Na Universidade Aberta, Rua da Escola Politécnica, 141-147, em Lisboa.
escrita olhares perspectivas críticas ensaios artes género feminismos sociologia moda
31.3.11
30.3.11
Três dias, três dedos de conversa
Quinta, sexta e sábado: três dias de intervenção teórica-científica sobre «moda e comunicação, discursos e práticas», um colóquio internacional, com organização do cecl, no MUDE, em Lisboa. Apareçam!
Na foto: exposição Valentim Quaresma (Joalharia), patente no MUDE até ao passado dia 27/3, no âmbito da Modalisboa.
Fotografia de Rita Carmo.
29.3.11
hoje
...pelas 20H, inaugura em Lisboa «15 ANOS - 15 ARTISTAS» na gAD galeria: Josefa D'Óbidos, Aurélia de Sousa, Sónia Delaunay, Sarah Affonso, Vieira da Silva, Lygia Pape, Ana Vieira, Lourdes de Castro, Menez, Paula Rego, Graça Morais, Maluda, Etsuko Kobyashi, Ana Fonseca e Rita GT.
Rua Mouzinho da Silveira 2 (esquina com a Barata Salgueiro).
28.3.11
«No Performance's Land?»
«No performance's land?» é um Encontro de Antropologia da Performance, a acontecer de 15 a 17 de Abril ISCTE-IUL e Fundação Culturgest, Lisboa.
27.3.11
23.3.11
In memoriam Sara Ruddick
A filósofa Sara Ruddick escreveu em 1989 o livro “Maternal Thinking: Toward a Politics of Peace,” que lançou as bases para uma abordagem feminista à compreensão e análise das práticas envolvidas na educação das crianças. Morreu no domingo passado, em Manhattan, EUA.
22.3.11
Base de Dados em Estudos sobre as Mulheres
No dia 31 de março de 2011, pelas 17h, realiza-se na Universidade Aberta (UAb), a apresentação da Base de Dados em Estudos Sobre as Mulheres. A sessão, presidida pelo Reitor da UAb, Carlos Reis, conta com a presença da Secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, e da Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres, Teresa Pinto. A Base de Dados em Estudos Sobre as Mulheres, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) da Universidade Aberta, foi elaborada pela Mestre Patrícia Mendes, sob orientação científica da Profª Doutora Teresa Joaquim, Coordenadora do Mestrado em Estudos sobre as Mulheres da UAb. Este trabalho consiste na compilação da informação bibliográfica, na área das Ciências Sociais e Humanas, relevante para a investigação em Estudos sobre as Mulheres, de género e feministas, abarcando os títulos publicados em Portugal, num período compreendido entre o ano de 1998 até 2005, na sequência da obra de Maria Regina Tavares da Silva, A Mulher, Bibliografia Portuguesa Anotada, 1518-1998, de 1999. Para além dos livros publicados, esta Base de Dados inclui ainda as monografias (dissertações de licenciatura e de mestrado e teses de doutoramento) inventariadas nas Universidades Portuguesas.
21.3.11
17.3.11
...na ciência, na cultura e na arte
Decorre hoje e amanhã no Auditório Sedas Nunes do ICS (Av.Prof.Anibal Bettencourt, 9) a conferência «At the margins of Europe? Muslims in Finland, Ireland and Portugal» com a participação de professores/as e investigadores/as das universidades de Lisboa, Cork, Helsínqui, Copenhaga, Londres, Berlim.
A partir das 14h, na Sala Keynes, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra desenrola-se o ciclo de conferências internacionais «Políticas de igualdade de género: contextos, vozes e desígnios», realizado pelo Centro de Estudos Sociais e pela Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres. Hoje participam na conferência (que terá uma segunda sessão dia 7 de Abril) Michael Baum («A paridade na política - genealogia de uma lei»), Regina Tavares da Silva («Políticas para a igualdade de género: progressos, obstáculos, desafios... um ponto de situação»), Rosa Monteiro («Fases e metamorfoses do feminismo de Estado em Portugal»), de quem será ainda lançada a obra «A emergência do feminismo de Estado em Portugal» (CIG, 2010).
Começou ontem na Bilioteca-Museu República e Resistência (BMRR) o «Ciclo comemorativo do centenário da República - efemérides» com a conferência «A abolição da pena de morete em Portugal: 1852-1976», por Luís Sottomaior Braga, num ciclo de conferências mensal a decorrer até dia 3 de Outubro, dia da morte da médica e sufragista Carolina Beatriz Ângelo (f.3.10.1911), a primeira mulher a votar em Portugal (a 28 Maio 1911), numa conferência por Regina Tavares da Silva. Outras conferências neste ciclo: «O grupo das treze. Contra a superstição e o fanatismo religioso» por Natividade Monteiro, dia 18 de Maio, e «Carolina Michaellis de Vasconcellos - A primeira professora catedrática portuguesa», por Manuela Dellile, dia 21 de Junho. Sempre às 18h30.
Dia 18 de Março de 2011, às 17h00, realiza-se no Instituto Franco-Português a Conferência da escritora Marie Célie Agnant, subordinada ao tema “Immigration, integrátion et Condition Féminine: perspective canado-haitiennes”, contando com a presença da Embaixadora do Canadá, Anne-Marie Bourcier. Esta conferência é organizada pelo Centro de Estudos das Migrações/CEMRI, UAb, em parceria com a Embaixada do Canadá em Lisboa, e insere-se no âmbito da programação da Festa da Francofonia, a decorrer até 21 de Março.
Na Holanda, Utrecht, para Abril, entre 8 e 10, está marcada a conferência «Feminist Legacies - Feminist Futures».
16.3.11
Experiência de fim de semana (alucinante)... com um cravo vermelho na imaginação (IV)
«Um guarda-roupa impossível para o invisível», de Lara Torres. Tríptico de imagem em movimento, num conjunto de sete filmes em projecção contínua no MUDE, até 27 de Março. No sábado Lara estará à conversa ... na WHO Galeria, às 16h00, Rua Luz Soriano, 71, no Bairro Alto, em Lisboa.
Os Burgueses, estreia na ModaLisboa.
Os Burgueses, estreia na ModaLisboa.
aforestdesign (Sara Lamúrias): «The birdwatchers» inclui vestuário em burel (do lado esquerdo capa com mochila numa mesma peça) e outros produtos. O burel é uma matéria-prima tradicional portuguesa, 100% lã, neste caso produzida na antiga fábrica Império, ainda em funcionamento na Vila de Manteigas.
Fotos: Rui Vasco/Arquivo ModaLisboa
Fotos: Rui Vasco/Arquivo ModaLisboa
15.3.11
Experiência de fim de semana (alucinante)... com um cravo vermelho na imaginação
No sábado à noite, Deolinda, a banda, cantava na Galiza. A cantora dedicou «Parva que sou» àqueles que, em Portugal, levaram para a rua os seus protestos, o seu descontentamento, e que, como a personagem da canção, não conseguem fazer planos e resolvem expressar esse mesmo descontentamento. «Sou da geração sem rumo», «sou da geração casinha-dos-pais»,... e por aí fora, num rol de vivências que tanta gente identifica com o seu presente. No final (e mesmo pelo meio) houve muitos aplausos e um cravo vermelho foi atirado a Ana Bacalhau, que o apanha e de imediato parte para a canção seguinte com toda a energia transbordante e domínio da voz que lhe conhecemos (talvez seja esta força interior que faz falta à malta). Este cravo leva-me a pensar neste fim de semana alucinante em que moda, política e cidadania estiveram na ordem do dia. E sempre com a catástrofe do Japão a pairar nas notícias e portanto dentro das nossas cabeças, pois ninguém consegue ficar impávido à destruição provocada pelo terramoto e consequente maremoto.
Portanto, o fim de semana teve de tudo. Só para início de conversa mergulhei no tema «Love» desta 36ªedição da ModaLisboa – que comemora 20 anos. Dos quatro dias de calendário (cujo programa aqui afixei dia a dia) disse ‘presente!’ no sábado, dia 12 de Outubro. Belo dia. Solarengo. Uma viagem de autocarro pacata, a desaguar no Terreiro do Paço, Pateo da Galé, quartel-general da ModaLisboa. Mas o calendário começava do lado do Museu do Design de Moda (que será futuramente um dos melhores da Europa, nas palavras de Bárbara Coutinho, em entrevista recente dada à Sic mulher). O MUDE inaugurou naquele início de tarde as exposições de Valentim Quaresma, Aforestdesign (Sara Lamúrias), Lara Torres e de um grupo de fotógrafos que ali mostrou a sua ‘estação de trabalho’ («Workstation») – o que pode ser ainda visto durante esta e a próxima semana. Quanto a mim, subi juntamente com muitos jornalistas e demais convidados ao segundo andar do museu para assistir ao desfile de Ricardo Andrez. A destacar os 15 mil cubinhos de madeira que o jovem criador utilizou em aplicações nas suas peças para homem - em cotoveleiras, frentes ou costas de camisolas – e a panóplia de fechos de metal dourado, bem como as maxi-impressões «empoeiradas».
E por falar em Dourado, dou aqui um salto ao dia seguinte, domingo, fazendo o bunjee jumping que se impõe na escrita, para falar de um trabalho que acompanho com admiração e gosto. A colecção aqui é sobretudo para nós, mulheres, embora nesta edição Ricardo Dourado tenha feito roupa de homem/rapaz para melhor assim enquadrar o seu tema de ‘género’ com o título: «A girl like a boy like a girl». As suas palavras-chave são: dark, ghost, nomadic, slim, austere, rude boy, gigger. O desfile (penúltimo do calendário, antes de Nuno Gama o ter fechado com a sua colecção para homens muito cosmopolitas) teve como 'introdução' uma série de vestidos negros, longos, usados nas manequins de dedos pintados de verde (...como quem enfia os dedos dentro de uma lata de verniz). A luz era pouco mais do que penumbra. Depois, eis que surgiu um rapaz de cabelos longos, usando um poncho preto, flutuante. A partir daí, a luz subiu e invadiu a passerelle: muitas peças pretas, muitos efeitos com dobra, criando trompe l’oeil sobre estrutura da peça, calça/saia, etc.. As tiras/faixas que Dourado começou no início do seu trabalho por utilizar à volta do corpo da mulher, agora estão soltas e ondulam como caudas de casacos. As assimetrias convivem com outos aspectos mais estruturais da colecção, cuja mancha maior é o negro, coabitando com o azul escuro. Muitos blusões e muitas camisas, longas, longas, quais caudas de vestidos.
Umas horas antes, nesta passerelle, White Tent. abordava o vestuário de trabalho, mas segundo o léxico desta dupla constituída por Pedro Noronha Feio e Evgenia Tabakova, que introduziu elementos novos num fato de piloto ou num casaco de operário. Uma colecção toda ela bem construída, à volta de peças-chave, com mochilas de vários tipos, muitas das vezes do mesmo tecido das peças de vestuário, e em tons de castanho, caqui, verde, cor-de-rosa e preto, nos materiais lã, lã/algodão, algodão e caxemira. Uma gabardine preta mesmo-mesmo daquelas que eu gosto, a lembrar os anos da resistência francesa e que ía mesmo bem com a minha boina. Alô alô. Faço agora ‘agulha’ para outro designer, cujo trabalho sigo com particular interesse, e que assina deste modo as suas peças de autor: «V!tor». A colecção é mista: homem e mulher, em «materiais impressos com padrões de QR Code, em corrosão sobre jersey de composição mista em cor de pele, e em estrutura de tricotagem em lã ». Vítor já trouxe à passerelle do espaço Lab a evocação de outros territórios, como a Grécia ou a Macedónia, e na estação Outono/Inverno 2011/12 ‘viaja’ até à Tanzânia, para se inspirar no poder mágico dos albinos, e colocar em diálogo esta cultura com a comunidade chinesa, criando assim o seu novo look «Tanzjing».
Quem também se inspirou num outro povo para construir a sua colecção e espelhar as suas emoções, dialogando assim com os valores que lhe são mais caros, foi Alexandra Moura..O «povo das estrelas» que habitou a passerelle de Alexandra usou uma linha de calçado em couro (Goldmud), com sapatos onde pequenos detalhes fazem a diferença, como as pequeninas franjas ou os desenhos nas botas da cano semi-alto. Os vestidos de cintura descida, longos, soltos, como os cabelos (Cristina Peixoto) são lindos. Adorámos aquela fusão de uma imagem «forte e inocente, doce e guerreira, infantil e sábia», pontuada pelos traços nos rostos dos/as manequins, em cuja silhueta podíamos rever os índios norte-americanos. Esta sua homenagem já me fez ir à prateleira buscar um livro no qual não mexia há que tempos, O sopro das vozes – Textos de Índios Americanos: «Havia um grande rio chamado Rio Feminino que atravessava esta terra de norte a sul e havia outro grande rio que a atravessava de leste a oeste, chamado o Rio Masculino. O rio Masculino fluía pelo Rio Feminino e continuava, e o nome deste lugar chama-se tqo alna’osdli, o Cruzamento das Águas».
Por todas as razões e mais alguma, não esqueço aquele sábado, 12 de Março, dia em que fiz ping-pong entre a moda e a manifestação. Depois de ter participado nesta, e desfilado entre os Restauradores e o Rossio, e de ver tantos cartazes e testemunhado ao vivo a mega insatisfação que corre nas veias da nossa sociedade, o que me impressionou mais foi um conjunto de bandeiras negras (fome!) e um alerta muito individual acenado pelo cartaz «não consigo viver». De regresso ao Terreiro do Paço pelas cinco da tarde, em «modo» espera encontravam-se ali vários carros da polícia de choque, com agentes a rigor: capacete, coletes anti-bala, tons azul escuro e preto. Finalmente, vi ali traduzida, in vivo, uma frase de Gertrude Stein, «War makes fashion».
Portanto, o fim de semana teve de tudo. Só para início de conversa mergulhei no tema «Love» desta 36ªedição da ModaLisboa – que comemora 20 anos. Dos quatro dias de calendário (cujo programa aqui afixei dia a dia) disse ‘presente!’ no sábado, dia 12 de Outubro. Belo dia. Solarengo. Uma viagem de autocarro pacata, a desaguar no Terreiro do Paço, Pateo da Galé, quartel-general da ModaLisboa. Mas o calendário começava do lado do Museu do Design de Moda (que será futuramente um dos melhores da Europa, nas palavras de Bárbara Coutinho, em entrevista recente dada à Sic mulher). O MUDE inaugurou naquele início de tarde as exposições de Valentim Quaresma, Aforestdesign (Sara Lamúrias), Lara Torres e de um grupo de fotógrafos que ali mostrou a sua ‘estação de trabalho’ («Workstation») – o que pode ser ainda visto durante esta e a próxima semana. Quanto a mim, subi juntamente com muitos jornalistas e demais convidados ao segundo andar do museu para assistir ao desfile de Ricardo Andrez. A destacar os 15 mil cubinhos de madeira que o jovem criador utilizou em aplicações nas suas peças para homem - em cotoveleiras, frentes ou costas de camisolas – e a panóplia de fechos de metal dourado, bem como as maxi-impressões «empoeiradas».
E por falar em Dourado, dou aqui um salto ao dia seguinte, domingo, fazendo o bunjee jumping que se impõe na escrita, para falar de um trabalho que acompanho com admiração e gosto. A colecção aqui é sobretudo para nós, mulheres, embora nesta edição Ricardo Dourado tenha feito roupa de homem/rapaz para melhor assim enquadrar o seu tema de ‘género’ com o título: «A girl like a boy like a girl». As suas palavras-chave são: dark, ghost, nomadic, slim, austere, rude boy, gigger. O desfile (penúltimo do calendário, antes de Nuno Gama o ter fechado com a sua colecção para homens muito cosmopolitas) teve como 'introdução' uma série de vestidos negros, longos, usados nas manequins de dedos pintados de verde (...como quem enfia os dedos dentro de uma lata de verniz). A luz era pouco mais do que penumbra. Depois, eis que surgiu um rapaz de cabelos longos, usando um poncho preto, flutuante. A partir daí, a luz subiu e invadiu a passerelle: muitas peças pretas, muitos efeitos com dobra, criando trompe l’oeil sobre estrutura da peça, calça/saia, etc.. As tiras/faixas que Dourado começou no início do seu trabalho por utilizar à volta do corpo da mulher, agora estão soltas e ondulam como caudas de casacos. As assimetrias convivem com outos aspectos mais estruturais da colecção, cuja mancha maior é o negro, coabitando com o azul escuro. Muitos blusões e muitas camisas, longas, longas, quais caudas de vestidos.
Umas horas antes, nesta passerelle, White Tent. abordava o vestuário de trabalho, mas segundo o léxico desta dupla constituída por Pedro Noronha Feio e Evgenia Tabakova, que introduziu elementos novos num fato de piloto ou num casaco de operário. Uma colecção toda ela bem construída, à volta de peças-chave, com mochilas de vários tipos, muitas das vezes do mesmo tecido das peças de vestuário, e em tons de castanho, caqui, verde, cor-de-rosa e preto, nos materiais lã, lã/algodão, algodão e caxemira. Uma gabardine preta mesmo-mesmo daquelas que eu gosto, a lembrar os anos da resistência francesa e que ía mesmo bem com a minha boina. Alô alô. Faço agora ‘agulha’ para outro designer, cujo trabalho sigo com particular interesse, e que assina deste modo as suas peças de autor: «V!tor». A colecção é mista: homem e mulher, em «materiais impressos com padrões de QR Code, em corrosão sobre jersey de composição mista em cor de pele, e em estrutura de tricotagem em lã ». Vítor já trouxe à passerelle do espaço Lab a evocação de outros territórios, como a Grécia ou a Macedónia, e na estação Outono/Inverno 2011/12 ‘viaja’ até à Tanzânia, para se inspirar no poder mágico dos albinos, e colocar em diálogo esta cultura com a comunidade chinesa, criando assim o seu novo look «Tanzjing».
Quem também se inspirou num outro povo para construir a sua colecção e espelhar as suas emoções, dialogando assim com os valores que lhe são mais caros, foi Alexandra Moura..O «povo das estrelas» que habitou a passerelle de Alexandra usou uma linha de calçado em couro (Goldmud), com sapatos onde pequenos detalhes fazem a diferença, como as pequeninas franjas ou os desenhos nas botas da cano semi-alto. Os vestidos de cintura descida, longos, soltos, como os cabelos (Cristina Peixoto) são lindos. Adorámos aquela fusão de uma imagem «forte e inocente, doce e guerreira, infantil e sábia», pontuada pelos traços nos rostos dos/as manequins, em cuja silhueta podíamos rever os índios norte-americanos. Esta sua homenagem já me fez ir à prateleira buscar um livro no qual não mexia há que tempos, O sopro das vozes – Textos de Índios Americanos: «Havia um grande rio chamado Rio Feminino que atravessava esta terra de norte a sul e havia outro grande rio que a atravessava de leste a oeste, chamado o Rio Masculino. O rio Masculino fluía pelo Rio Feminino e continuava, e o nome deste lugar chama-se tqo alna’osdli, o Cruzamento das Águas».
Por todas as razões e mais alguma, não esqueço aquele sábado, 12 de Março, dia em que fiz ping-pong entre a moda e a manifestação. Depois de ter participado nesta, e desfilado entre os Restauradores e o Rossio, e de ver tantos cartazes e testemunhado ao vivo a mega insatisfação que corre nas veias da nossa sociedade, o que me impressionou mais foi um conjunto de bandeiras negras (fome!) e um alerta muito individual acenado pelo cartaz «não consigo viver». De regresso ao Terreiro do Paço pelas cinco da tarde, em «modo» espera encontravam-se ali vários carros da polícia de choque, com agentes a rigor: capacete, coletes anti-bala, tons azul escuro e preto. Finalmente, vi ali traduzida, in vivo, uma frase de Gertrude Stein, «War makes fashion».
13.3.11
«Love» Dourado
12.3.11
«Love» You
SÁBADO – 12 de Março
15H00 - AFORESTDESIGN / VALENTIM QUARESMA / LARA TORRES – Exposições no MUDE.
15H30 - RICARDO ANDREZ / LAB – MUDE
16H30 - FILIPE FAISCA
17H30 - ALEKSANDAR PROTIC
18H30 - LIDIJA KOLOVRAT – MUDE
19H30 - LANIDOR
20H30 - ALEXANDRA MOURA
21H30 - MARIA GAMBINA
22H30 - NUNO BALTAZAR (na foto, Arquivo Modalisboa/Rui Vasco)
Pateo da Galé, Terreiro do Paço, Lisboa
11.3.11
You know I «Love» ...
10.3.11
Caros amigos,
Dear Friends
Unfortunately, we Congolese women, we do not have anything to celebrate for. What happens to the women of Congo is also happening to all of us; we have lost our humanity, our dignity. We would compromise our integrity if we do not engage in their struggle. Hundreds of thousands of women have been violently raped, mutilated and terrorized by a host of culprits (Rebel Groups, Rwandan Soldiers, ‘Congolese Soldiers,’ civilian population and even the United Nations). The atrocities visited upon these women are hardly mentionable much less believable. They have faced gang rape, sexual slavery, kidnapping, forced incest, genital mutilation, torture, murder of loved ones and psychological trauma; all in an attempt to terrorize, displace and subdue the population. The question for our global sisters who will be celebrating is, what have you done for Congolese women whom have been incapacitated by the extraordinary violence done to their bodies and spirits, crippling a whole society? Will you ignore and abandon those who will be raped, either again, or for the first time, by armed militia extracting the minerals used in the electronics we love and rely on? Or, will we as consumers, as members of the human race, take actions, sustained over time, to make gender violence atrocities stop? For more than a century, the Democratic Republic of the Congo has been plagued by regional conflict and a deadly scramble for its vast natural resources. In fact, greed for Congo’s natural resources has been a principal driver of atrocities and conflict throughout Congo’s tortured history.
Armed groups continue to massacre villages and rape women in large numbers, sustaining themselves by controlling minerals mines and trading routes. Despite the presence of the world’s largest UN peacekeeping operation, violent conflict never actually ceased in Congo.The Congo is the greatest humanitarian crisis in the world today where more than 6 million people have died since 1996, half of them children under 5 yrs old. More than 2 million people have been displaced, driven out from their homes, and now, living in poorly protected camps in horrible conditions. Although humanitarian organizations provide life-saving supplies and care to the camps, it is often almost impossible for families to earn a living or properly care for their children in such settings. The United Nations said it is the deadliest conflict in the world since World War Two. However, hardly anything is said about it in the media. There is a media blackout about Congo and no worldwide resolution to end the conflict and carnage there. Although the conflict in eastern Congo remains one of the world’s most complex, one thing is for certain: widespread sexual violence and atrocities committed against civilians are not abating, and in many regions they continue to increase. Even on the New Year eve, while throughout the world, people were celebrating 2011; 30 Congolese women were violently gang-raped, mutilated and terrorized, according to MSF (Medecins Sans Frontieres), an undoubtedly low estimate, given the number of incidents that go unreported. "The rape of the land, the mutilation of the flesh." La femme Congolaise - courageous and industrious despite the vicissitudes and the turbulence of life - she continues to fight for herself, taking on professions previously reserved for men. More often she must pay her children's school fees and compensate for her husband who is either underpaid, unemployed, or absent. She will sell anything, even peanuts at the market, to ensure the survival of her family. And yet, her body has become a battlefield. In Congo, "A Dead Rat Is Worth More than the Body of a Woman." Women are, in many ways, the backbone of the Congolese economy and society. Since the violence began, the economic and social structures framed by women, from familial roles to labor, have been fractured. In the fight to control resources and their wealth, the violence has shuffled economic development in the country. Demonstrating their incredible strength and their faith in their ability to continue their own advancement, these women stand strong in their communities even as they denounce the rape and the violence they experience. Concerned citizens worldwide should continue to raise their collective voices to pressure U.S., UK leaders, their national representatives, and other western governments to not only take stock of the horrific human rights abuses occurring in the region, but to take action as well. Ironically, the international community spends well in excess of $2 billion a year treating the symptoms of the Congolese crisis (with peacekeeping and emergency assistance), but roughly one-tenth of 1 percent of what they spend on aid and peacekeepers is spent on addressing the main fuel for its continuation: conflict minerals. An effort to end these atrocities would yield better results than any billion-dollar aid, or whatsoever humanitarian NGOs could wage to win the hearts and minds of the oppressed. And, because the multinational corporations hide the direct connections between their demand for Congo’s natural resources and the destruction of human life in that country, especially women and girls, we don’t realize that the solution lies in part with us as electronics consumers. The “blood diamonds’’ case provides a crucial precedent. Until there was general consumer uproar about the effect Western demand for a precious commodity was having on the people of Sierra Leone, Liberia, and Angola, those conflicts continued to burn, with Western consumers providing all the fuel necessary to keep the wars going indefinitely. Electronics companies should pressure their suppliers to ensure that these minerals don’t originate in mines that fuel the war and corruption, and allow independent audits to prove it. There is no authority, either at the territorial level, or that of the province, and much less on the national level, that is able to control what is going on in this region. To avoid a civil war following the 2011 elections, the International Community should display the same drive and determination, including exerting pressure on those financing and enabling the conflict, as it did to accomplish Charles Taylor's extradition to Sierra Leone. War criminals should be prosecuted without prejudice. Congolese people need a government which would create conditions for peace, justice and stability. Furthermore, the IC should fully support the recommendations of the U.N. Panel of Experts on the Illegal Exploitation of Natural Resources and the UN mapping recommendations to help prosecute those individuals and corporations mentioned in the report. Congo's extraordinary circumstances require bold measures. Unless the US, the UK, and other global leaders reconsider their Congo policy and deals vigorously with the negative forces, the conflict is likely to escalate beyond its current cataclysmic proportions. The stakes are high: the IC diplomatic half-steps in Congo undermine the long-term strategic goals in Africa. Please, join Liberation/Congolese Women Group, with the IT MUST STOP Campaign. We make a point of informing while taking the whole world as a witness of what is happening in the DR Congo in glance with the women's rights through the various means of communications. CIRCULATE THESE MESSAGES AND INFORMATION AROUND YOU AND ACT INDIVIDUALLY OR COLLECTIVELY. SILENCE IS A FORM OF COMPLICITY! COME ALONG SO THAT TOGETHER WE MAY ULTIMATLY STOP THESE HORRORS.
Armed groups continue to massacre villages and rape women in large numbers, sustaining themselves by controlling minerals mines and trading routes. Despite the presence of the world’s largest UN peacekeeping operation, violent conflict never actually ceased in Congo.The Congo is the greatest humanitarian crisis in the world today where more than 6 million people have died since 1996, half of them children under 5 yrs old. More than 2 million people have been displaced, driven out from their homes, and now, living in poorly protected camps in horrible conditions. Although humanitarian organizations provide life-saving supplies and care to the camps, it is often almost impossible for families to earn a living or properly care for their children in such settings. The United Nations said it is the deadliest conflict in the world since World War Two. However, hardly anything is said about it in the media. There is a media blackout about Congo and no worldwide resolution to end the conflict and carnage there. Although the conflict in eastern Congo remains one of the world’s most complex, one thing is for certain: widespread sexual violence and atrocities committed against civilians are not abating, and in many regions they continue to increase. Even on the New Year eve, while throughout the world, people were celebrating 2011; 30 Congolese women were violently gang-raped, mutilated and terrorized, according to MSF (Medecins Sans Frontieres), an undoubtedly low estimate, given the number of incidents that go unreported. "The rape of the land, the mutilation of the flesh." La femme Congolaise - courageous and industrious despite the vicissitudes and the turbulence of life - she continues to fight for herself, taking on professions previously reserved for men. More often she must pay her children's school fees and compensate for her husband who is either underpaid, unemployed, or absent. She will sell anything, even peanuts at the market, to ensure the survival of her family. And yet, her body has become a battlefield. In Congo, "A Dead Rat Is Worth More than the Body of a Woman." Women are, in many ways, the backbone of the Congolese economy and society. Since the violence began, the economic and social structures framed by women, from familial roles to labor, have been fractured. In the fight to control resources and their wealth, the violence has shuffled economic development in the country. Demonstrating their incredible strength and their faith in their ability to continue their own advancement, these women stand strong in their communities even as they denounce the rape and the violence they experience. Concerned citizens worldwide should continue to raise their collective voices to pressure U.S., UK leaders, their national representatives, and other western governments to not only take stock of the horrific human rights abuses occurring in the region, but to take action as well. Ironically, the international community spends well in excess of $2 billion a year treating the symptoms of the Congolese crisis (with peacekeeping and emergency assistance), but roughly one-tenth of 1 percent of what they spend on aid and peacekeepers is spent on addressing the main fuel for its continuation: conflict minerals. An effort to end these atrocities would yield better results than any billion-dollar aid, or whatsoever humanitarian NGOs could wage to win the hearts and minds of the oppressed. And, because the multinational corporations hide the direct connections between their demand for Congo’s natural resources and the destruction of human life in that country, especially women and girls, we don’t realize that the solution lies in part with us as electronics consumers. The “blood diamonds’’ case provides a crucial precedent. Until there was general consumer uproar about the effect Western demand for a precious commodity was having on the people of Sierra Leone, Liberia, and Angola, those conflicts continued to burn, with Western consumers providing all the fuel necessary to keep the wars going indefinitely. Electronics companies should pressure their suppliers to ensure that these minerals don’t originate in mines that fuel the war and corruption, and allow independent audits to prove it. There is no authority, either at the territorial level, or that of the province, and much less on the national level, that is able to control what is going on in this region. To avoid a civil war following the 2011 elections, the International Community should display the same drive and determination, including exerting pressure on those financing and enabling the conflict, as it did to accomplish Charles Taylor's extradition to Sierra Leone. War criminals should be prosecuted without prejudice. Congolese people need a government which would create conditions for peace, justice and stability. Furthermore, the IC should fully support the recommendations of the U.N. Panel of Experts on the Illegal Exploitation of Natural Resources and the UN mapping recommendations to help prosecute those individuals and corporations mentioned in the report. Congo's extraordinary circumstances require bold measures. Unless the US, the UK, and other global leaders reconsider their Congo policy and deals vigorously with the negative forces, the conflict is likely to escalate beyond its current cataclysmic proportions. The stakes are high: the IC diplomatic half-steps in Congo undermine the long-term strategic goals in Africa. Please, join Liberation/Congolese Women Group, with the IT MUST STOP Campaign. We make a point of informing while taking the whole world as a witness of what is happening in the DR Congo in glance with the women's rights through the various means of communications. CIRCULATE THESE MESSAGES AND INFORMATION AROUND YOU AND ACT INDIVIDUALLY OR COLLECTIVELY. SILENCE IS A FORM OF COMPLICITY! COME ALONG SO THAT TOGETHER WE MAY ULTIMATLY STOP THESE HORRORS.
Victoria Dove Dimandja & Jose Musau Kalanda
«Love» (me do)
A fotografia é de João Tabarra. Foi feita a 9 de Junho de 1990, pelas dez da noite, no Jardim do Tabaco. A modalisboa dava ali os seus primeiros passos, apresentando um calendário que se subdividia em «Estilismo industrial» (com as marcas Vadim - pela Maconde -, Moments, Lindaforma, Scottwool, Ofir, L'Abito, Quazar, SML, Oficina da Moda), «Novos Talentos» (Filipe Faísca, Tânger, Nuno Eusébio, Luís Buchinho, Nuno Gama) e «Criadores» (Abbondanza/Matos Ribeiro - foto em cima -, José António Tenente, Manuela Tojal, Manuel Alves, Ana Salazar). A Câmara Municipal de Lisboa integrava assim este desfile de moda nas Festas de Lisboa, intitulando-o «Modalisboa Ano I». Desde então o calendário cresceu, conquistou vanguardas artísticas e cristalizou-se num formato como aquele que lhe conhecemos hoje.
Com o Tejo a seus pés (como no jardim do Tabaco), o 'pano' sobe para mostrar as colecções Outono/Inverno 2011/12 dos criadores portugueses, na 36ªedição da Modalisboa. «Love», a partir das sete da tarde no Pateo da Galé, no Terreiro do Paço.
9.3.11
amanhã...
... tem início a modalisboa, 36ªedição, «Love», que comemora os seus 20 anos ao serviço da moda (1991-2011). O calendário começa às 19h00 com «Ricardo Preto», «Pedro Pedro» (colecção O/I 10/11, Rui Vasco/ Arquivo Modalisboa), e a dupla «Alves Gonçalves», às 22h00, no Pateo da Galé, no Terreiro do Paço.
8.3.11
dia internacional da mulher
O nº89 da Revista Crítica de Ciências Sociais (CES) é dedicado aos Estudos feministas e cidadania plena, destacando-se vários artigos entre os quais o de Maria José Magalhães «Activismo feminista e violência contra as mulheres», o de Isabel Allegro de Magalhães «A instância corpórea do humano» e o de Fernanda Henriques «Concepções filosóficas e representações do feminino».
Neste dia internacional da mulher um grande aplauso a todas as mulheres que lutam ou lutaram pela igualdade de direitos.
Sabias que hoje, por todo o mundo, 62 milhões de meninas em idade escolar não vão à escola? Que, a cada minuto que passa, uma mulher é vitima de mortalidade materna e que 3/4 de todas as pessoas no mundo que sofrem de HIV/SIDA, com menos de 25 anos, são mulheres?
Para acabar com estas e muitas outras estatísticas, altamente penalizadoras para as mulheres, celebra-se hoje o Dia Internacional da Mulher!
Ajuda uma menina, uma mulher, uma organização que lute pelos direitos das mulheres e muda o destino do Mundo!
7.3.11
baile de máscaras ;)
.... no sambódromo..........................................................................
4.3.11
entre nós...
... e mundos»: a partir de dia 10 de Março, no Teatro Extremo o ciclo de tertúlias apresenta Roberto Merril, «Liberdade de ofender na arte», dia 24 Paulo Barcelos «Caridade ou justiça: que deveres perante a pobreza mundial?», dia 7 de Abril Alice Samara e Isabel Lousada «As mulheres na sociedade contemporânea: desafios e compromissos - um olhar de relance», e dia 21 de Abril Carlos Melo «Máscaras».
3.3.11
2.3.11
1.3.11
Mulheres do cinema
A nossa selecção (na noite dos oscares): Melhor filme estrangeiro In a better World (Dinamarca) da realizadora Susanne Bier (n. Copenhaga 1960); Melhor actriz Natalie Portman (n.Jerusalém, 1981); Melhor direcção artística e melhor guarda-roupa Alice in Wonderland (Robert Stromberg e Karen O'Hara; Colleen Atwood). Filmes nomeados na categoria Melhor filme, e a não perder: The Kids Are All Right (Gary Gilbert, Jeffrey Levy-Hinte e Celine Rattray - Produtores), realizado por Lisa Cholodenko (n.Los Angeles, 1964), e Winter's Bone/ Despojos de Inverno (Anne Rosellini and Alix Madigan-Yorkin - Produtores; adaptação de Debra Granik & Anne Rosellini), realizado por Debra Granik.
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