Viva! A professora Zília Osório de Castro vai hoje ser homenageada pelas 18h na FCSH/UNL, com a edição de um livro, publicado pelo Centro de Estudos de Sociologia (CESNOVA) da Universidade Nova de Lisboa. A sessão vai contar com vários ‘cesnovianos’ e várias ‘faces de eva’. Contar a história de um grupo de investigação em estudos sobre as mulheres designado por Faces de Eva é falar de Zília Osório de Castro. Não sou a melhor pessoa para contar a sua história, mas o meu regresso à universidade está ligado também a ela, que, um belo dia, há uns seis anos atrás, me convidou para pertencer a Faces de Eva. A professora Zília – quem não a trata por tu, trata-a assim – estudou na Universidade de Coimbra, mas é na Universidade Nova de Lisboa que a encontramos desde os anos 80.
Quando regressei então à Nova para fazer a Pós-graduação em «Estudos sobre as mulheres, as mulheres na sociedade e na cultura» estávamos já em 2004. Conhecemo-nos no seminário «O tempo das mulheres» que integra o actual Mestrado. Primeira pergunta que ZOC me dirigiu (a mim, e à turma toda): 'o que é o feminismo?' Mais do que ‘luta pelos direitos das mulheres’ (que foi a minha resposta a essa pergunta), tenho vindo a descobrir muitos modos de estar no feminismo, que é acima de tudo hoje um movimento plural. Todos os debates em que tenho participado na sequência dos estudos sobre as mulheres/ de género/ ou feministas são dos encontros mais produtivos (cientificamente e não só) a que tenho assistido nos últimos anos, pois devolvem-nos a um empenhamento de cidadania e a uma teoria de conhecimento que busca no humano o sentido para a vida - esta, em qualquer parte do planeta em que nos encontremos, tem uma especificidade de género que quero continuar a estudar: a bem da história das mulheres, a bem da igualdade de género, e na luta contra a discriminação, de género.
E todos os dias há que dar vivas por haver mulheres que dedicam a sua vida às ideias, com história dentro. Na ciência e pela ciência, parabéns professora Zília!
E todos os dias há que dar vivas por haver mulheres que dedicam a sua vida às ideias, com história dentro. Na ciência e pela ciência, parabéns professora Zília!
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