«posso ver a sua mochila?» - claro, respondo ao agente da
autoridade, na entrada para o concerto do grupo que não sendo nacional é mesmo
bom: The National. Segunda pergunta, Dele: «não tem nenhuma bomba (na
mochila)?» - não, esqueci-me. Arrumei tudo à pressa. Lol. Entramos, eu e a Paula,
best friend, como todas as que tenho. Agora, vamos ao que interessa. Onde é que
está a barraca das cervejas? Lol ah ah cá está ela. Por acaso é um balcão, uma
coisa decente, sempre estamos na praça de touros do campo pequeno, em Lisboa. Só
não se vêem bandarilhas. De resto, a arena tem só seres humanos. O palco, lembra-me
um oratório de tão bem iluminado. Se fosse portuguesa a banda, eu diria que era
‘mão’ do pedro leston. Três rapazes movem-se à volta da mesa de som, e nós,
estamos na bancada, não muito longe, de frente para o palco, que revelaria
pouco tempo depois nove músicos, entre os quais, matt, o cantor, kate, a
cantora. Podiam ser mais, mas dado que já íamos na segunda cerveja, este meu
número total não é de fiar.
Agora, o turbilhão de sensações - quando as músicas que eu
conheço ecoam por toda a praça - é impossível
de descrever aqui. Levam-me para territórios que não são explicáveis
facilmente. Algumas letras conheço, outras não, outras ainda não consegui apreender,
mas o som tava óptimo e o matt e parceira de palco eram / são fabulosos. A qualidade
dele como artista é brutal. Porque canta para cada um(a) de nós o que quer
dizer para todos e todas. Fala com cada um, dirige-se mesmo às pessoas, recolhe
cartazes, boneco(s) e atira-se para a turba avançando avançando avançando… quem
lhe dá lastro é um assistente de palco que merece tudo, incluindo o melhor
ordenado : ) não deixa nunca o matt, destravado, desatinado, doido mesmo (o que
adorei ver), entregue a si, dáva-lhe fio como quem pesca à linda. Adoro ver
isto : a relação de trabalho entre uma equipa, artística e técnica.
Agora nós. De coração cheio, depois de dançar, cantar
(espero poder estudar as letras das músicas para numa próxima estar à altura
dos meus concidadãos) e deslizar por esse estado emocional de felicidade (dura
por poucas horas), fui aterrar a um sítio público, e deixei lá o telemóvel, que
recuperei meia hora depois. Ó gente boa! Obrigada por seres quem sois. Amo-te
Matt.
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