Quatro dias, 24 desfiles, outros tantos criadores (17 homens, sete mulheres), duas marcas de indústria e alguns encontros depois, começa aqui a crónica de um fim de semana quase alucinante, numa versão lisboeta e mais suave portanto do filme de John Boorman. O levantar do pano da Modalisboa aconteceu no Mercado da Ribeira na quinta-feira ao início da noite com Filipe Faísca, para cair e encerrar esta 35ª edição da modalisboa na noite de domingo com o regresso de Maria Gambina. Faísca trouxe-nos uma colecção para a próxima Primavera/Verão «sem título», onde o criador mostrou como se traduz o deserto «em imagens sofisticadas e em silhuetas de uma atmosfera citadina. Da sobriedade e simplicidade das formas e materiais resulta uma colecção clássica, eterna e feminina.»
Já Maria Gambina, após cerca de três anos de ausência, regressou sob o signo de Inês de Castro, com uma colecção dividida em três actos: Inês jovem apaixonada, Inês assassinada, e Inês coroada. «Os falsos drapeados e as aberturas nas mangas são os únicos elementos influenciados no vestuário de época.» A partir daí, fomos convidados a entrar na ‘época’ de maria gambina. Dizia eu a uma amiga minutos antes de o desfile começar, que saudades que tinha de ver maria gambina. Pois o seu trabalho continua impecável, a avaliar por esta colecção Verão 2011, povoada de imagens gráficas - sejam frutos em decomposição, ou estampados que deixam a nu certas partes do corpo. Maioritariamente composta por peças para mulher e algumas para homem, a colecção maria gambina continua nova, fresca, delicada e urbana, com uma atenção à cultura juvenil (vísivel na influência retro dos teddy boys) e dona de uma forma própria de trabalhar os pormenores, seja nos aspectos gráficos, nos cortes ou agora no tipo de iconografia (mais mitológica ou ecológica ...) utilizada. Vida longa para maria gambina. (cont.)
Já Maria Gambina, após cerca de três anos de ausência, regressou sob o signo de Inês de Castro, com uma colecção dividida em três actos: Inês jovem apaixonada, Inês assassinada, e Inês coroada. «Os falsos drapeados e as aberturas nas mangas são os únicos elementos influenciados no vestuário de época.» A partir daí, fomos convidados a entrar na ‘época’ de maria gambina. Dizia eu a uma amiga minutos antes de o desfile começar, que saudades que tinha de ver maria gambina. Pois o seu trabalho continua impecável, a avaliar por esta colecção Verão 2011, povoada de imagens gráficas - sejam frutos em decomposição, ou estampados que deixam a nu certas partes do corpo. Maioritariamente composta por peças para mulher e algumas para homem, a colecção maria gambina continua nova, fresca, delicada e urbana, com uma atenção à cultura juvenil (vísivel na influência retro dos teddy boys) e dona de uma forma própria de trabalhar os pormenores, seja nos aspectos gráficos, nos cortes ou agora no tipo de iconografia (mais mitológica ou ecológica ...) utilizada. Vida longa para maria gambina. (cont.)
Cristina L. Duarte
Fotografia: Arquivo Modalisboa/Rui Vasco (em cima, desfile Filipe Faísca)
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