty Xiomara, Filipe Faísca e Aforest. Fotografia de Rita Carmo.


12.10.07

ModaLisboa | Estoril - a floresta, dos franzidos e dos vestidos

Ainda na caderno de notas do primeiro dia (11) da ModaLisboa, registo as impressões esbatidas em algodões cinza da aforest, assinada por Sara Lamúrias, que opta por colocar na passerelle rapazes e raparigas, de ténis, que caminham como na rua, em perfeita descontração. Sempre em camisola de manga curta ou cava, com pequenos efeitos de ombreiras, optando pelos tons pálidos, a colecção é completamente casual e juvenil.
Katty Xiomara é a senhora que se segue na Cidadela de Cascais: o desfile abre com uma série de mulheres que, às escuras, preenchem a passerelle, e depois regressam aos bastidores para voltar de seguida com as luzes já apontadas para o lado teatral desta colecção que vive de muitos franzidos, folhos, mistura de níveis e padrões com lisos/transparências. O vestido «abalonado», curto, já imagem de marca de Katty, os decotes cai-cai, as blusas amplas, a roda, os brilhos nas pestanas, os cabelos presos debaixo de fitas-quase-toucas e os ganchos sobrepostos, tudo faz parte do modo quente de como Xiomara faz moda.
A noite já ía longa quando Filipe Faísca entrou em cena: quase uma hora depois do previsto, às 23h, ao som de uma música com St.Tropez peo meio, Faísca fez o elogio dos vestidos, revisitando através deles os anos 60 - dos estampados lindos, das cores em conjugação perfeita. Uma colecção linda, só assombrada pelos sapatos-altos-demasiado-altos nos quais nem todas as manequins conseguiam ou podiam deslizar. Mulher sofre.
[Fotografias em breve, também de sexta-feira. Amanhã, o dia começa em cheio na Cidadela: José António Tenente 12h00; Ana Salazar 15h30; segue-se pelo sábado dentro Pedro Mourão, White Tent, Aleksandar Protich, Lidija Kolovrat, Lion of Porsches, e Maria Gambina].

ModaLisboa | Estoril - colecção de vidro


Luís Buchinho chamou «Coração de vidro/Heart of glass» à sua colecção Primavera/Verão 2008, apresentada ontem na ModaLisboaEstoril, na Cidadela de Cascais. Uma nova fortaleza para a moda nacional de autor recebeu convidados, criadores e toda a classe profissional que o sector envolve - maquilhadores, cabeleireiros, aderecistas, etc. Caderno de notas nas mãos, primeira fila, ambiente descontraído - A Cidade das Mulheres gostou do ambiente que se vivia no primeiro dia de desfiles dentro da Cidadela, com muitos jovens, algumas personalidades da música, do cinema, do teatro e da vida social. Sob o signo de Luís Buchinho (n.Setúbal, 1969), a passerelle encheu-se de mulheres vestidas de branco. Muitos calções, em malha de algodão, fluídos, gancho descidíssimo.
Mais notas: sapatos de salto alto, demasiado alto. Plissados em saias, sobrepostas, com efeitos de apanhados na de cima. Drapeados vários. Aplicação de materiais em saias, lateralmente, sobre bolsos, como se de vidros partidos se tratassem. Ao criador de moda, interessou-lhe explorar a imagem de um vidro estilhaçado, e a sua transformação numa peça agressiva quando quebrada.
E ainda outras notas: o vestido-calção, a cor única (roxo), as transparências em ligação ou sobreposição a blusas, ou vestidos, a silhueta mini, as cores, duas ou três em conjugação perfeita (como na fotografia de Rita Carmo, acima), os efeitos pictóricos, Sonia Delaunay on my mind?

10.10.07

ModaLisboa|Estoril ...cada vez mais perto


Começa quinta-feira, 11 de Outubro, mais uma edição da ModaLisboa, num cenário muito adequado à Primavera/ Verão 2008: a Cidadela de Cascais. Por via de um protocolo assinado entre a Associação ModaLisboa, a Câmara Municipal de Cascais e a Junta de Turismo da Costa do Estoril o calendário de desfiles nacionais irá ter lugar naquela vila, durante quatro dias. Por ordem de entrada em cena, teremos a abrir esta semana da moda Luís Buchinho, dia 11, 19h, seguido de aforest-design (20h), Katty Xiomara (21h) e Filipe Faísca (22h).

9.10.07

Biografias de mulheres

A Biblioteca-Museu República e Resistência, em Lisboa, realiza nas próximas quintas-feiras de Outubro, sempre às 18h30, um ciclo de conferências intituladas «Biografias de Mulheres do Século XX em Portugal» coordenado pelo Centro de Estudos das Relações Interculturais da Universidade Aberta. Margarida Carvalho profere a primeira das conferências, dia 11, «Domitila de Carvalho» (1871-1966), que foi uma das três primeiras deputadas eleitas em Portugal, em 1933, juntamente com Maria Guardiola e Cândida Pereira. Domitila foi também pioneira por ter sido a primeira mulher a ingressar na Universidade de Coimbra. No dia 18 Natividade Monteiro apresenta «Maria Veleda» (1871-1955), presidente da Obra Maternal, um projecto da Liga Repúblicana das Mulheres Portuguesas, sendo uma das primeiras feministas, cujo núcleo de actividade se inicia no final do século XIX. Dia 25 de Outubro Maria José Matos dará uma conferência sobre Maria Palmira Tito de Morais [Sobre cada uma destas mulheres, e muitas mais, pode consultar o Dicionário no Feminino (Séculos XIX - XX)].

5.10.07

Trasfega em Lisboa


O colectivo Trasfega fez algumas peças quentinhas e chamou Outono/Inverno à sua segunda colecção. Vindas de Coimbra as quatro raparigas que formam o colectivo entram no nº99 da Rua da Rosa, no Bairro Alto, Cem Medos, já a partir de sábado, pelas 19 horas. Elas aceitam encomendas para fazer ou refazer peças de roupa e acessórios (malas, sapatos, gravatas, relógios e outras coisas mais. Contacto: Manuela Brito mmbrito@gmail.com).

4.10.07

Brava Dança no Fundão



O Imago, Festival Internacional de Cinema e Vídeo Jovem, no Fundão, exibe logo à noite,«Brava Dança» (2006), de Jorge P.Pires e José Pinheiro. A Cidade das Mulheres passa aqui o trailer do filme, produzido para a sua estreia, em Lisboa, em Março último.

Música na cidade III

No CCB, no âmbito das comemorações do 20ºaniversário do programa ERASMUS, há logo à noite um concerto de entrada livre, na praça do Museu: «The Gift», às 21h00.

3.10.07

Constança

Inaugura amanhã, quinta-feira, 4 de Outubro, às 21.00, a Instalação de Constança Meira, no Espaço Karnart - Criação e Produção de Objectos Artísticos, na Rua da Escola de Medicina Veterinária, 21, em Lisboa (patente de Segunda a Sexta, das 21.00 às 23.00).

2.10.07

«Empregabilidade e Empreendedorismo – Estereótipos de Género»

Esta Conferência a realizar-se dias 3 e 4 de Outubro no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, tem como objectivo contribuir para o mainstreaming de género na Estratégia de Lisboa, tendo em conta o momento de preparação das linhas directrizes para o novo ciclo 2008-2011.O trabalho a desenvolver terá como enquadramento os instrumentos europeus na área, nomeadamente o Pacto Europeu para a Igualdade de Género (2006) e o Roteiro para a Igualdade entre Mulheres e Homens 2006-2010. A conferência abordará ainda as ligações entre os estereótipos de género e a empregabilidade e o empreendedorismo das mulheres, no sentido de incentivar uma maior participação destas no mercado laboral e empoderar os homens para um papel activo na vida familiar, contribuindo para a promoção do crescimento económico e da coesão social. Os estereótipos de género determinam as representações sociais de homens e mulheres, levando muitas vezes a desigualdades em todas as esferas da vida em sociedade. Por isso, estes serão abordados de forma transversal em todas as apresentações e debates, a realizar nas instalações permanentes da Presidência da UE no Pavilhão Atlântico.

Arte ///


Hoje, em Lisboa, no Museu das Comunicações, 18h00, inaugura a exposição «Por entre as linhas».