13.12.19

«posso ver a sua mochila?»


«posso ver a sua mochila?» - claro, respondo ao agente da autoridade, na entrada para o concerto do grupo que não sendo nacional é mesmo bom: The National. Segunda pergunta, Dele: «não tem nenhuma bomba (na mochila)?» - não, esqueci-me. Arrumei tudo à pressa. Lol. Entramos, eu e a Paula, best friend, como todas as que tenho. Agora, vamos ao que interessa. Onde é que está a barraca das cervejas? Lol ah ah cá está ela. Por acaso é um balcão, uma coisa decente, sempre estamos na praça de touros do campo pequeno, em Lisboa. Só não se vêem bandarilhas. De resto, a arena tem só seres humanos. O palco, lembra-me um oratório de tão bem iluminado. Se fosse portuguesa a banda, eu diria que era ‘mão’ do pedro leston. Três rapazes movem-se à volta da mesa de som, e nós, estamos na bancada, não muito longe, de frente para o palco, que revelaria pouco tempo depois nove músicos, entre os quais, matt, o cantor, kate, a cantora. Podiam ser mais, mas dado que já íamos na segunda cerveja, este meu número total não é de fiar.
Agora, o turbilhão de sensações - quando as músicas que eu conheço ecoam por toda a praça -  é impossível de descrever aqui. Levam-me para territórios que não são explicáveis facilmente. Algumas letras conheço, outras não, outras ainda não consegui apreender, mas o som tava óptimo e o matt e parceira de palco eram / são fabulosos. A qualidade dele como artista é brutal. Porque canta para cada um(a) de nós o que quer dizer para todos e todas. Fala com cada um, dirige-se mesmo às pessoas, recolhe cartazes, boneco(s) e atira-se para a turba avançando avançando avançando… quem lhe dá lastro é um assistente de palco que merece tudo, incluindo o melhor ordenado : ) não deixa nunca o matt, destravado, desatinado, doido mesmo (o que adorei ver), entregue a si, dáva-lhe fio como quem pesca à linda. Adoro ver isto : a relação de trabalho entre uma equipa, artística e técnica.
Agora nós. De coração cheio, depois de dançar, cantar (espero poder estudar as letras das músicas para numa próxima estar à altura dos meus concidadãos) e deslizar por esse estado emocional de felicidade (dura por poucas horas), fui aterrar a um sítio público, e deixei lá o telemóvel, que recuperei meia hora depois. Ó gente boa! Obrigada por seres quem sois. Amo-te Matt.

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