Estavas, linda Inês, posta em sossêgo,
Dos teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saüdosos campos do Mondego,
Dos teus formosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
(Luís de Camões,
Lusíadas, Canto III, 120)
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