Manequim de topo, Alek Wek saiu do Sudão para fugir à guerra civil, emigrando para Londres, onde se começou a desenhar o seu percurso no mundo da moda. Depois de agradecer nas primeiras páginas deste livro às pessoas que a ajudaram a sair do Sudão, em especial a Ajok, a sua irmã mais velha, Alek conta a sua história, que começa assim: «Quando eu nasci, a sétima de nove filhos, a minha mãe deixou o hospital e regressou comigo à sua cama de corda entrançada, numa casa de cimento, numa pequena cidade chamada Wau. Os meus pais chamaram-me Alek, o nome de uma das minhas queridas tias-avós. Alek significa "vaca negra malhada", um dos géneros de vaca mais comuns e apreciados no Sudão. É também um símbolo de sorte para o meu povo, os Dinka. Herdei o corpo esguio do meu pai - tenho perto de um metro e oitenta - e o sorriso de minha mãe. A pele escura, herdei-a dos dois.» O resto da história que passa necessariamente pela história do Sudão, fica agora convosco. O livro foi originalmente editado em 2007, e chegou há muito pouco tempo às nossas livrarias, com edição da Quidnovi e tradução de Ana Falcão Bastos.
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