28.2.20

inês (IV)

há prazer na despedida? 
não, é a evitar mesmo, 
até sempre inês, obrigada

claire inês cristina
eu sou 
mim,

a menina da rádio não sou eu


                                           este é o meu postal para ti, maria inês meneses
                                                                     sempre a dançar
                                                                         take on me

canções que os corações pedem ~ a inês (III)

a experiência da escrita a acompanhar a menina da rádio: precisamos de saber, nós, a tua comunidade de ouvintes onde e quando te podemos sintonizar...pleaaaaase, para a semana? lol
ai os beatles os beatles... trazem-me de volta a maior fã de todos os tempos que eu conheci: a eduarda. sabia tudo sobre eles, nas festas dela punha sempre beatles a dada altura da noite, e lá vinha toda uma lição, fugaz, para não chatear ninguém, sobre os beatles. é a primeira vez que escrevo sobre ela e não choro. estou a melhorar. preciso sair rapidamente deste parágrafo, para não borrar a pintura (qual pintura?).



Not the Last... o primeiro dia do resto da tua vida, inês (II)

Abriste com arcade fire, no cars go... que não te vás embora sem saber que geraste uma imensa comunidade de ouvintes, todos diferentes todos iguais, mas atenção, todos com os ouvidos postos em ti, porque a tua voz (nos) merece, a tua música que é de todos também. Agora já estou a dançar, ‘por incrível que pareça’, that’s life maria inês.
Sobre arcade fire: outra amiga, socióloga, deu-me a conhecer os arcade. Depois, fui ao concerto deles (um dos) e encontrei o zé pedro , naquele festival que é só marcas à volta. O palco era um grande cenário de teatro, com cortina cor de vinho e candelabros gigantes. Que este seja o teu cenário, magnífico, como tu. Não te esqueças de nós, e conta-nos depois onde andas, por mim, desde que eu a tenha, apanho-te na grande rede.
Daqui a nada tenho de sair e continuar a ouvir-te aí sim na rádio do carro, como quase sempre acontece. Não, não vou levar rímel, então ao volante o perigo é duplo, as lágrimas são perigosas na condução, por causa da visibilidade....
Duarte pinto coelho chama-te a ninfa do douro, absolut begginners não é, cada um no seu tempo mas unidos através deste poderoso meio que é a rádio. Sabes inês, preciso de escrever para digerir o que está a acontecer. a vida, a mim, transcende-me, e tudo é muito sentido, posso dizer-te aqui que o meu próximo livro, primeiro de ficção, se chama exactamente assim: «sinto muito», história de uma rapariga que sentia tudo muito.
Claro que a canção do bowie leva-me também para aquela manhã em que ao ouvir a sua música na tua emissão, pressenti, só isso é tanto, que ele tinha desaparecido. Confirmou-se. Foi através de ti, ao volante, que eu soube isso. Mais um dia de perigo ao volante, não pelo efeito do rock’n’roll, mas mais tears’n’roll.

Cativarás sempre os teus ouvintes, estes, e os próximos. Agora tenho de fazer uma pausa.

27.2.20

~inês~

esta emissão da radar hoje é no fundo como todas as outras de Inês Maria Meneses: uma maravilha. mas nesta em particular só (me) dá vontade de chorar. como dizem que não dá para deixar cair água no teclado, vou ter de resumir o texto. obrigada Inês por toda a companhia que me fizeste (a mim e a toda a gente que te ouve). és mais nova do que eu (toda a gente é... menos a minha mãe : ) mas vais direitinha à música de que eu gosto, porque já a ouvi tanto, mas também porque há tantas canções que não conheço mas quando 'tocadas' por ti, passam a ser minhas também. obrigada Inês pela companhia que me fizeste enquanto eu escrevia a minha tese de doutoramento. agradeço - te e a toda a radar, claro. nunca estive por isso realmente sozinha enquanto escrevia, dia após dia, num bairro que agora a rádio okupou! okupas tardios, bolas. obrigada Inês, porque vou continuar a ouvir a radar. espero o melhor para ti, para todos/as. como é que a música tocada na radar me transforma, emociona, me toca como ninguém, não dá para descrever. a rádio é a verdadeira dama de companhia, a vossa especial. obrigada inês, o meu chapéu com a devida vénia, agregadora, pertence-te,