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Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser
há-de ser luz do Sol em tardes quentes;
Nos olhos de água clara há-de trazer
As fúlgidas pupilas dos videntes!
Há-de ser seiva no botão repleto,
Voz no murmúrio do pequeno insecto,
Vento que enfuna as velas sobre os mastros!...
Há-se ser Outro e Outro num momento!
Força viva, brutal, em movimento,
Astro arrastando catadupas de astros!
Florbela Espanca (n.8 Dezembro 1894 - f.8 Dezembro 1930), «Eu não sou de ninguém...», Sonetos
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