3.2.07

A CARTA – Parte VI

A ideia de se criar um «instrumento político comum» esteve presente na criação da Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade, adoptada a 10 de Dezembro de 2004, em Kigali, no Ruanda, pelas delegadas presentes na 5ªReunião Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, um novo tipo de movimento de mulheres.
A Carta pretende ser um texto fundador do mundo que as mulheres da Marcha Mundial querem construir. Ela é constituída por 31 afirmações, que se relacionam com cinco valores universais - IGUALDADE, LIBERDADE, SOLIDARIEDADE, JUSTIÇA E PAZ – partilhados pelo conjunto das mulheres da Marcha, independentemente das suas diferenças de origem, de cultura, de história, de religião ou de orientação sexual. Os valores, se bem que apresentados de um ponto de vista feminista, são igualmente partilhados por numerosos homens.
A Carta é fruto de um trabalho de consulta, de discussões e de negociações entre mulheres de vários países, que vivem realidades diversas.
A Carta tem a força de representar um consenso e a sabedoria de deixar um espaço de interpretação a partir destas realidades diversas, bem como transporta consigo a esperança de ver o mundo mudar para melhor e para o bem comum.
A Carta foi «enviada» para todo o mundo através de uma Estafeta Mundial a 8 de Março de 2005; chegou a Lisboa a 15 de Maio daquele ano, juntamente com a Manta da Solidariedade, para a qual o retalho português foi realizado pela criadora de moda Ana Salazar; a carta e a manta foram apresentadas publicamente a 16 de Maio na Biblioteca Museu da República e Resistência.

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