26.5.08

19 Faces de Eva



É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar.
Helena Vaz da Silva



Na próxima quarta-feira, dia 28 de Maio, às 18.30 é lançada a edição 19 da revista Faces de Eva (grupo de estudos sobre a mulher da FCSH/UNL) - cujo tema de capa é Helena Vaz da Silva - com apresentação de Guilherme de Oliveira Martins, no Centro Nacional de Cultura (Rua António Maria Cardoso, 68, Lisboa - a entrada faz-se pelo Largo do Picadeiro, nº 10).

23.5.08

alkantara - palco de mundos

... palcos da dança, com teatro, works in progress, encontros, e muitos espectáculos em Lisboa e convidados de várias partes do mundo. A frase «o nosso despojamento é feliz» foi retirado de um texto de Loup Abramovici sobre o espectáculo de Vera Mantero & Guests, «até que deus é destruído pelo extremo exercício da beleza» no alkantara festival, que começou ontem e vai prolongar-se até dia 8 de Junho. Vera espera por nós dias 1 (17H) e 2 de Junho (19h), no Teatro Meridional. Outro destaque da Cidade das Mulheres é o espectáculo de rua «Meu céu» de Clara Andermatt, criado para o festival Imaginarius e adaptado para o Castelo de S.Jorge (dias 3 e 4 de Junho - 22h30).

AnneMarie


bom fim de semana



Bom fim de semana, sim. E mais uma ideia para quem quiser usufruir dela. No domingo, começa em Lisboa o festival «Add-Wood», um acontecimento «underground, cujo principal objectivo consiste em aproveitar o lado bom do que existe de pior». Este auto-denominado «acrescenta-madeira» vai na sua 3ªedição e realiza-se entre 25 e 30 de Maio no Purex Club, no Bairro Alto. Dividindo-se entre performances, vídeos e instalações, o bar 'das portas laranjas' vai estar de braços aberto à nossa espera. A mostra de artes plásticas conta com a participação de Ana Vidigal; nas artes performativas, haverá propostas de Teresa Sobral, Joana Bárcia, Miguel Borges ou Rita Frazão, e uma das performances - diz-se, muito aguardada - de Patrícia Guerreiro e Ana Pérez-Quiroga, «As Aventureiras - O Regresso». Outro nome bastante esperado é certamente o de Tocha, que propõe este ano «O DJ Romântico Fugitivo». Toda a programação pode ser consultada aqui.

Fotografia: Monsieur Soares.

17.5.08

maio 68


Dia Mundial de Luta contra a Homofobia

No âmbito do Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia, a Associação ILGA Portugal, em parceria com a Associação para o Planeamento da Família (APF), organiza hoje, dia 17 de Maio, pelas 16h, no Fórum Lisboa (antigo Cinema Roma), um debate dedicado à relação entre a discriminação com base na orientação sexual e a discriminação com base no género, chamando a atenção em particular para a discriminação das mulheres lésbicas.O painel de debate dedicado ao tema «Mulheres que amam mulheres: género, orientação sexual e discriminação» será moderado por Fátima Palma (APF) e contará com as presenças de Elza Pais (Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), das juristas Dinamene de Freitas e Margarida Lima Rego e de Luísa Corvo, em representação da Associação ILGA Portugal. O debate será precedido da exibição de um episódio do filme If these walls could talk 2, que retrata a evolução da situação das mulheres lésbicas nos EUA.

14.5.08

Violência doméstica é crime público

«A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta manifesta o seu repúdio pelas declarações proferidas ontem, terça-feira, 13 de Maio, pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que alegou que a violência doméstica não deveria ser crime público porque o actual modelo inviabiliza a desistência do processo, caso a vítima o queira fazer.
Estas declarações primam pelo absurdo e constituem um retrocesso na luta pelos direitos humanos e na evolução das mentalidades. Se hoje em dia os casos de denúncia de violência contra as mulheres são uma realidade inquestionável isto deve-se ao facto de as mulheres sentirem hoje a confiança e o apoio da legislação em vigor assim como de uma maior consciência social de que a violência contra as mulheres é um atentado contra os direitos humanos.
O senhor bastonário proferiu ainda declarações erróneas, pois em matéria de violência doméstica o Código de Processo Penal prevê já mecanismos de suspensão de processo por parte da vítima sem “se ter de fazer umas vigarices”. Porém, se for deixada à vítima a decisão de desistir da queixa, ideia que Marinho Pinto defendeu, é certo e sabido que a vitima sofrerá ainda mais pressões, ameaças e chantagens por parte do agressor, de familiares e da sociedade em geral. Para além de que foi pelo facto de se ter alterado o crime de semi–público para público que possibilitou a denúncia de algumas situações de mulheres sequestradas nas suas próprias casas e se comprometeu toda a sociedade na resolução de um problema que é de todas e todos. De um só golpe, Marinho Pinto pretende destruir e anular tudo o que já foi feito em matéria legislativa, menosprezando o esforço que as associações que trabalham no terreno têm vindo a desenvolver e reconduzindo novamente a violência contra as mulheres ao silêncio do lar e à velha máxima: “entre marido e mulher ninguém mete a colher”. Parece que o bastonário pretende varrer a “chaga nacional” para debaixo do tapete da ignorância…
Diz Marinho Pinto que a pior violência doméstica não é a violência exercida sobre as mulheres, mas sim a praticada em relação às crianças e aos idosos! A UMAR revolta-se contra esta hierarquização da violência, pois considera que todas as violências são atentados contra os direitos humanos, todas devem ser crime público e alvo de denúncia, sem primazia de uma(s) em detrimento da(s) outra(s)!
Ridícula é igualmente a afirmação de que existe um “feminismo entranhado” nas leis quando verificamos que quem faz as leis são na maioria homens, quem exerce o poder governamental e parlamentar são na maioria homens, sendo que o masculino enquanto referente universal é predominante nas diversas formas de expressão, incluindo as leis.
A UMAR congratular-se-ia se houvesse efectivamente um feminismo entranhado nas leis, na sua aplicação e na sociedade em geral, pois se assim fosse talvez não assistíssemos às múltiplas formas de discriminação e violência ainda exercidas sobre as mulheres. O senhor bastonário deveria saber que em 2008, e segundo os dados apresentados pelo Observatório das Mulheres Assassinadas da UMAR, já morreram 17 mulheres vítimas de violência doméstica e 11 tentativas de homicídio! »

Comunicado da UMAR, 14 de Maio de 2008.

conversas...

... no tanque : 4ª feira – 21 de Maio – 21 h 30m. A caminho do Congresso Feminista 2008 (26, 27 e 28 de Junho) estão a decorrer no Chapitô desde Março «Conversas no Tanque». Na quarta, 21 de Maio, ocorre mais uma dessas conversas: «Direitos Humanos e Igualdades» com a participação de:

Elisabete Brasil
Lucília José Justino
Luisa Corvo
Maria do Céu Cunha Rego

Moderação de Maria Belo

Próxima conversa no tanque: 18 de Junho Feminismos e Controvérsias.

9.5.08

WFM !

A WFM Portugal, Young Women From Minorities, já nasceu e encontra-se a caminhar para um futuro que se deseja próspero. A WFM e a Procur.arte - Associação Social e Cultural promovem a Conferência de Abertura a decorrer no Hotel Amazónia Lisboa (Travessa Fábrica dos Pentes, 12 / 20, 9º andar, Sala Panorâmica A), a partir de amanhã, 10, até segunda-feira, 12 de Maio. Esta é apenas uma das primeiras actividades da organização em Portugal e o seu primeiro projecto, que tem como principal missão: partilhar realidades e desafios protagonizados por mulheres, prestando especial atenção àquelas oriundas de comunidades minoritárias; fornecer informação e análise sobre a imagem das mulheres nos Media em vários países europeus e mediterrânicos, promovendo uma discussão pública optimizada; empreender o intercâmbio entre estudos teóricos e experiências de Boas Práticas, focando assuntos fundamentais da actualidade tais como a Socialidade, a Identidade, a Igualdade, a Alteridade, o Diálogo e a Diversidade; assim como visar resultados práticos efectivos para a disseminação de Produtos Mediáticos Interculturais, especialmente aqueles concebidos e protagonizados por mulheres, no âmbito da realidade Euro-Mediterrânica.
10 de Maio 2008
11:00 Abertura
11:30 Apresentação do Programa da Conferência
Nuno Ricou Salgado, Presidente da Procur.arte
11:45 Apresentação do Projecto BB
Raul B. Lapa, Project General Coordinator
12:10 Breve apresentação dos participantes
12:30 Media Corner
14:30 Mesa Redonda I
Equality & Diversity: Building a Culture of Dialogue

Convidados :
Brigitte Degen (DG V - Anti-Discrimination Unit);
Rui Gomes (Council of Europe - Head of Education & Training);
Pompeu Miguel Martins (Director of the Agency for the Management of the Youth In Action Programme);*
16:30 Grupos de Trabalho
17:30 Feed-back dos grupos de trabalho no Plenário
in the Plenary
Questões Práticas

11 de Maio de 2008
10:00 Mesa Redonda II
Interculturalism & Inclusion
Convidados
Rosana Albuquerque (Universidade Aberta, CEMRI, Portugal)
Lana Sirri (Arab Jewish Community Centre, Israel, BB National Coordinator)
Tania Tisheva (Bulgarian Gender Research Foundation, Bulgaria, BB National Coordinator)
Sisi Benaboud (Council of Europe, North-South Centre, Portugal) *
Tiago Soares (President of CNJ, Portugal)

11:45 Grupos de Trabalho
12:30 Feedback dos Grupos de Trabalho

15:00 Exemplos de Boas Práticas
IBM, Portugal: Coorporate Responsability, Inclusion and Diversity
Filomena Pedroso
Universidade Aberta - CEMRI, Portugal: The Role of Universities in the Promotion of Dialogue
and Equal Opportunities
Rosana Albuquerque
AMRT - Associação de Melhoramentos e Recreativa do Talude, Portugal:
Presentation of Organization’s Work
Rolando Borges

16:00 Input: The Role of Technology in the Promotion of Dialogue and Equal Opportunities
Palestrante / Guest Speaker:
Filomena Pedroso - IBM, Portugal

17:30 Grupos de Trabalho
18:30 Feed-back dos Grupos de Trabalho
Questões Práticas

12 de Maio de 2008
10:00 Próximos Passos
Raul B. Lapa (WFM Portugal)
Cristina R. Lino (IBM Portugal)
Nuno R. Salgado (Procur.arte)

11:30 Encerramento
Cláudia Belchior (Board member WFM - Europe)
Nuno R. Salgado (President of Procur.arte)

* a ser confirmado

8.5.08

Reciclar e arrumar

Uma nova vida espera os livros já esquecidos nas prateleiras. Nos dias 13 e 14 de Maio, entre as 10h e as 20h, podemos entregar aquelas obras que começam a ganhar pó, para simplesmente trocar por outras ou contribuir para enriquecer o espólio de bibliotecas públicas nacionais ou de países de expressão portuguesa.
Ao aderir à iniciativa «Passe a palavra, deixe um livro…» os/as visitantes da feira do livro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa(FCSH/UNL) estarão igualmente a adoptar uma atitude amiga do ambiente. «A troca de um livro usado por outro ou mesmo a sua doação contribui directamente para uma poupança de matérias-primas na impressão de um livro novo», sublinha Maria José Roxo, do Grupo de Ambiente da FCSH.
«Esta é uma forma inovadora de R.A. – ou seja, reciclar e arrumar! É uma questão de pensar naquele livro, que não se lê, ou que se pensa ler um dia sabendo-se que nunca vai ser lido. Queremos partilhar conhecimento, tanto mais que há pessoas que hoje não lêem porque não têm o que ler», remata Isabel Lousada, da ADAp – Área de Apoio à Publicação da FCSH.
A 2ª edição da Feira do Livro, que se realiza no ano em que se assinala o 30º aniversário da FCSH, não se esgota nesta iniciativa. No local do certame estarão representados cerca de 30 editores/livreiros com as mais recentes novidades e os clássicos de sempre. A destacar na quarta-feira de manhã, dia 14 o lançamento do livro Falar de Mulheres. História e Historiografia, pelo grupo de investigação Faces de Eva - Estudos sobre a Mulher cuja apresentação estará a cargo de Zília Osório de Castro, professora catedrática da FCSH-UNL, historiadora e membro da Academia Portuguesa da História.
Estão também previstas sessões de autógrafos de Filipa Abreu, autora do livro Confissões dum Erasmus.
Este evento organizado pela ADAp da FCSH em parceria com a GS1 Portugal-CODIPOR, conta com apoio da Imprensa Nacional Casa da Moeda, Plano Nacional de Leitura Ler +, Fundação Calouste Gulbenkian e a CIG - Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, entre muitos outros.

O regresso das visões

A partir da obra de José Luís Peixoto, «Cemitério de Pianos», a Karnart desenvolveu em 2007 uma performance-instalação com um grupo de actores/actrizes que regressa hoje àquele espaço na rua Escola de Medecina Veterinária 21, em Lisboa. A não perder «Visões sobre Cemitério de Pianos», direcção de Luís Castro, todas as quintas, sextas e sábados, pelas 22h30.

7.5.08

Deolinda espera por nós


Mais logo, às 21h30, cantora e demais músicos, esperam por nós no cinema S.Jorge, em Lisboa. «Canção ao lado», primeiro disco do grupo Deolinda é assim apresentado ao vivo, numa noite a descobrir. «Vão sem mim, que eu vou lá ter»!
A multidão, acima, é desenhada por João Fazenda, como os restantes desenhos da capa do disco. Lemos no interior, «Encarnam a Deolinda Ana Bacalhau - voz, Pedro da Silva Martins - guitarra clássica e voz, Zé Pedro Leitão - contrabaixo e voz, Luís José Martins - guitarra clássica, ukelele, cavaco, guitalele, viola braguesa e voz.

Mais Maio, mais Cinema


No âmbito das comemorações dos 40 anos do Maio de 68 há cinema no Instituto Franco-Português esta semana, e de novo em Junho, mês de todos os feminismos, e em que irá ter lugar em Lisboa, organizado pela UMAR, o Congresso Feminista 2008.

O ciclo «Maio de 68 no Cinema», a decorrer desde segunda-feira, apresenta hoje na Av. Luís Bivar,91, pelas 19h00 «L'An 01» de Jacques Dollon, Alain Resnais e Jean Rouch (1973), e pelas 21h30 «La reprise du travail aux usines wonder» de Jacques Willemont e Pierre Bonneau (1968) e «Reprise» de Hervé Le Roux (1996). Todos os filmes são de entrada livre, e legendados em português. Uma programação a seguir até sexta-feira.


Nas fotos: capa do número especial do Magazine Littéraire sobre o Maio de 68 (Abril/Maio 2008), e cabeçalho de página interior (p.69), onde se lê o texto originalmente publicado no ML nº112-113, em Maio de 1976, assinado por «Quelques-unes d'entre elles».


5.5.08

U-mar-te no cinema


No âmbito das iniciativas de divulgação do Congresso Feminista 2008, a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) Porto realizará o ciclo de cinema «UMAR-te assim perdidamente...» entre 12 a 18 de Maio, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, com início às 21.00h. Durante uma semana serão exibidos filmes, abordando diversas temáticas relacionadas com os feminismos, seguidos de debate com especialistas convidados e convidadas. Cada vez mais perto do Congresso Feminista, a 26, 27 e 28 do próximo mês de Junho.

4.5.08

dia da mãe



O filme eleito pela Cidade das Mulheres no Indie Lisboa 2008 é este: «The mother», de Antoine Cattin e Pavel Kostomarov (2007). O documentário debruça-se sobre uma família constituída pela mãe e pelos seus nove filhos. O nome dela é Liubov, que significa amor em russo. O público do Indie elegeu o filme de Teresa Prata, «Terra Sonâmbula», que se estreou aqui na longa-metragem, a partir do livro homónimo do escritor moçambicano, Mia Couto.

1.5.08

dia da trabalhadora


Foi pelo trabalho que a mulher conseguiu diminuir a distância que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.

Simone de Beauvoir (1908-1986)