escrita olhares perspectivas críticas ensaios artes género feminismos sociologia moda
29.7.09
férias imaginárias
Na cidade das mulheres entra-se hoje em férias imaginárias. Um destino possível: esta exposição de Lourdes Castro, a não perder para quem atravesse o Atlântico e aporte à ilha da Madeira. Ou um salto (de gigante) ao Vale da Lua, no Chile.
Vale da Lua, Chile, 2009, fotografia de Vanessa Duarte.
Mercedes Sosa, Gracias a la vida, letra de Violeta Parra (Chile).
No mês em que se comemora a chegada do homem à Lua em 1969, fica aqui a voz de uma mulher: Diana Krall, «Fly me to the moon» (Letra: Frank Sinatra).
Fly me to the moon
Let me sing among those stars
Let me see what spring is like
On jupiter and mars
In other words, hold my hand
In other words, baby kiss me
Fill my heart with song
Let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words, I love you
28.7.09
moda... e poder
Até 7 de Novembro, o museu do Fashion Institute of Technology (FIT) de Nova Iorque apresenta mais uma importante exposição - Fashion & Politics - que mostra cronologicamente a influência da política na moda, ao longo dos últimos 200 anos.
Entretanto, continua a decorrer em Paris, a exposição «Madeleine Vionnet - puriste de la mode», no Museu de Artes Decorativas, na Rue de Rivoli. A costureira que procurou toda a sua vida ser «le médecin de la ligne», contribuiu fortemente para a emancipação do corpo feminino, que havia sido estrangulado pelo efeito pesado e constrangedor de décadas de espartilho. Até 31 de Janeiro de 2010, em férias, ou em trabalho, esta é uma oportunidade e um motivo para visitar a cidade de Paris, purista da moda.
Na foto, Madeleine Vionnet, no seu atelier da Avenue Montaigne.
Vídeo arte
Uma iniciativa anual denominada FUSO surge agora no panorama de vídeo arte internacional, em Lisboa, até 1 de Agosto 2009.
Programada por Elsa Aleluia e Jean-François Chougnet, director do Museu Colecção Berardo, com os reconhecidos programadores de vídeo arte, Sergio Edelsztein, Alain Fleischer, Dominique Païni e Tom Van Vliet, FUSO estabelece parcerias com o Museu Berardo, Lisboa; a Fundação PLMJ, Lisboa, a Galeria Graça Brandão, Lisboa e Porto, a Galeria Helga de Avelar, Madrid, VideoZone-4, International Video Art Biennal in Israel, Center for Contemporary Art, Telavive; Le Fresnoy, Studio National des Arts Contemporains, Tourcoing; World Wide Video Festival, Amsterdão.
Programada por Elsa Aleluia e Jean-François Chougnet, director do Museu Colecção Berardo, com os reconhecidos programadores de vídeo arte, Sergio Edelsztein, Alain Fleischer, Dominique Païni e Tom Van Vliet, FUSO estabelece parcerias com o Museu Berardo, Lisboa; a Fundação PLMJ, Lisboa, a Galeria Graça Brandão, Lisboa e Porto, a Galeria Helga de Avelar, Madrid, VideoZone-4, International Video Art Biennal in Israel, Center for Contemporary Art, Telavive; Le Fresnoy, Studio National des Arts Contemporains, Tourcoing; World Wide Video Festival, Amsterdão.
27.7.09
In memoriam Edite Soeiro
Morreu a jornalista Edite Soeiro (n.Angola). Foi no jornal O Intrasigente que iniciou a sua actividade, em Benguela.
Mobilização
Contra o golpe militar nas Honduras e em solidariedade com o seu povo
Às organizações da sociedade civil portuguesa
A toda a cidadania
«As entidades abaixo referidas apelam à mobilização para um acto de protesto frente ao Consulado das Honduras em Lisboa (Praça do Rossio, Nº 45) à semelhança do que está a acontecer por todo o mundo. A concentração terá lugar no próximo dia 28 de Julho, terça-feira, pelas 19h, frente a esta representação diplomática. Gostaríamos de contar com o seu apoio e/ou o apoio da vossa organização para esta mobilização. A pressão internacional é fundamental para reverter esta situação! O que está a acontecer nas Honduras, além de constituir inaceitáveis violações dos direitos humanos e da soberania do povo, pode contribuir para marcar o futuro da região e quaisquer tentativas de construção de um outro mundo que reclamamos possível e urgente.
No passado dia 28 de Junho, as Forças Armadas das Honduras executaram um golpe de Estado contra o governo de Manuel Zelaya, o qual estava a preparar uma consulta popular para perguntar às/aos hondurenhas/os se concordariam ou não com a convocatória de uma Assembleia Nacional Constituinte, cujo objectivo central seria elaborar uma nova Constituição com plena participação de todos/as os/as actores/as sociais do país.
Poucos dias depois do golpe, liderado pelo então presidente do Congresso Nacional, Roberto Micheletti -descrito pelos movimentos sociais hondurenhos como um fantoche da oligarquia- foi decretado o Estado de Sítio, procedendo-se à militarização das instituições e das principais cidades do país, à restrição drástica das comunicações internacionais e à intervenção de diversos meios de comunicação que não apoiam os golpistas. A ditadura iniciou uma forte repressão sobre os movimentos sociais e populares, tendo já havido numerosas detenções e mortes que têm sido denunciadas por entidades de defesa dos direitos humanos.
O que está a acontecer nas Honduras não é um facto isolado, faz parte duma estratégia conservadora que conta com a conivência, entre outros, dos Estados Unidos para garantir a continuidade do neoliberalismo na Améria Latina, face aos avanços de vários povos deste continente na defesa da sua soberania e de sistemas sociais mais justos e igualitários. Também não é um facto novo, pois infelizmente faz lembrar as sinistras ditaduras do “encerro, desterro, enterro” instauradas contra povos que ousaram questionar a estruturação injusta das sociedades e das relações internacionais.
Para travar este brutal esmagamento da esperança do povo hondurenho, está a consolidar-se uma grande resistência, com importante participação das mulheres, apesar da forte vigilância e repressão do novo governo golpista. Diariamente, as manifestações populares sucedem-se por todo o país, tendo sido convocada uma greve geral e lançado um apelo à comunidade internacional para solidarizar-se com o povo das Honduras e mostrar com veemência o seu repúdio da ditadura e da brutal repressão iniciada desde o golpe militar.
O povo português não pode ficar indiferente perante estes factos!
APELAMOS À MOBILIZAÇÃO
Pelo reestabelecimento da democracia, sem derramamento de sangue!
Pelo fim da repressão contra o povo das Honduras!
Pelo direito dos povos a decidirem o seu destino!»
Comunicado
Subscritores
Associação para o Desenvolvimento Rural de Lafões
Abril – Associação Regional para a Democracia e o Desenvolvimento
Associação Seres
AJPaz – Acção para a Justiça e Paz
Casa do Brasil de Lisboa
CGTP - IN
Colectivo Mumia Abu-Jamal
Colectivo Revista Rubra
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Coordenadora Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres
Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais
Olho Vivo – Associação para a Defesa do Património, Ambiente e Direitos Humanos
Política Operária
Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens
Solidariedade Imigrante – Associação para a Defesa dos Direitos das/os Imigrantes
SOS Racismo
UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta
Subscritores
Associação para o Desenvolvimento Rural de Lafões
Abril – Associação Regional para a Democracia e o Desenvolvimento
Associação Seres
AJPaz – Acção para a Justiça e Paz
Casa do Brasil de Lisboa
CGTP - IN
Colectivo Mumia Abu-Jamal
Colectivo Revista Rubra
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Coordenadora Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres
Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais
Olho Vivo – Associação para a Defesa do Património, Ambiente e Direitos Humanos
Política Operária
Rede Portuguesa de Jovens para a Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens
Solidariedade Imigrante – Associação para a Defesa dos Direitos das/os Imigrantes
SOS Racismo
UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta
22.7.09
Mónica
Ensaio aberto sobre A última gravação de krapp
De 23 a 26 de Julho de 2009, às 21h30
ENTRADA LIVRE
De 23 a 26 de Julho de 2009, às 21h30
ENTRADA LIVRE
concepção e interpretação Mónica Calle
tradução José Maria Vieira Mendes
fotografia Bruno Simão
telões Maria Azevedo
produção executiva Alexandra Gaspar
informações: 96 351 1971 / 91 770 5762
Casa Conveniente
Rua Nova do Carvalho, 11
Lisboa - Cais do Sodré
20.7.09
Discriminações, não obrigada
A Não Te Prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais repudia fortemente a orientação assumida pelo Ministério da Saúde em documento enviado à Presidência do Conselho de Ministros no passado dia 10, e noticiado pelo Jornal de Notícias [17.07.09], onde alega que a necessidade de garantir que os potenciais dadores não têm comportamentos de risco que, em termos objectivos e cientificamente comprovados, podem constituir uma ameaça à saúde e à vida dos potenciais beneficiários, leva à exclusão dos potenciais dadores masculinos que declarem ter tido relações homossexuais.
Esta orientação constitui uma grave violação do princípio da igualdade garantido pela Constituição da República Portuguesa. O seu artigo 13º é claro: nenhum/a cidadão/cidadã pode ser discriminado em função da sua orientação sexual. Ora, proibir homens homossexuais de doar sangue só por terem relações homossexuais é manifestamente uma prática discriminatória sem qualquer fundamento científico. Científico é o facto de comportamentos de risco deverem ser, esses sim, para todos/as – homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais - factores que originem a proibição de doar sangue e não milhares de homens, indiscriminadamente e independentemente de terem tido ou não comportamentos de risco, serem excluídos dessa possibilidade. A homossexualidade não é sinónimo de comportamentos de risco, assim como a heterossexualidade não é garante da sua ausência.
Esta orientação constitui uma grave violação do princípio da igualdade garantido pela Constituição da República Portuguesa. O seu artigo 13º é claro: nenhum/a cidadão/cidadã pode ser discriminado em função da sua orientação sexual. Ora, proibir homens homossexuais de doar sangue só por terem relações homossexuais é manifestamente uma prática discriminatória sem qualquer fundamento científico. Científico é o facto de comportamentos de risco deverem ser, esses sim, para todos/as – homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais - factores que originem a proibição de doar sangue e não milhares de homens, indiscriminadamente e independentemente de terem tido ou não comportamentos de risco, serem excluídos dessa possibilidade. A homossexualidade não é sinónimo de comportamentos de risco, assim como a heterossexualidade não é garante da sua ausência.
Nesta matéria têm-se observado sucessivos avanços e recuos. Após vários anos de denúncia, designadamente pelo movimento LGBT, em finais de 2005 o Instituto Português de Sangue estipulou finalmente o fim da proibição de doação de sangue por parte de doadores homossexuais masculinos sustentando que, de facto, se tratava de uma estigmatização sem fundamento científico. Contudo, e como por várias vezes o movimento LGBT alertou, em muitos hospitais a prática continuava a excluir homossexuais da possibilidade de doar sangue. Perante tais factos, os/as responsáveis políticos/as foram sempre titubeantes nas suas explicações e declarações. Agora, o Ministério da Saúde assume aquilo que a prática de muitos hospitais vinha provando e que várias organizações denunciavam: uma prática discriminatória que põe de lado milhares de potenciais doadores/as quando existe sempre necessidade de sangue Estes avanços e recuos somente contribuem para o aumento do estigma em relação aos homossexuais que em nada favorece uma sociedade que se quer livre, inclusiva, democrática.
Relembramos dados do relatório Infecção “VIH/SIDA - A situação em Portugal, 31 de Dezembro 2008”, do Ministério de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge:
Em síntese, durante o ano de 2008, a categoria de transmissão “heterossexual”, para o total de casos nesta categoria, regista 57,6% dos casos notificados (PA, Sintomáticos não-SIDA e SIDA), a transmissão associada à toxicodependência apresenta o valor de 21,9% e os casos homo/bissexuais são 16,8 % do total (2008:6).
“Os casos de SIDA apresentam a confirmação do padrão epidemiológico registado anualmente desde 2000. Verifica-se um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual (…) (2008:7)”.
Nem a ciência, nem as estatísticas, nem – acima de tudo – os princípios da não discriminação e da igualdade justificam tal orientação do Ministério da Saúde pelo que pedimos, por isso, que esta orientação seja urgentemente revista e sugerimos que a pergunta feita a todos/as os/as dadores/as seja “se têm comportamentos de risco”, em vez de se perguntar qual a sua orientação sexual.
Comunicado de Imprensa de Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais
Lisboa, 17 de Julho 2009
naoteprives@yahoo.com
Relembramos dados do relatório Infecção “VIH/SIDA - A situação em Portugal, 31 de Dezembro 2008”, do Ministério de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge:
Em síntese, durante o ano de 2008, a categoria de transmissão “heterossexual”, para o total de casos nesta categoria, regista 57,6% dos casos notificados (PA, Sintomáticos não-SIDA e SIDA), a transmissão associada à toxicodependência apresenta o valor de 21,9% e os casos homo/bissexuais são 16,8 % do total (2008:6).
“Os casos de SIDA apresentam a confirmação do padrão epidemiológico registado anualmente desde 2000. Verifica-se um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual (…) (2008:7)”.
Nem a ciência, nem as estatísticas, nem – acima de tudo – os princípios da não discriminação e da igualdade justificam tal orientação do Ministério da Saúde pelo que pedimos, por isso, que esta orientação seja urgentemente revista e sugerimos que a pergunta feita a todos/as os/as dadores/as seja “se têm comportamentos de risco”, em vez de se perguntar qual a sua orientação sexual.
Comunicado de Imprensa de Não te prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais
Lisboa, 17 de Julho 2009
17.7.09
14.7.09
Lara
As inscrições para o Workshop de Verão promovido pela designer Lara Torres terminam nesta quarta-feira, dia 15 de Julho. Dedicado à troca de ideias e à experimentação em Design de Moda, o Workshop decorrerá entre 30 Julho e 2 de Agosto, sendo dirigido a alunos de Moda, finalistas e/ou em frequência do curso de Design de Moda, bem como a jovens designers em início de carreira, designers de acessórios com interesse em desenvolver trabalho de vertente experimental.
Incentivar a criação de novos conceitos formais e comportamentais, integrar o conhecimento projectual e de produção, promover o desenvolvimento de trabalhos interdisciplinares e a discussão de grupo sobre temas relacionados com a questão da sustentabilidade, globalização e a identidade e ainda estimular uma visão crítica e uma prática profissional pró activa são os grandes objectivos deste Workshop. [contact@laratorres.com]
Incentivar a criação de novos conceitos formais e comportamentais, integrar o conhecimento projectual e de produção, promover o desenvolvimento de trabalhos interdisciplinares e a discussão de grupo sobre temas relacionados com a questão da sustentabilidade, globalização e a identidade e ainda estimular uma visão crítica e uma prática profissional pró activa são os grandes objectivos deste Workshop. [contact@laratorres.com]
Ana
Com a assinatura de Ana Salazar é lançada hoje a nova colecção de cerâmica Luxury, do Grupo Recer. Será pelas 19h, na Sala Luís de Freitas Branco do Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Com texturas suaves e contínuas, volumetrias arrojadas, e apontamentos de ouro e prata combinados com subtis brilhos de cristal, a nova colecção Luxury leva-nos até um estilo sóbrio e minimal que faz parte do universo de Ana Salazar. Chain & Fabric, Chalk & Icons e Crossed Stitches fazem referência a algumas das suas colecções de vestuário, e possibilitam combinações múltiplas, de acordo com as preferências e os gostos dos utilizadores dos novos materiais cerâmicos Recer.
Entretanto, na foto (em cima) uma proposta de Ana Salazar exibida no desfile «O poder da moda - Contra o Cancro» no passado dia 9, na AR. Fotografia de Rui Vasco, com manipulação de cor por mim própria (CD). Os toucados/ acessórios de cabeça preferidos foram mesmo os da Ana.
Um lançamento de Género
«A Chave do Armário. Homossexualidade, casamento e família» de Miguel Vale de Almeida terá amanhã, dia 15, a sua segunda sessão de lançamento, pelas 18h00, no Foyer do Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra. O livro será apresentado por Maria Irene Ramalho (Professora Catedrática da Universidade de Coimbra, e investigadora do CES) e por Ana Cristina Santos (investigadora do Birkbeck Institute for Social Research da Universidade de Londres e do CES), e a moderação estará a cargo de Paulo Jorge Vieira (Vice-Presidente da Não te prives, Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais).
Toca a reunir!
Manifesto feminista
«Em ano de eleições e de crise a UMAR considera urgente a criação de um Manifesto Feminista que contenha as principais reivindicações das mulheres do nosso país.
Porque a desigualdade de género subsiste.
Porque a violência de género afecta a nossa sociedade.
Porque as mulheres necessitam, cada vez mais, de sentir uma mudança ao nível da acção política.
Porque as mulheres são quem mais sofre com a crise que tem afectado o nosso país.
As mulheres devem ter uma palavra a dizer!
Por todos os motivos acima mencionados e por tantos outros, a UMAR vem convidar a vossa associação/ organização a participar numa Tertúlia onde se irão debater os problemas sentidos pelas mulheres, dar voz às suas reivindicações e alternativas de acção. As propostas recolhidas servirão para criar um Manifesto Feminista a ser entregue aos partidos políticos na altura da campanha eleitoral para as legislativas.
Porque temos de combater uma sociedade onde a desigualdade e a violência de género ainda marcam presença, junte-se a nós no dia 17 de Julho, às 19 horas, no Colectivo Cultural o Bacalhoeiro (Rua dos Bacalhoeiros, nº 125, 2º andar) em Lisboa.»
Porque a desigualdade de género subsiste.
Porque a violência de género afecta a nossa sociedade.
Porque as mulheres necessitam, cada vez mais, de sentir uma mudança ao nível da acção política.
Porque as mulheres são quem mais sofre com a crise que tem afectado o nosso país.
As mulheres devem ter uma palavra a dizer!
Por todos os motivos acima mencionados e por tantos outros, a UMAR vem convidar a vossa associação/ organização a participar numa Tertúlia onde se irão debater os problemas sentidos pelas mulheres, dar voz às suas reivindicações e alternativas de acção. As propostas recolhidas servirão para criar um Manifesto Feminista a ser entregue aos partidos políticos na altura da campanha eleitoral para as legislativas.
Porque temos de combater uma sociedade onde a desigualdade e a violência de género ainda marcam presença, junte-se a nós no dia 17 de Julho, às 19 horas, no Colectivo Cultural o Bacalhoeiro (Rua dos Bacalhoeiros, nº 125, 2º andar) em Lisboa.»
11.7.09
Andrea (II)
Andrea Inocêncio, na sua performance apresentada na Argentina no Forúm sobre Género, há uns dias atrás. A artista estará entre 25 e 29 de Julho na XV Bienal de Cerveira, para depois rumar a Barcelona, através do programa Inov-art.
9.7.09
O poder está na cabeça
«Embarcou numa aventura sem saber muito bem onde iria terminar. De uma coisa estava certa, seria um lugar novo. O lenço na cabeça defendia-a dos ares agrestes e da humidade da maresia. Sabia dar várias voltas com as pontas e já o tinha posto de maneiras diferentes consoante a disposição do dia». Maria pousou o portátil, abandonando-se por momentos à (dura) realidade de mais um dia de tratamento. Antes mesmo de ficar doente, havia ouvido uma explicação muito simples, mas eficaz, sobre o cancro: as células crescem e dividem-se, como numa zanga. Quanto mais zangadas ficam, mais se dividem. Há que seguir com leveza, pensou Maria. Como na moda. Absorver a superficialidade do momento, vivido no aqui e agora. Mas atenção: é na superfície das coisas que se esconde a profundeza das mesmas. O Hubert Givenchy dizia que as pessoas adoram sonhar e a moda faz sonhar. Esse é também o seu poder. Soltamos os pés da terra, para voltarmos a esta placa-mãe com mais segurança. E Maria retomou a sua dose de literatura do dia, ao sabor do conto de uma mulher que se viu numa aventura sem final à vista.
Cristina L. Duarte
8.7.09
o poder da moda...
O átrio exterior do Palácio de S. Bento vai ser amanhã, 9 de Julho, pelas 21h30, palco de um desfile de moda, que assinala a iniciativa «O PODER DA MODA – contra o cancro», onde 10 nomes da criação de moda em Portugal apresentarão acessórios de cabeça.
«Esta iniciativa é dedicada a todas as portuguesas que têm ou tiveram cancro. O seu objectivo é a criação de acessórios de cabeça concebidos para estas mulheres – em particular para aquelas cujos tratamentos impliquem queda de cabelo – mas que podem ser usados por todas as mulheres, enquanto acessórios de moda, símbolos de uma luta e gesto de solidariedade.
Neste contexto, a Assembleia da República, sempre empenhada em apoiar todas as iniciativas e campanhas contra o cancro, quer dar o primeiro passo no desafio à indústria da moda e decidiu convidar dez conceituados criadores de moda portugueses – Ana Salazar, Fátima Lopes, Filipe Faísca, José António Tenente, Júlio Torcato, Katty Xiomara, Manuel Alves e J. M. Gonçalves, Nuno Baltazar, Rita Bonaparte e Storytailors – para criarem um conjunto de acessórios de cabeça que, para além da utilidade e conforto que trarão às mulheres vítimas desta doença, venham a ficar disponíveis para aquisição nos circuitos habituais da moda e da área da saúde.
O projecto O PODER DA MODA – contra o cancro, cuja proposta partiu da Comissão Parlamentar de Saúde, tem o alto patrocínio da Assembleia da República e tem como parceiros o Alto-Comissariado da Saúde, a Associação ModaLisboa, o Portugal Fashion e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Foram igualmente envolvidas Organizações Não‑Governamentais ligadas à causa do cancro da mama, nomeadamente a Associação Laço, a Europa Donna – Portugal e o Movimento Vencer e Viver.
O compromisso de criação e comercialização dos acessórios de cabeça será objecto de um protocolo a ser assinado entre o Alto-Comissariado da Saúde, Associação ModaLisboa e o Portugal Fashion, antes do início do desfile.
Nesta ocasião, será também lançada uma primeira edição limitada de um lenço, símbolo da acção O PODER DA MODA – contra o cancro.»
PROGRAMA
ABERTURA POR S. EXA. O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
ASSINATURA DO PROTOCOLO
entre o Alto-Comissariado da Saúde, a Associação ModaLisboa e o Portugal Fashion
DESFILE O PODER DA MODA – CONTRA O CANCRO
FÁTIMA LOPES
Convidada: Dália Madruga
STORYTAILORS
Convidada: Inês Castel-Branco
RITA BONAPARTE
Convidada: Teresa Nunes
JÚLIO TORCATO
Convidada: Astrid Werdnig
FILIPE FAÍSCA
Convidada: Sofia Aparício
NUNO BALTAZAR
Convidadas: Lúcia Moniz e Cristiane Vasconcelos
KATTY XIOMARA
Convidada: Catarina Wallenstein
ANA SALAZAR
Convidada: Xana Nunes
MANUEL ALVES / J. M. GONÇALVES
Convidadas: Maria João Bastos e Joana de Sousa Cardoso
J. A. TENENTE
Convidada: Beatriz Batarda
«Esta iniciativa é dedicada a todas as portuguesas que têm ou tiveram cancro. O seu objectivo é a criação de acessórios de cabeça concebidos para estas mulheres – em particular para aquelas cujos tratamentos impliquem queda de cabelo – mas que podem ser usados por todas as mulheres, enquanto acessórios de moda, símbolos de uma luta e gesto de solidariedade.
Neste contexto, a Assembleia da República, sempre empenhada em apoiar todas as iniciativas e campanhas contra o cancro, quer dar o primeiro passo no desafio à indústria da moda e decidiu convidar dez conceituados criadores de moda portugueses – Ana Salazar, Fátima Lopes, Filipe Faísca, José António Tenente, Júlio Torcato, Katty Xiomara, Manuel Alves e J. M. Gonçalves, Nuno Baltazar, Rita Bonaparte e Storytailors – para criarem um conjunto de acessórios de cabeça que, para além da utilidade e conforto que trarão às mulheres vítimas desta doença, venham a ficar disponíveis para aquisição nos circuitos habituais da moda e da área da saúde.
O projecto O PODER DA MODA – contra o cancro, cuja proposta partiu da Comissão Parlamentar de Saúde, tem o alto patrocínio da Assembleia da República e tem como parceiros o Alto-Comissariado da Saúde, a Associação ModaLisboa, o Portugal Fashion e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Foram igualmente envolvidas Organizações Não‑Governamentais ligadas à causa do cancro da mama, nomeadamente a Associação Laço, a Europa Donna – Portugal e o Movimento Vencer e Viver.
O compromisso de criação e comercialização dos acessórios de cabeça será objecto de um protocolo a ser assinado entre o Alto-Comissariado da Saúde, Associação ModaLisboa e o Portugal Fashion, antes do início do desfile.
Nesta ocasião, será também lançada uma primeira edição limitada de um lenço, símbolo da acção O PODER DA MODA – contra o cancro.»
PROGRAMA
ABERTURA POR S. EXA. O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
ASSINATURA DO PROTOCOLO
entre o Alto-Comissariado da Saúde, a Associação ModaLisboa e o Portugal Fashion
DESFILE O PODER DA MODA – CONTRA O CANCRO
FÁTIMA LOPES
Convidada: Dália Madruga
STORYTAILORS
Convidada: Inês Castel-Branco
RITA BONAPARTE
Convidada: Teresa Nunes
JÚLIO TORCATO
Convidada: Astrid Werdnig
FILIPE FAÍSCA
Convidada: Sofia Aparício
NUNO BALTAZAR
Convidadas: Lúcia Moniz e Cristiane Vasconcelos
KATTY XIOMARA
Convidada: Catarina Wallenstein
ANA SALAZAR
Convidada: Xana Nunes
MANUEL ALVES / J. M. GONÇALVES
Convidadas: Maria João Bastos e Joana de Sousa Cardoso
J. A. TENENTE
Convidada: Beatriz Batarda
7.7.09
O poder...
Há trinta anos, a Engenheira Maria de Lourdes Pintasilgo tomava posse como Primeira-Ministra. Assim, no dia 7 de Julho de 1979, ela foi a primeira mulher - e única, até hoje - a exercer esse cargo em Portugal. Foi embaixadora da Unesco de 1975 a 1979, deixando ainda obra escrita, da qual se destaca Os Novos Feminismos: Interrogação para os Cristãos, 1981. (in Agenda Feminista 2009, UMAR)
6.7.09
Fórum cidadania
Realiza-se no próximo fim de semana o Fórum pela Cidadania e Justiça Social, no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma.
As Associações promotoras das manifestações de 15 de Março e 17 de Maio pelos direitos dos imigrantes e da Carta Aberta sobre políticas de Imigração, para dar continuidade ao movimento criado, decidiram organizar nos dias 11 e 12 de Julho um fórum de âmbito nacional aberto a todas as associações de imigrantes, de defesa dos direitos humanos, anti-racistas e outras que trabalham com as comunidades imigrantes, as minorias étnicas e lutam contra a pobreza e a exclusão social.
O fórum abordará as políticas de imigração, o combate à pobreza e exclusão social e as formas de organização e participação cívica. Servirá também para discussão e aprovação de um caderno reivindicativo sobre políticas de imigração e de combate à pobreza e exclusão social a ser apresentado a todos os partidos concorrentes às eleições para a Assembleia da República e Autarquias.
As Associações promotoras das manifestações de 15 de Março e 17 de Maio pelos direitos dos imigrantes e da Carta Aberta sobre políticas de Imigração, para dar continuidade ao movimento criado, decidiram organizar nos dias 11 e 12 de Julho um fórum de âmbito nacional aberto a todas as associações de imigrantes, de defesa dos direitos humanos, anti-racistas e outras que trabalham com as comunidades imigrantes, as minorias étnicas e lutam contra a pobreza e a exclusão social.
O fórum abordará as políticas de imigração, o combate à pobreza e exclusão social e as formas de organização e participação cívica. Servirá também para discussão e aprovação de um caderno reivindicativo sobre políticas de imigração e de combate à pobreza e exclusão social a ser apresentado a todos os partidos concorrentes às eleições para a Assembleia da República e Autarquias.
3.7.09
O elmo de Ana Fonseca
Inaugurou ontem em Lisboa, no Spazio Dual, na avenida da República, uma exposição de Ana Fonseca que mostra assim um conjunto de desenhos e uma peça cerâmica. A série chama-se «Put your thinking helmet on», e cada peça/desenho recebe um título que pode ser «liberdade» até «ideias brilhantes», ou «coragem», bem à medida de quem quiser ou precisar de um elmo imaginário com tais propriedades. A expressão «put your thinking hat on» deu origem a este trabalho de Ana, formada em Belas Artes em Inglaterra, e que aqui centraliza as relações emocionais com objectos e com o desenho, permeável também às referências ao século XIX.
A exposição patente no -2 da av. da República, 41, permanecerá um mês. A visita à exposição tem ainda como atractivo poder-se visitar os ateliers de outros/as artistas, nos pisos -1 e -2 entre os quais saliento o de Valentim Quaresma (Joalharia). A entrada no espaço faz-se pela loja da Alfa Romeo.
2.7.09
Parabéns Manuela Tavares!
Nesta nossa cidade das mulheres costumo fazer homenagem às mulheres desaparecidas. Hoje quero fazer homenagem a uma mulher viva e bem viva! Manuela Tavares é uma das grandes impulsionadoras e obreiras do congresso feminista 2008, juntamente com as suas companheiras da UMAR, e hoje é o dia do seu aniversário. A semana (eu diria até 2009, pois doutorou-se este ano) tem sido em cheio para ela, pois a associação ganhou, em parceria com Faces de Eva, a primeira edição do Prémio Madalena Barbosa, com o projecto «Memória e Feminismos - Mulheres e República na cidade de Lisboa», um prémio atribuído em ex-aequo com a AMI, com o projecto «Mulheres sem abrigo na cidade de Lisboa». Mas a semana começou exactamente com o lançamento da edição em cd-rom das actas do congresso feminista 2008, na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Lisboa.
Há que desenvolver a biografia de cada uma das feministas portuguesas, netas espirituais das sufragistas e republicanas do início do século XX. Pelo que me toca, é um projecto que tenho para esta cidade das mulheres :)
Parabéns Manuela! Um dia feliz para ti.
Na foto, Manuela Tavares, no Cinema S.Jorge, durante uma sessão do ciclo de cinema organizado no âmbito do congresso feminista 08.
Cristina Duarte
Retrato de uma poeta
Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino
«Retrato de uma princesa deconhecida» de Sophia de Mello Breyner Andresen (n. Porto 1919 - f.2-07.2004).
1.7.09
Ângela
Realiza-se hoje em Lisboa, às 18h00, uma sessão inserida no I Ciclo de Conferências de Faces de Eva «A mulher. Discursos e Representações», intitulada A Crônica e os Estudos Femininos em Clarice Lispector e Inês Pedrosa: Início de uma Pesquisa, por Ângela Maria Rodrigues Laguardia. A conferência será na Torre B - 7.º Piso Sala do Conselho Científico da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Av.de Berna, 26-C).
Ângela Maria Rodrigues Laguardia (n. Barbacena,Minas Gerais,Brasil) é doutoranda em Estudos Portugueses pela FCSH-UNL, mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), especialista em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), e professora de Literatura Brasileira no Ensino Secundário e Teoria da Literatura na Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC) em Barbacena. Sobre o tema da sua conferência destaca a seguinte publicação: «Os Fios das Parcas na tessitura de Fazes-me Falta de Inês Pedrosa: o tempo e a memória na construção do espaço narrativo», XI Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC), 2008. Em 2007 participou no XXI Encontro da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa (ABRAPLIP) com o texto “Inês Pedrosa e a Literatura Contemporânea Portuguesa”.
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