10.6.14

Estavas, linda Inês, posta em sossêgo,



De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus formosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.

Luís Vaz de Camões, Lusíadas, Canto III, 120

Sem comentários: