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30.9.09
parabéns cat!
Dedicado a ti, aqui na cidade, eis versão acústica de Cat Power: o «sea of love» que mereces Catarina!
21.9.09
18.9.09
11.9.09
O manifesto feminista
A apresentação pública do Manifesto Feminista 2009 será feita em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, dia 14 Setembro, pelas 11h00.
87 medidas…
… um Manifesto Feminista
…. para uma sociedade mais igualitária!
Num momento tão importante como o das eleições – legislativas e autárquicas, a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta realizou audições públicas em várias regiões do país junto de diversos sectores de mulheres, de associações, de movimentos sociais, de jovens, para procurar ouvir as vozes de quem tem algo a dizer, a reivindicar, a integrar numa agenda feminista que se pretende ampla e em permanente re/elaboração.
Destas audições surgiu o Manifesto Feminista 2009 que pretende confrontar os partidos políticos que concorrem às eleições – legislativas e autárquicas - de 2009 com um conjunto de questões que integram a agenda política feminista para os próximos tempos, em temáticas como o tráfico de mulheres; violência de género e conjugal; condições sociais para a paridade; discriminações na área do trabalho; desigualdades salariais entre mulheres e homens; maternidade/paternidade; usos e gestão do tempo; direitos ambientais; sexismo na linguagem e nas atitudes; educação; saúde; direitos LGBT; mutilação genital feminina; direitos das mulheres imigrantes; participação política, social e económica; situação das mulheres que prestam serviços sexuais; as questões do cuidado com idosos/as e crianças; a valorização dos estudos feministas e de género.
Nestas 10 áreas fundamentais, são enumeradas 87 medidas urgentes e imprescindíveis para a construção de uma sociedade mais justa, livre e igualitária.
A apresentação pública do Manifesto Feminista decorrerá em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian (Av.de Berna, 45 A), no dia 14 de Setembro, segunda-feira, pelas 11h, na sala 2. Foram convidados todos os partidos políticos e principais líderes, bem como pessoas de diversos sectores sociais, culturais e políticos. Contactos UMAR: 21 887 30 05; umar.sede@sapo.pt
… um Manifesto Feminista
…. para uma sociedade mais igualitária!
Num momento tão importante como o das eleições – legislativas e autárquicas, a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta realizou audições públicas em várias regiões do país junto de diversos sectores de mulheres, de associações, de movimentos sociais, de jovens, para procurar ouvir as vozes de quem tem algo a dizer, a reivindicar, a integrar numa agenda feminista que se pretende ampla e em permanente re/elaboração.
Destas audições surgiu o Manifesto Feminista 2009 que pretende confrontar os partidos políticos que concorrem às eleições – legislativas e autárquicas - de 2009 com um conjunto de questões que integram a agenda política feminista para os próximos tempos, em temáticas como o tráfico de mulheres; violência de género e conjugal; condições sociais para a paridade; discriminações na área do trabalho; desigualdades salariais entre mulheres e homens; maternidade/paternidade; usos e gestão do tempo; direitos ambientais; sexismo na linguagem e nas atitudes; educação; saúde; direitos LGBT; mutilação genital feminina; direitos das mulheres imigrantes; participação política, social e económica; situação das mulheres que prestam serviços sexuais; as questões do cuidado com idosos/as e crianças; a valorização dos estudos feministas e de género.
Nestas 10 áreas fundamentais, são enumeradas 87 medidas urgentes e imprescindíveis para a construção de uma sociedade mais justa, livre e igualitária.
A apresentação pública do Manifesto Feminista decorrerá em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian (Av.de Berna, 45 A), no dia 14 de Setembro, segunda-feira, pelas 11h, na sala 2. Foram convidados todos os partidos políticos e principais líderes, bem como pessoas de diversos sectores sociais, culturais e políticos. Contactos UMAR: 21 887 30 05; umar.sede@sapo.pt
9.9.09
Susana 'X'
A MARZ Galeria (Rua Reinaldo Ferreira 20-A, Lisboa) apresenta, no próximo dia 11 de Setembro , sexta-feira -- ‘X’ -- uma exposição individual de Susana Mendes Silva. A artista vive e trabalha entre Londres e Lisboa. Estudou Escultura na FBAUL e está a frequentar o programa de doutoramento em Artes Visuais (Studio Based Research) no Goldsmiths College, Londres, sendo bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Susana Mendes Silva (n. Lisboa, 1972) tem vindo a criar, desde os anos 90, um corpo de trabalho diversificado, empregando media tão diferentes como os da fotografia, vídeo, instalação, desenho e, mais recentemente, performance, construindo um corpo de trabalho fragmentado e anti-linear, que exala ironia e subtileza, equilibrando-se na fina linha entre indiferença e invisibilidade, intimidade e agressão.
Simplesmente intitulada ‘X’, esta exposição toma o escritor de ficção, jornalista e realizador português, Reinaldo Ferreira, cujo nome figura na rua da galeria, como o foco de atenção, ponto de partida e elemento despoletador para o seu projecto. Nascido em Lisboa em 1897, Reinaldo Ferreira foi o criador e mentor de ‘Repórter X’, um jornalista conhecido dos anos trinta que fabricava reportagens e crónicas palpitantes sobre homicídios, assassinos, vilões, intrigas e outros fait-divers para diversos jornais, tais como o ABC e o Primeiro de Janeiro. Redigidos e impressos como notícias verídicas , estas reportagens eram na sua grande maioria fruto da imaginação de Ferreira e a sua equipa de colaboradores, a quem ensinou a arte de “reporterxizar”. Actualmente, Reinaldo Ferreira é reconhecido como um pioneiro do romance policial clássico, tendo antecedido outras figuras literárias como Patrícia Highsmith e Alfred Hitchcock.
O projecto que Susana Mendes Silva irá apresentar é resultado de um processo de observação e recolha de dados que se baseia no modelo etnográfico de observação participativa, um modelo que reflecte uma experiência subjectiva, tanto situada como motivada, e que diz tanto sobre o observador como o local e tema da pesquisa. Para este efeito, a instalação revela não tanto um interesse em documentar ou “encontrar a verdade”, aproximando-se mais do modelo de uma projecção que se mantém fiel ao personagem assumido pelo seu sujeito. Como tal, a artista Susana Mendes Silva fornece “provas” que tomam a forma de fotografias a cor ou diapositivos. Estes “documentos” obscurecem em vez de revelar o seu objecto; providenciam pistas que não afirmam ou apontam para o seu desmantelamento, mas aludem a processos de desvio e multiplicidade que levam o observador a percorrer vários caminhos interpretativos. Estas imagens, recolhidas de filmes realizados por Reinaldo Ferreira, ou reproduções de retratos encenados onde Reinaldo Ferreira aparece frente a frente com o seu pseudónimo Repórter X, testemunham a contemporaneidade e vanguarda da obra de Reinaldo Ferreira: a figura do travesti (que emerge como Rita ou Rito no filme do mesmo título, de 1927), e o duplo -- o pseudónimo ou doppelgänger -- que ganha uma invejável vida própria, usurpando-a do do seu criador. Susana Mendes Silva destaca estas figuras que encarnam a margem -- também o próprio Reinaldo Ferreira -- e que desafiam noções simplistas de binariedade como homem/mulher, verdade/ficção, original/cópia, interpelando, deste modo, a crise destas categorias. Susana sublinha o jogo livre de significantes adoptados por Reinaldo e a estratégia duchampiana de disfarce, lembrando-nos de que a noção de identidade é tudo menos estável. A instalação sugere uma sala de espelhos ou um espaço de possibilidade onde o conceito do ‘uno’ (relativo à noção de identidade, auto-suficiência e auto-conhecimento) é posto em questão. Aqui, a identidade superficial masculina e, por consequência, a função do autor é libertada, dando lugar ao que poderá ser cunhado como uma terceira identidade.
Simplesmente intitulada ‘X’, esta exposição toma o escritor de ficção, jornalista e realizador português, Reinaldo Ferreira, cujo nome figura na rua da galeria, como o foco de atenção, ponto de partida e elemento despoletador para o seu projecto. Nascido em Lisboa em 1897, Reinaldo Ferreira foi o criador e mentor de ‘Repórter X’, um jornalista conhecido dos anos trinta que fabricava reportagens e crónicas palpitantes sobre homicídios, assassinos, vilões, intrigas e outros fait-divers para diversos jornais, tais como o ABC e o Primeiro de Janeiro. Redigidos e impressos como notícias verídicas , estas reportagens eram na sua grande maioria fruto da imaginação de Ferreira e a sua equipa de colaboradores, a quem ensinou a arte de “reporterxizar”. Actualmente, Reinaldo Ferreira é reconhecido como um pioneiro do romance policial clássico, tendo antecedido outras figuras literárias como Patrícia Highsmith e Alfred Hitchcock.
O projecto que Susana Mendes Silva irá apresentar é resultado de um processo de observação e recolha de dados que se baseia no modelo etnográfico de observação participativa, um modelo que reflecte uma experiência subjectiva, tanto situada como motivada, e que diz tanto sobre o observador como o local e tema da pesquisa. Para este efeito, a instalação revela não tanto um interesse em documentar ou “encontrar a verdade”, aproximando-se mais do modelo de uma projecção que se mantém fiel ao personagem assumido pelo seu sujeito. Como tal, a artista Susana Mendes Silva fornece “provas” que tomam a forma de fotografias a cor ou diapositivos. Estes “documentos” obscurecem em vez de revelar o seu objecto; providenciam pistas que não afirmam ou apontam para o seu desmantelamento, mas aludem a processos de desvio e multiplicidade que levam o observador a percorrer vários caminhos interpretativos. Estas imagens, recolhidas de filmes realizados por Reinaldo Ferreira, ou reproduções de retratos encenados onde Reinaldo Ferreira aparece frente a frente com o seu pseudónimo Repórter X, testemunham a contemporaneidade e vanguarda da obra de Reinaldo Ferreira: a figura do travesti (que emerge como Rita ou Rito no filme do mesmo título, de 1927), e o duplo -- o pseudónimo ou doppelgänger -- que ganha uma invejável vida própria, usurpando-a do do seu criador. Susana Mendes Silva destaca estas figuras que encarnam a margem -- também o próprio Reinaldo Ferreira -- e que desafiam noções simplistas de binariedade como homem/mulher, verdade/ficção, original/cópia, interpelando, deste modo, a crise destas categorias. Susana sublinha o jogo livre de significantes adoptados por Reinaldo e a estratégia duchampiana de disfarce, lembrando-nos de que a noção de identidade é tudo menos estável. A instalação sugere uma sala de espelhos ou um espaço de possibilidade onde o conceito do ‘uno’ (relativo à noção de identidade, auto-suficiência e auto-conhecimento) é posto em questão. Aqui, a identidade superficial masculina e, por consequência, a função do autor é libertada, dando lugar ao que poderá ser cunhado como uma terceira identidade.
Paralela a esta exposição, a galeria também apresenta ‘Sótão’, uma selecção de protótipos nunca antes expostos dos designers Miguel Vieira Baptista e Fernando Brízio. ‘Sótão’ pertence ao programa ‘Tangencial’ da ExperimentaDesign 09, e estará patente, tal como ‘X’, até 31 de Outubro de 2009. De Terça a Sábado, das 12h às 20h.
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