Lisboa recebe hoje, vinda de Paris, uma exposição retrospectiva de Helena Vieira da Silva, que nos remete para os vários temas da pintora: a estrutura espacial, as bibliotecas e as cidades, os arlequins, entre outros. A inauguração é às 18h30, na Fundação Arpad Szénes-Vieira da Silva, no jardim das Amoreiras, e a exposição pode ser vista até dia 17 Fevereiro de 2008. Para o ano será também o centenário do nascimento desta artista (n.Lisboa 13.06.1908- f.Paris, 6.03.1992) que muito cedo descobriu a sua paixão pelo desenho e pela pintura. Partiu para Paris aos 18 anos, inscrevendo-se ali nas Academias La Grande Chaumière e Scandinave, onde trabalhou com Duffrene, Waroquier e recebeu lições de Fernand Léger. Em 1930 casou-se com o pintor húngaro Arpad Szenes. Na Segunda Guerra Mundial o casal vem para Lisboa, mas são hostilizados pelo regime salazarista e viajam para o Brasil. Regressam a Paris em 1947 e dez anos depois já estão naturalizados franceses. Em 1961 Maria Helena Vieira da Silva obteve o Prémio Internacional de Pintura, na 6ªBienal de S.Paulo. É dela a frase «gosto muito de ser oficial do meu ofício». Voltou várias vezes a Portugal, nomeadamente para acompanhar os trabalhos de reprodução em azulejo da obra Le Métro - numa das estações do Metropolitano de Lisboa – , uma obra original de 1940, que reflectia as saudades que a artista sentia de Paris. (Na imagem, Auto-retrato, 1930).
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