9.12.10

A Sociologia em Portugal

No seguimento do que vem acontecendo desde 1997, realizar-se-á nos dias 13 e 14 de Dezembro o VIII Encontro de Sociologia dos Açores, subordinado ao tema «Transições Sociais na Modernidade», com a realização de quatro painéis: 1. Cultura, Valores, Identidades, 2. Trabalho e Emprego, 3. Poderes e Políticas, 4. Família e População.
A Directora do Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores (CES-UA), Professora Doutora Gilberta Pavão Nunes Rocha, dará início à Sessão de Abertura (13 de Dezembro às 9:00 horas). Os trabalhos que são abertos ao público em geral irão decorrer no anfiteatro C da Universidade dos Açores (junto à Biblioteca), em Ponta Delgada (Rua da Mãe de Deus), S.Miguel.


A Associação Portuguesa de Sociologia (APS) está a comemorar os 25 anos da sua existência enquanto associação científica e profissional, o que significa actualizar a (sua) memória colectiva e as memórias em registo individual, uma e outras eminentemente sociais. O passado e o futuro têm por elo mediador o presente, o qual nos interpela e obriga a reflectir não só perante velhos dilemas sociológicos (estrutura-acção social, sociedade-indivíduos) como também face a novas encruzilhadas que o estado actual da economia, da sociedade, do Estado e das mais diversas instâncias supraestatais e infraestatais nos colocam. É neste quadro que a Direcção da APS dedica expressamente os dias 17 e 18 de Dezembro à Sociologia em Portugal, no Instituto de Ciências Sociais (ICS-UL), a instituição que desde o início acolhe a sede da APS. O objectivo é o de fazer uma retrospectiva do percurso da APS e incidir a análise sobre a relação da Sociologia com a sociedade portuguesa. Após a sessão de abertura, o encontro começa por recolher o testemunho dos ex-presidentes da APS que poderão traçar alguns dos principais momentos do percurso da APS. Seguem-se dois painéis de reputados sociólogos(as) portugueses(as) que, ora de modo mais global, ora de modo mais específico, farão um balanço dos 25 anos da Sociologia em Portugal, esperando também o desenho de algumas ideias sobre as perspectivas da Sociologia na sociedade contemporânea. Estas reflexões prosseguirão no segundo dia por um terceiro painel mais focalizado sobre algumas questões da actualidade.
Haverá ainda no debate uma outra questão central: o reconhecimento da produção científica em revistas editadas em Portugal na área da Sociologia, por parte das instâncias oficiais, em bases de dados que não apenas a ISI, à semelhança do que acontece noutros países. Por isso, é imprescindível ouvir, num primeiro momento, os pontos de vista e as reflexões dos directores das revistas e dos vários centros de investigação reconhecidos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e, a partir daí, elaborar e, eventualmente, validar uma declaração consensualizada a este respeito. Além disso, é necessária uma estratégia de divulgação dos trabalhos dos sociólogos portugueses além fronteiras, a começar pelo espaço lusófono, mas sem esquecer também a divulgação e os intercâmbios junto de outros espaços linguísticos.
O encontro servirá não só para afirmar a identidade de sociólogos/as, mas também reflectir sobre os problemas e desafios que se colocam a Sociólogos/as e à Sociologia.

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