Ainda na caderno de notas do primeiro dia (11) da ModaLisboa, registo as impressões esbatidas em algodões cinza da aforest, assinada por Sara Lamúrias, que opta por colocar na passerelle rapazes e raparigas, de ténis, que caminham como na rua, em perfeita descontração. Sempre em camisola de manga curta ou cava, com pequenos efeitos de ombreiras, optando pelos tons pálidos, a colecção é completamente casual e juvenil.
Katty Xiomara é a senhora que se segue na Cidadela de Cascais: o desfile abre com uma série de mulheres que, às escuras, preenchem a passerelle, e depois regressam aos bastidores para voltar de seguida com as luzes já apontadas para o lado teatral desta colecção que vive de muitos franzidos, folhos, mistura de níveis e padrões com lisos/transparências. O vestido «abalonado», curto, já imagem de marca de Katty, os decotes cai-cai, as blusas amplas, a roda, os brilhos nas pestanas, os cabelos presos debaixo de fitas-quase-toucas e os ganchos sobrepostos, tudo faz parte do modo quente de como Xiomara faz moda.
A noite já ía longa quando Filipe Faísca entrou em cena: quase uma hora depois do previsto, às 23h, ao som de uma música com St.Tropez peo meio, Faísca fez o elogio dos vestidos, revisitando através deles os anos 60 - dos estampados lindos, das cores em conjugação perfeita. Uma colecção linda, só assombrada pelos sapatos-altos-demasiado-altos nos quais nem todas as manequins conseguiam ou podiam deslizar. Mulher sofre.
[Fotografias em breve, também de sexta-feira. Amanhã, o dia começa em cheio na Cidadela: José António Tenente 12h00; Ana Salazar 15h30; segue-se pelo sábado dentro Pedro Mourão, White Tent, Aleksandar Protich, Lidija Kolovrat, Lion of Porsches, e Maria Gambina].
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