10.9.08

mortes, honra, e direitos das mulheres

No dia um de Setembro o Guardian publicava uma notícia sobre a morte de três adolescentes no Paquistão, enterradas vivas numa zona rural. O crime foi este: tentativa de escolher livremente o marido. Os homens políticos daquela província, Baluchistan, defenderam aquelas mortes no seu parlamento (como é possível haver políticos destes, ali, ou noutra parte do mundo?), argumentando que a prática fazia parte do costume tribal deles. As raparigas, entre 16 e 18 anos, foram raptadas por um grupo de homens da tribo Umrani. Segundo a tradição tribal, os casamentos são arranjados pelos mais velhos, e quem os contraria tem assim pela frente a chamada morte por honra. Neste caso, uma outra forma de dizer crime contra a humanidade. Os direitos humanos das mulheres não são ainda nada tradicionais naquela parte do mundo. Alguém os/as ajude.

2 comentários:

Condessa X disse...

Quando se vive num mundo todo construído na base da violência pergunto-me como se pode alterar essas coisas senão com violência? É possível chegar-se ao diálogo com homens desses?

A Lusitânia disse...

subscrevo o que diz a condessa x: até quando pode haver tréguas para situações destas?