escrita olhares perspectivas críticas ensaios artes género feminismos sociologia moda
31.8.07
Vanessa e Ben
«Boa sorte/good luck», Vanessa da Mata e Ben Harper, um videoclip inspirador e desejos de um bom fim de semana. Como diz a canção, «Há tantas pessoas especiais no mundo».
30.8.07
Calças descaídas
29.8.07
Pés, para que vos quero
28.8.07
Moda no Verão 2007
Mergulho. Três mulheres. Estilos cúmplices com o Verão. O que vestem é da sua escolha pessoal.
Woman
23.8.07
O verbo voar
21.8.07
Entrepontos
20.8.07
Irene Lisboa
17.8.07
a vida...
16.8.07
14.8.07
13.8.07
Lauren Newton - Mulheres no jazz VI
Em entrevista concedida a Alain Drouot, em Lucerna, Suiça (em Novembro de 2001), Lauren confessa que em toda aquela década de trabalho com a Vienna Art Orchestra aprendeu a ser mais forte, como música e como mulher, já que eram todos homens num grupo 13 pessoas. Aprendeu além disso a desenvolver a sua voz de uma maneira diferente e segundo uma linguagem musical própria. É esperado que um (a) músico(a) de jazz saiba improvisar sobre as mudanças, o que conseguia fazer até certo ponto, mas só mais tarde veio a desenvolver esse aspecto mais aprofundadamente.
Para Lauren Newton foi muito bom afastar-se daquela orquestra, pois isso significou «afastar-se da distracção de estar numa grande banda onde uma pessoa pode ser facilmente esquecida enquanto ser individual».
Depois, veio a trabalhar com Anthony Braxton e com outros músicos e músicas: The Vocal Summit, com Bobby McFerrin, Jeanne Lee, Jay Clayton, e Urszula Dudziak. Trabalhou também com Maria João, durante um par de anos, e fizeram concertos juntas. Desde 1990 que tem o seu quarteto vocal composto por ela própria, pela alemã Elisabeth Tuchmann, e por dois homens - os austríacos Oskar Mörth e Bertl Mütter.
Outro projecto que tem desenvolvido é um duo com Joëlle Léandre, voz e contrabaixo, uma admirável combinação para a improvisação livre. Para Lauren o que Joëlle, como outras mulheres, está a fazer na cena do jazz é fantástico, mas continua a sentir que é ainda um mundo de homens. «Estou tão habituada, que já nem penso nisso. (...) Mas muitas mulheres estão interessadas em tocar jazz. Veja-se quantas estão na clássica. Entre cantores, a maioria são mulheres. Tenho alguns rapazes entre os meus alunos, mas sempre que dou workshops, quase sempre há mais mulheres».
Na fotografia, o grupo vocal Timbre, no Jazz em Agosto, dia 11.
Foto: Joaquim Mendes/Cortesia Fundação Calouste Gulbenkian.
http://www.laurennewton.com/index.htm
11.8.07
Elisabeth Tuchmann - Mulheres no Jazz V
Joëlle Léandre - Mulheres no Jazz IV
Continuou ligada à música contemporânea, não apenas como membro de ensembles de música contemporânea como o 2E2M, Itinéraire e l'Ensemble Intercontemporain, mas especialmente através dos trabalhos a solo encomendados a Cage e Scelsi, que ela interpretou e gravou. Joëlle Léandre tocou e gravou em todo o mundo com Derek Bailey, George Lewis, Irène Schweizer, Anthony Braxton, Maggie Nicols, Lindsay Cooper, Fred Frith, Evan Parker, Carlos Zíngaro, Jon Rose, Eric Watson, Lol Coxhill, Peter Kowald, William Parker, Barre Phillips. É membro do Grupo Feminino Europeu de Improvisação (European Women's Improvising Group, gravado na Intakt 002) e integrou Les Diaboliques, com Maggie Nichols e Irène Schweizer. Afirmou ao Jazz Magazine (2003): «Sabem, tomar a palavra é importante. As mulheres têm poucos modelos, poucos ídolos. Nós pelo contrário temos de carregar o peso de uma história em que as mulheres não passavam de musas, emolduradas em quadros ou em poemas». [in http://www.jazzmagazine.com/Musique/oreille/oreille44.htm].
Gravou um dos discos mais bizarros (mesmo na óptica da improvisação livre) no Les Domestiques com Jon Rose – uma compilação de sons domésticos com arranjos musicais. Mais recentemente, fundou o Canvas Trio com Rüdiger Carl e Carlos Zíngaro, seus conhecidos de longa data. Depois de ouvir o jazz de Mingus, Cecil Taylor, Monk, Dolphy, depressa transitou para o reino livre da improvisação no qual, Derek Bailey é uma referência extremamente importante para ela, bem como George Lewis e Irène Schweizer e, certamente, Anthony Braxton. «Conhecer Derek em Nova Iorque há alguns anos atrás teve para mim um impacto quase tão grande como conhecer Cage» [Kanach, 1991].
Referindo-se a John Cage, numa declaração a Machart (1994) disse: «Ele será sempre o meu pai espiritual. Já tinha lido For the Birds antes de o conhecer. É um livro importante. Cage fez-me escutar o mundo à minha volta: “Deixa que o som seja aquilo que é”. Ele desvelou um universo de possibilidades; deu-me confiança; cozinhou para mim (era um óptimo cozinheiro) com o seu amigo Merce Cunningham; era um bom amigo. Era o primeiro a sorrir quando eu tocava a minha peça Taxi no hall da Universidade de Columbia – ainda me recordo bem disso!» Sobre Scelsi, disse ao mesmo entrevistador: «Outro encontro tão importante como ter conhecido Cage. Scelsi respeitava a liberdade dos meus actos, havia uma intimidade quase feminina entre nós. A sua música avassalava-me, é cheia de verdade porque nos fala da nossa consciência, da nossa condição humana. Ouvir a sua música afecta-me profundamente. Não tem propriamente uma qualidade ‘geográfica’; tem ondas que nós fazemos vibrar. Gosto muito de tocar as suas várias peças para contrabaixo porque me proporcionam um mundo completo de sonoridade. É uma música paradoxal, na medida em que é complexa e simples ao mesmo tempo. Conheci Scelsi em 1978, em Roma, depois de uma estadia na Universidade de Buffalo, onde descobri Okanagon, uma das suas peças mais extrordinárias. Rapidamente nos tornámos amigos. Dez anos mais tarde, no dia 8 de Agosto de 1988, eu estava presente na hora da sua morte. Foi como se se tivesse, simplesmente, desvanecido.»
Em 1994, Joëlle Léandre foi a artista DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst) em residência na cidade de Berlim; entre Novembro de 1997 e Junho de 1998 viveu em Metz, nordeste de França, dando aulas e master classes em instituições de ensino superior desta região e apresentando-se em concerto com vários improvisadores, entre os quais, Eric Watson, Lauren Newton, Carlos Zíngaro, Paul Lovens. Foi professora convidada de improvisação e composição no Mills College, Oakland, California, entre Septembro e Dezembro de 2002 e, novamente durante o mesmo período em 2004, aquando da sua visita a Darius Milhaud, professor de composição e improvisação em Mills.
10.8.07
Marilyn Crispell - Mulheres no Jazz III
Marilyn Crispell formou-se no Conservatório de Música de New England onde estudou piano clássico e composição. Descobriu o jazz através da música de John Coltrane, Cecil Taylor e de outros músicos e compositores contemporâneos de jazz. Foi membro do Anthony Braxton Quartet e do Reggie Workman Ensemble durante dez anos. Membro também da Barry Guy New Orchestra, ela tem sido frequentemente convidada a tocar com a sua orquestra, a London Jazz Composers Orchestra. Crispell liderou os seus próprios trios de parceria com Gary Peacock, Paul Motion e Mark Helias. Tocou e gravou com muitos outros grandes músicos da cena americana e europeia do jazz, tendo igualmente tocado e gravado música dos compositores contemporâneos Robert Cogan, Pozzi Escot, John Cage, Pauline Oliveros, Manfred Niehaus e Anthony Davis, incluindo apresentações da sua ópera “X“ com a New York City Opera. Compôs música para o filme Soul Suitcase do realizador Paul DiStefano, de Toronto. Marilyn Crispell foi várias vezes bolseira da New York Foundation for the Arts. Além de tocar, ela ensinou improvisação em workshops e participou em palestras/demonstrações em universidades e centros de arte nos E.U.A., Europa, Canadá e Nova Zelândia. Na edição do Jazz em Agosto 2002, Marilyn Crispell actuou com Barry Guy, Mats Gustaffson e Raymond Strid. Na actual edição, ela apresenta-se hoje com o Quartet Noir, no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian, pelas 21h30.
O Quartet Noir é, a bem dizer, um grupo de culto que realiza raras aparições, existindo desde 1998, e fazendo raras aparições. Os detalhes preciosos das suas longas improvisações são constantemente renovados em manifesto conforto baseado na experiência de cada um. Um processo de ascese através da pesquisa sonora abstracta. Quatro mestres postos ao serviço da criação musical instantânea, e que apenas dispõem de dois discos na canadiana VICTO; o mais recente é ‘Lugano’, um registo ‘live’ para a Rádio Suiça em 2004, um continuum dividido em três partes das quais ouviremos duas.
QUARTET NOIR (Suiça, EUA, França)
Urs Leimgruber saxofone tenor, soprano
Marilyn Crispell piano
Joëlle Léandre contrabaixo
Fritz Hauser bateria
8.8.07
Claire Daly - Mulheres no jazz II
Joe Fonda contrabaixo
She can combine bebop phrasing with a big barking R&B tone...Jazz could use more like her Kevin Whitehead, Chicago Reader
She is definitely the baritone saxophone talent to watch
Paul DeBarros, Downbeat
7.8.07
Cesariny - In memoriam
No dia em que faria 84 anos, dia 9 de Agosto, são lançados em Lisboa dois livros, pelas 22h00, no Lux-Frágil, testemunhos da obra e personalidade de Mário Cesariny.
José Manuel dos Santos apresenta
Poemas de Mário Cesariny
ditos pelo poeta,
(livro com CD, onde se reproduzem 34 poemas
gravados durante o Verão de 2006).
Miguel Gonçalves Mendes apresenta
o livro / entrevista com Cesariny
Autografia / Verso de Autografia.
6.8.07
Norma Jean Mortensen - In Memoriam
As carreias das mulheres no Japão
http://www.nytimes.com/2007/08/06/world/asia/06equal.html?ex=1344139200&en=678d0382068720c7&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink
Shirley Clarke - mulheres no jazz I
As filmagens da realizadora incluem Ornette em conversa com a família, incluindo o seu filho Denardo - que integra como baterista o quinteto de Coleman presente no próximo sábado no Jazz em Agosto - e os amigos, excertos de entrevistas, viagens, e concertos – apresentando-se um registo notável da carreira deste músico nascido em 1930. O filme foi lançado recentemente em DVD para coincidir com o 2007 Grammy Awards, no qual o músico ganhou o prémio Lifetime Achievement. Este ano foi-lhe igualmente atribuído o prémio Pulitzer de música.
As críticas ao filme
As técnicas inovadoras que a realizadora Shirley Clarke e a produtora Kathelin Hoffman empregaram neste filme assemelham-se de muito perto à música do homem que tomaram por tema, desafiando o formato tradicional de documentário de modo a revelar a extraordinária visão de Ornette, através de uma igualmente extraordinária realização artística.
Deborah Snyder, CEO, Synergetic Press.
San Francisco Chronicle
San Francisco Examiner
Um projecto único cuja composição rejeita fronteiras... em favor de um caminho mais alusivo ... o material fílmico é esplêndido, definitivamente valioso.
The Wire (London)
Clarke leva o público até à sua música e o seu espírito.
Twin Cities Reader (Minneapolis)
O filme não é apenas um filme sobre um grande músico... é também, como o título sugere, um filme sobre a América... e é brilhante.
Richard Roud, realizador, Film Society of Lincoln Center
desordem mental e género
http://www.nytimes.com/2007/08/05/magazine/05autism-t.html?ex=1344052800&en=de527ee2d217fcd2&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink
4.8.07
«Tudo bem»: Les Arts Sauts
Estreia na segunda-feira, dia 6 de Agosto, às 21h00, o circo aéreo Les Arts Sauts com o seu espectáculo «Ola Kala», que significa 'tudo bem' em grego. A não perder, até dia 26, numa tenda junto ao CCB.