16.5.09

O dia C

lembrei-me de olhar para o calendário, com olhos de ver, e memória a funcionar. não é que se fez luz, sobre este dia já de si tão iluminado? há três anos iniciei este 'jornal de parede electrónico' ou blogue :) o dia hoje é portanto de comemoração na cidade das mulheres. impõe-se aqui um agradecimento especial a todas aquelas que me têm lido e às minhas colaboradoras e colaboradores informais, que não são muitas, mas são boas. obrigada Eduarda, obrigada Nati, obrigada Mena, obrigada manuel, obrigada miss Soares, obrigada jorge, obrigada Almerinda, obrigada Cat! um agradecimento (póstumo) a Christine de Pisan (n. Pisa, 1363), pois foi a ela que fui buscar o nome para dar a este blogue, e não ao filme com o mesmo nome, de Federico Fellini, como se poderia também pensar.
e claro um agradecimento geral a todos os visitantes do blogue, e aos comentários que vão deixando e que são bastante motivadores para que o meu trabalho continue a ser feito.
em Março houve um (outro) dia para o qual fui desperta - o Dia da Ada Lovelace (1815-1852), fundadora da computação científica. era filha de Lord Byron, mas isso na sua história equivale a dizer-se que ela nem o conheceu, pois tinha quatro meses quando Lord Byron partiu em viagem (o poeta andava sempre em viagem, vindo a morrer na Grécia, em 1823). Adiante. O dia Ada Lovelace foi motivo para um grupo de artistas ligado à internet (netbehaviour.org) estabelecer ligações entre si, partindo de uma pergunta simples: 'quem foram as mulheres que te inspiraram?' Às vezes é dificil responder: são tantas. Entre as mulheres da minha família, a todas as amigas e às feministas (do passado, e do presente), a cidade de repente cresce, as ruas e avenidas surgem atapetadas de flores, nos coretos há música de todos os estilos - desde a erudita, ao jazz, passando pelo pop-rock-folk - e há esplanadas de riso. falta ainda um toque de cinefilia, mas por isso mesmo se abriu agora um drive in, de cinema ao ar livre, onde passam as fitas de sempre e as outras, mais novas. Atenção: há uma ligação imaginária a Cannes para se verem os filmes de Jane Campion, «Bright Star», de Isabel Coixet «Map of the sounds of Tokyo», de Mia Hansen-Love «Les Péres de mes enfants», de Pedro Almodovar «Etreintes brisées», de Quentin Tarantino «Inglourious Basterds», e de João Pedro Rodrigues «Morrer como um homem». a presidente do júri da 62ªedição do Festival de Cannes (a decorrer até dia 24) é uma actriz de se lhe tirar o chapéu: Isabelle Huppert.
E como eu já escrevi em guiões de outro tempo, também nosso, «não nos perca de vista» aqui na cidade das mulheres.
Cristina Duarte

2 comentários:

mac disse...

parabéns pelos 3 anos
passa depressa
beijos

devaneante disse...

Parabéns à cidade das mulheres pela riqueza de conteudos deste blogue ;) é sempre bom espreitar e sair com algo novo!
Um beijinho grande