4.7.07

Tânia

Uma lentidão que parece uma velocidade

«Li esta frase num livro de Jean Cocteau e logo me inspirou. Por implicar movimento quase visível, pelo menos para mim e ao mesmo tempo por achá-la bastante poética. Apeteceu-me logo fazer uma dança dedicada ao que esta frase me fez sentir. Sinto que sou uma coreomaníaca, e cada vez mais. Quanto mais danço, mais me apetece fazê-lo. E cada vez mais me fecho no que a dança é por si só, na sua forma abstracta. Provocadora de emoções, sentimentos, coisas que nem eu sei explicar bem porque gosto de fazer e ver. Gosto desta confusão que é de lhe sentir a essência mas de não conseguir agarrá-la. De não saber muito bem porque escolho alguns movimentos, ou até porque chego a fazê-los. Esta frase fez me pensar nisto tudo que me baralha e me encanta. Nisto tudo que disse e em tudo o que ficou por dizer. Nisto tudo que a dança é.”
Tânia Carvalho, «Uma lentidão que parece uma velocidade».
Dia 12 de Julho às 21h30, no Centro Cultural Vila Flor, Avenida D. Afonso Henriques, 701, Guimarães.
Coreografia e Interpretação: Tânia Carvalho; Música: sonata para piano kvk545, Mozart, ré avariado, Tânia Carvalho; Texto: Patrícia Caldeira; Cenografia e Iluminação: Daniel Lima; Figurinos: Aleksandar Protich; Professor de Piano: João Aleixo; Direcção de Produção: Sofia Matos; Produção Bomba Suicida; Co-Produção Theatro Circo de Braga.

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