escrita olhares perspectivas críticas ensaios artes género feminismos sociologia moda
30.5.10
28.5.10
Em 28 de Maio do ano de 1911...
25.5.10
24.5.10
Dia Internacional das Mulheres pela Paz e pelo Desarmamento
A comemoração deste dia teve origem no início dos anos oitenta, na Europa, quando centenas de mulheres se organizaram contra as armas nucleares e a corrida armamentista. Em 2010, e por todo Mundo, a Marcha Mundial das Mulheres continua a lutar pelo fim imediato dos conflitos armados e do uso do corpo das mulheres como terreno de guerra. Estamos a marchar para denunciar os interesses económicos que estão por detrás de inúmeros conflitos armados e o envolvimento das grandes potências mundiais em guerras que perduram em tantos países e regiões do Mundo.Vivemos num mundo cada vez mais militarizado, como se pode comprovar por um crescimento real das despesas militares mundiais de 45% nos últimos dez anos. Entre 2006 e 2007, o aumento médio dos orçamentos militares nacionais foi de 6%. Em 2005, os Estados Unidos mantinham 737 bases militares activas em outros países, com um contingente de 2 500 000 pessoas e, em 2007, as suas despesas militares representavam 45% do total da despesa mundial na área da defesa. Por outro lado, a guerra sofreu alterações importantes e hoje em dia é cada vez mais feita por mercenários privados: de um total de 330 000 soldados, que estavam no Iraque em 2007, 180 000 são membros de empresas de segurança privada. No entanto, esta crescente militarização da vida e da sociedade é também visível na disseminação civil de armas pequenas e ligeiras. De acordo com dados do Small Arms Survey (2008), as armas de fogo vitimam, diariamente, em todo o mundo, cerca de mil pessoas. Dessas mortes, apenas 25% se registam em contextos de guerra ou conflito armado, sendo que a maioria destas armas se encontram em posse civil, superando aquelas sob controlo do Estado e forças de segurança. Em Portugal, calcula-se que existam 1,4 milhões de armas de fogo legais em posse civil, na sua maioria armas de caça. As estimativas sobre a dimensão do mercado ilegal apontam para a existência de 500 mil a 1 milhão de armas. Entre 2003 e 2008, de acordo com dados do Ministério da Saúde e Polícia Judiciária, 437 pessoas foram vítimas mortais de armas de fogo no nosso país, sendo que 1619 ficaram feridas gravemente. Dados oficiais sobre violência doméstica armada são, contudo, escassos. A ausência de dados e análises sobre esta realidade deve-se ao facto de, em Portugal, como em todo o mundo, a investigação e intervenção nos domínios da violência urbana e violência contra as mulheres permanecerem separadas. É como se também o fenómeno da violência estivesse dividido em dois pólos independentes: o espaço público, da violência de homens contra homens - aqueles que mais matam e morrem em resultado de armas de fogo – e a esfera doméstica, lugar da vitimação feminina. Segundo dados do Observatório das Mulheres Assassinadas da UMAR, desde 2004 morreram no nosso país 200 mulheres vítimas de violência doméstica. Destas, 40% foram assassinadas por armas de fogo e 17% por armas brancas, sendo que em 40 mortes não há registo da causa de morte. É importante recordar, todavia, que estes dados captam apenas a realidade da vitimação directa de mulheres com armas de fogo, negligenciando o elemento intimidatório das armas de fogo e outros impactos da violência armada. As mulheres sempre sofreram os males da guerra, psicologica, social, física e economicamente. As mulheres e os seus corpos foram considerados ora como despojo de guerra, ora como moeda de troca. São vistas como o repouso do guerreiro, o seu corpo identificado como solo inimigo e, por isso, um campo de batalha. Guerra, conflitos e militarização são expressões da violência tornada natural pelos sistemas capitalista e patriarcal e os meios utilizados por estes para manterem o seu domínio. Mais do que isso, a militarização reflecte a divisão dos papéis de género: o conceito de masculinidade é associado à violência e às armas, o que leva à ideia de que as mulheres necessitam de protecção dos homens e das armas. A Marcha Mundial das Mulheres bate-se e defende a vida e luta pela transformação da sociedade patriarcal, capitalista e militarizada em que vivemos, numa outra formada por pessoas livres e baseada nos valores de Paz, Justiça, Solidariedade, Liberdade e Igualdade. Estaremos em marcha até que as mulheres sejam reconhecidas e valorizadas como protagonistas dos processos de paz, reconciliação e reconstrução e de manutenção activa da paz nos seus países.
Marcha Mundial das Mulheres
23.5.10
Pela paz e pelo desarmamento
Esta segunda-feira, dia 24 de Maio, celebra-se o Dia Internacional das Mulheres pela Paz e pelo Desarmamento. Para assinalar este dia, e no âmbito da iniciativa “All my Independent Women”, um ciclo de exposições e debates promovidos pela Casa da Esquina, em Coimbra, a AJPaz, a Casa da Esquina, a Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres e o OGIVA (Observatório sobre Género e Violência Armada) do Núcleo de Estudos para a Paz do Centro de Estudos Sociais organizam na Casa da Esquina, às 17h um fim de tarde sobre "Silêncios das armas de fogo. Mulheres e violência armada em Portugal, Moçambique e Brasil."
Rita Santos, Tatiana Moura e Teresa Cunha propõem-nos reflectir sobre as inseguranças esquecidas que afectam mulheres e jovens do sexo feminino em resultado da disseminação civil de armas de pequeno porte e armamento leve no mundo, e em particular em Portugal, no Brasil e em Moçambique, bem como sobre as experiências de activismo anti-violência no feminino que se esboçam nestes contextos. Haverá ainda exibição de um excerto do filme moçambicano 'Desobediência" de Licínio Azevedo.
21.5.10
o monumento vivo
A toda a gente preocupada com a situação calamitosa de desemprego, o Monumento ao Desempregado do Ano precisa de inscrições em massa para que seja uma imagem viva da catástrofe. São aceites inscrições em cada uma das construções:
- Dia 5 Junho às 14h30 e às 17h00;
- Dia 6 às 14h30 e às 17h00.
Cada performance tem a duração aproximada de 1 hora. O local é o Caminho da Levada, Jardins de Serralves, no Porto. A ficha de inscrição pode ser enviada para:
monumentoaodesempregadodoano@gmail.com
«Vamos problematizar a nossa realidade política, económica e social no Museu!» é o que afirma este projecto, que viu cancelada a apresentação do Monumento que estava prevista para o dia 4 de Junho no centro do Porto, na Trindade.
20.5.10
Santa Justa
"Santa Justa" é um projecto que se enquadra num Programa Cultural de promoção da “Arte Pública” que a Carris está a desenvolver em Lisboa, em alguns veículos da sua frota de serviço público, recorrendo este ano aos Ascensores e ao Elevador de Santa Justa, veículos classificados desde 2002 como 'Monumento Nacional'. Os artistas participantes são Vasco Araújo no Ascensor do Lavra, Susana Anágua no Ascensor da Glória, Alexandre Farto no Ascensor da Bica e Susana Mendes Silva no Elevador de Santa Justa.
O projecto de Susana Mendes Silva para o Elevador de Santa Justa tem dois momentos: um texto, em forma de carta dirigida aos passageiros, traduzido em nove línguas, e que convida todas as pessoas a enviarem as suas fotografias, histórias, desenhos, ou outros ficheiros para fazerem parte de um blog. Este blog é um arquivo de memórias e afectos sobre o Elevador. Dos afectos de todos os que nele viajam ou o visitam. Este arquivo está a ser permanentemente construído a partir da contribuição dos/as passageiros/as: as suas fotos, os seus vídeos, os seus textos, ou os seus desenhos sobre a experiência no Elevador de Santa Justa.
O projecto de Susana Mendes Silva para o Elevador de Santa Justa tem dois momentos: um texto, em forma de carta dirigida aos passageiros, traduzido em nove línguas, e que convida todas as pessoas a enviarem as suas fotografias, histórias, desenhos, ou outros ficheiros para fazerem parte de um blog. Este blog é um arquivo de memórias e afectos sobre o Elevador. Dos afectos de todos os que nele viajam ou o visitam. Este arquivo está a ser permanentemente construído a partir da contribuição dos/as passageiros/as: as suas fotos, os seus vídeos, os seus textos, ou os seus desenhos sobre a experiência no Elevador de Santa Justa.
19.5.10
18.5.10
Colóquios
Museus
Hoje é Dia Internacional dos Museus. Para além da entrada gratuita há actividades e programação especial um pouco por todo o lado. A Cidade das Mulheres escolheu a Fundação Arpad Szénes - Vieira da Siva, onde às 12h30 Emília Ferreira faz uma visita guiada à exposição «Milly Possoz - Uma gramática Modernista», da qual é comissária. Durante a tarde há música e poesia, com a participação do Grupo de Música de Câmara da Academia Superior da Orquestra Metropolitana (16h30), e de Jorge Silva Melo que irá ler poesia de amigos/as de Maria Helena Vieira da Silva (18h00). Tema deste Dia Internacional: Museus e Harmonia Social.
17.5.10
15.5.10
14.5.10
Igualdade de Género
É hoje apresentado em Lisboa, na CIG, o 1º Relatório do Sistema Integrado de Informação e Conhecimento. O Relatório subordinado aos temas da Igualdade de Género e Tomada de Decisão e da Violência Contra as Mulheres, Doméstica e de Género, decorre no âmbito de um projecto promovido pela CIG – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - e desenvolvido pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
13.5.10
Ideário talvez, mas só com E
No próximo dia 20 de Maio a UMAR promove a seguinte tertúlia Mundos ideais censurados: Feminismos e Religiões, 20 de Maio, na sequência dos acontecimentos que a seguir se relatam.
A 10 de Maio de 2010, a associação UMAR esteve no Largo do Chiado e de Camões, entre as 12.30h e as 14h, para distribuir gratuitamente um documento público com um discurso crítico e alternativo ao discurso dominante da hierarquia da Igreja Católica, no contexto da vinda do Papa Bento XVI a Portugal. A este documento chamou, a associação, de “i diário”, constituído por notícias fictícias de um mundo considerado ideal pela organização e distribuído sob a designação de novo jornal diário gratuito. Notícias como “Mulheres vão ser Padres” e “Fim das propinas anunciado para 2011” figuram na capa.
A 11 de Maio, recebeu a associação um mail do gabinete de advogados representante da empresa “SOJORMÉDIA CAPITAL, SA”, proprietária do “Jornal i”, informando ter tomado conhecimento que, e citamos, «V.Exas conceberam e distribuem um jornal intitulado “i diário”. Jornal que toma várias posições contrarias à igreja católica em geral e de Sua Santidade o Papa Bento XVI.», e acrescentando que «porque a conduta de V.Exas é passível, entre outras, de queixa-crime e afim de evitar mais danos quer ao jornal “i” quer a V.exas, vimos solicitar que cessem de imediato a ilicitude, designadamente procedendo à recolha de todo e qualquer jornal, além da divulgação pública de que o jornal diário “i” é totalmente alheio à vossa publicação.»
Uma vez que a intenção da UMAR nunca foi fazer qualquer associação ao referido jornal, enviou, de imediato, um comunicado de imprensa em que esclarece eventuais confusões entre o “i diário” e o “jornal i”. Não se procedeu a qualquer recolha de exemplares, uma vez que já todos tinham sido distribuídos individualmente e sem recurso a bancas de jornais e outras distribuidoras.
A 11 de Maio, recebeu a associação um mail do gabinete de advogados representante da empresa “SOJORMÉDIA CAPITAL, SA”, proprietária do “Jornal i”, informando ter tomado conhecimento que, e citamos, «V.Exas conceberam e distribuem um jornal intitulado “i diário”. Jornal que toma várias posições contrarias à igreja católica em geral e de Sua Santidade o Papa Bento XVI.», e acrescentando que «porque a conduta de V.Exas é passível, entre outras, de queixa-crime e afim de evitar mais danos quer ao jornal “i” quer a V.exas, vimos solicitar que cessem de imediato a ilicitude, designadamente procedendo à recolha de todo e qualquer jornal, além da divulgação pública de que o jornal diário “i” é totalmente alheio à vossa publicação.»
Uma vez que a intenção da UMAR nunca foi fazer qualquer associação ao referido jornal, enviou, de imediato, um comunicado de imprensa em que esclarece eventuais confusões entre o “i diário” e o “jornal i”. Não se procedeu a qualquer recolha de exemplares, uma vez que já todos tinham sido distribuídos individualmente e sem recurso a bancas de jornais e outras distribuidoras.
Eis o comunicado enviado a 11 de Maio:
CLARIFICAÇÃO “i diário” NADA TEM QUE VER COM “Jornal i”
A UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) esclarece que a iniciativa de publicação de um “i diário”, constituído por notícias fictícias de um mundo ideal (desde o anúncio de que as mulheres vão poder ser padres, até ao perdão da dívida externa do Haiti) e distribuído sob a designação de novo jornal diário gratuito, no dia 10 de Maio, em Lisboa, não tem qualquer associação com o “Jornal i”, nomeadamente, em termos de título, tamanho, cor, grafismo, qualidade do papel, número de páginas e locais de distribuição.
O “i diário” é uma iniciativa da exclusiva responsabilidade da UMAR (tal como anunciado na contracapa do documento, em artigo de meia página, e com os respectivos contactos), ainda que conte com diversos apoios, como a colaboração da organização Católicas pelo Direito de Decidir, do Brasil.
Este jornal não terá outras edições visto que o objectivo da sua criação foi, unicamente, constituir um documento público com um discurso crítico e alternativo ao discurso dominante da hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana, à semelhança de diversos movimentos de católicos/as, no contexto da vinda do Papa Bento XVI.
No dia seguinte à difusão deste comunicado pela comunicação social, 12 de Maio, dois inspectores da ASAE deslocam-se às instalações da UMAR, em Lisboa. Com base em queixa-crime de contrafacção, imitação e uso ilegal de marca, apresentada pela “SOJORMÉDIA CAPITAL, SA”, proprietária do “Jornal i”, a ASAE procede à apreensão de todos os exemplares do “i diário”, existentes nas instalações.
Como tal, não foi feita qualquer distribuição de exemplares do “i diário”, da UMAR, no Porto, hoje 13 de Maio, ao contrário do anunciado pela associação.
O processo encontra-se em andamento, mas a associação está já a alterar o título do documento para “ideário” (trocadilho subentendido no anterior título), a fim de disseminar, massivamente, o documento e as suas mensagens.
Este jornal não terá outras edições visto que o objectivo da sua criação foi, unicamente, constituir um documento público com um discurso crítico e alternativo ao discurso dominante da hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana, à semelhança de diversos movimentos de católicos/as, no contexto da vinda do Papa Bento XVI.
No dia seguinte à difusão deste comunicado pela comunicação social, 12 de Maio, dois inspectores da ASAE deslocam-se às instalações da UMAR, em Lisboa. Com base em queixa-crime de contrafacção, imitação e uso ilegal de marca, apresentada pela “SOJORMÉDIA CAPITAL, SA”, proprietária do “Jornal i”, a ASAE procede à apreensão de todos os exemplares do “i diário”, existentes nas instalações.
Como tal, não foi feita qualquer distribuição de exemplares do “i diário”, da UMAR, no Porto, hoje 13 de Maio, ao contrário do anunciado pela associação.
O processo encontra-se em andamento, mas a associação está já a alterar o título do documento para “ideário” (trocadilho subentendido no anterior título), a fim de disseminar, massivamente, o documento e as suas mensagens.
Comunicado da UMAR na sequência da apreensão pela ASAE dos exemplares do jornal gratuito “i diário”
Lisboa, 12 de Maio de 2010
11.5.10
Mulheres e religião
A Ésquilo irá no dia 17 de Maio lançar «O Romance da Bíblia - Uma visão feminina do Antigo Testamento» de Deana Barroqueiro, pelas 18.30 horas, na CEBUCHHOLZ (antiga Livraria Buchholz), na Rua Duque Palmela, 4 (ao Marquês de Pombal), em Lisboa. Como escreve Maria Teresa Horta, no prefácio da obra, neste livro a odisseia das mulheres e homens do Antigo Testamento é minuciosamente recriada, com «uma escrita toda ela tecida por sensualidades e cintilações audaciosamente irónicas». A apresentação estará a cargo de Manuela Gamboa, professora de literatura e investigadora, e a actriz Tânia Alves, da Comuna - Teatro de Pesquisa, interpretará alguns trechos da obra.
Sexologia: passado, presente e futuro
Realiza-se desde domingo e até 13 de Maio, no Porto (Hotel Sheraton), o 10ºcongresso da Federação Europeia de Sexologia. A Sociedade Portuguesa de Sexologia celebra o seu 25ºaniversário (18h00) no decorrer de um programa intenso e pleno de interesse, desdobrando-se este congresso em workshops, simpósios, conferências, e sessões plenárias. Desde que Iwan Bloch (n.Alemanha, 1872-1922) utilizou o termo sexologia pela primeira vez passou já um século, mas só nos anos mais recentes se tem verificado um aumento exponencial na pesquisa no campo da sexologia e da medicina sexual.
Na foto, o dermatologista Iwan Bloch e a sua mulher Rosa, em 1896.
HOJE há 'i diário'
O jornal que vale a pena ler HOJE já saiu! foi lançado ontem e as suas notícias bem redigidas têm tudo para ser verdade... não fossem mentira. A ideia para este «i diário» partiu da UMAR que na página 3 do diário com quatro páginas avisa: «Estas notícias não são reais. Mas poderiam ser? Faz por isso».
(Em baixo, distribuição do jornal no Chiado, e a capa e contracapa do 'i diário', com anúncios reais e colocados gratuitamente no jornal, entre os quais se destaca o disco mais falado desta semana, «Apupópapa», já lançado em Lisboa e dia 13 será a vez do Porto.)
No princípio era o verbo
A propósito da actual visita do chefe de estado do Vaticano a Portugal existem desde o fim de semana passado pelas ruas de Lisboa faixas que emolduram a cultura urbana de uma forma que me deixou a pensar. Daí ao exercício breve de criar um elenco de frases verdadeiras sobre o que 'me ensinou o pai' e o que me ensinou a mãe foi um passo.
gostar de mar foi o pai que me ensinou
ser humana foi o pai que me ensinou
ser humana foi a mãe que me ensinou
amar foi o pai que me ensinou
amar foi a mãe que me ensinou
cozinhar foi o pai que me ensinou
cozinhar foi a mãe que me ensinou
confiar foi o pai que me ensinou
confiar foi a mãe que me ensinou
acreditar foi o pai que me ensinou
acreditar foi a mãe que me ensinou
ler foi o que a mãe me ensinou
(cont.)
10.5.10
9.5.10
Rita
Parabéns à Rita Carmo (n.Leiria, 8.5.1970), a minha fotógrafa de eleição! A imagem deste blogue é também assinada por ela: uma 'mulher-instalação' exibe (como se fosse um painel) a fotografia de duas senhoras em 1912, numa loja de chapéus na Baixa, por Joshua Benoliel. Para ti minha amiga um grande abraço e beijos infinitos.
Cristina Duarte
7.5.10
6.5.10
cinema e fronteira
No próximo sábado, dia 8 de Maio às 18h00, na Casa da Achada, em Lisboa, continua a mostra de documentários 'Olhares da Fronteira' com diferentes visões sobre a fronteira entre a Galiza e Portugal, desta vez com o filme Mulheres da Raia de Diana Gonçalves, recentemente vencedor do Prémio Mestre Mateo como melhor documentário do ano na Galiza. A estreia do filme em Lisboa será apresentada pela realizadora, Diana Gonçalves. Será no Largo da Achada 11, Zona Mouraria (Metros M.Moniz-Praça da Figueira), com entrada livre.
'O fim da linha'
The End of the Line é um documentário sobre os impactos da pesca massiva. Descrevem-no como «Uma verdade inconveniente» para os oceanos, comparando-o assim ao documentário de Al Gore.
Filmado ao longo de dois anos, The End of the Line é inspirado num livro do jornalista Charles Glover, e apresenta soluções simples que se podem pôr em marcha agora. O filme conduz o público através de todo o mundo, desde o Estreito de Gibraltar às costas do Senegal e ao Alasca, até ao mercado de peixe de Tóquio, apresentando muitos protagonistas, pescadores, cientistas, políticos.
Vamos esperar que o filme aparece por cá, já que nós não só à beira mar plantados estamos, com comunidades piscatórias espalhadas pela nossa costa e ilhas, como tivémos em 1998 uma exposição universal sobre Oceanos, para além de toda uma história de séculos através deles.
Para já, ‘O fim da linha’ estreia a 10 de Maio na Austrália, com biólogos marinhos e conserveiros presentes em algumas sessões. O filme fez parte da selecção oficial dos festivais Sundance e do Hot Docs Toronto Film em 2009 e é financiado pela Save Our Marine Life (de 10 grupos australianos e internacionais de conservas) e pelo Greenpeace.
Vamos esperar que o filme aparece por cá, já que nós não só à beira mar plantados estamos, com comunidades piscatórias espalhadas pela nossa costa e ilhas, como tivémos em 1998 uma exposição universal sobre Oceanos, para além de toda uma história de séculos através deles.
Para já, ‘O fim da linha’ estreia a 10 de Maio na Austrália, com biólogos marinhos e conserveiros presentes em algumas sessões. O filme fez parte da selecção oficial dos festivais Sundance e do Hot Docs Toronto Film em 2009 e é financiado pela Save Our Marine Life (de 10 grupos australianos e internacionais de conservas) e pelo Greenpeace.
5.5.10
Regresso de «Escravo Doutros»
Depois de uma primeira carreira entre os dias 09 e 20 de Março de 2010 o espectáculo volta a cena durante Maio, Junho e Julho, às Sextas-Feiras, Sábados e Domingos pelas 22h, na Galeria Monumental, Campo Mártires da Pátria Nº 101, em Lisboa.
Para ESCRAVO DOUTROS.II seis profissionais de Dança convidados pela KARNART - OLGA RORIZ, MADALENA VICTORINO, CLÁUDIA GALHÓS, FILIPA FRANCISCO, RAFAEL ALVAREZ e a dupla ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE - conceberam uma criação para um actor e uma janela: LUÍS CASTRO é o performer comum e responsável pela ligação das criações, o pátio da Galeria Monumental foi berço das seis janelas. As especificidades de trabalho dos criadores convidados e o conceito de Perfinst (performance-instalação) em investigação na KARNART deram origem a um espectáculo que alia momentos de instalação a situações de dança, filme, improvisação e performance.
Para ESCRAVO DOUTROS.II seis profissionais de Dança convidados pela KARNART - OLGA RORIZ, MADALENA VICTORINO, CLÁUDIA GALHÓS, FILIPA FRANCISCO, RAFAEL ALVAREZ e a dupla ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE - conceberam uma criação para um actor e uma janela: LUÍS CASTRO é o performer comum e responsável pela ligação das criações, o pátio da Galeria Monumental foi berço das seis janelas. As especificidades de trabalho dos criadores convidados e o conceito de Perfinst (performance-instalação) em investigação na KARNART deram origem a um espectáculo que alia momentos de instalação a situações de dança, filme, improvisação e performance.
Mais informações podem ser obtidas pelos números 914150935 e 213466411 ou através do endereço electrónico info@karnart.org. Este projecto teve o apoio pontual da Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura (2º semestre 2009).
4.5.10
«Seremos nós uma única mulher?»
A Religiosa Portuguesa_Trailer from o som e a fúria on Vimeo.
A religiosa portuguesa, de Eugène Green, 2010.2.5.10
feliz dia da mãe
No sorriso louco das mães batem as leves
gotas de chuva. Nas amadas
caras loucas batem e batem
os dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
Gotas e candeias puras. E as mães
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se
pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
e órgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado
vendo tudo,
e queimando as imagens, alimentando as imagens
enquanto o amor é cada vez mais forte.
E bate-lhes nas caras, o amor leve.
O amor feroz.
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violentas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo. São
silenciosas.
E a sua cara está no meio das gotas particulares
da chuva,
em volta das candeias. No contínuo
escorrer dos filhos.
As mães são as mais altas coisas
que os filhos criam, porque se colocam
na combustão dos filhos, porque
os filhos estão como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.
E os filhos mergulham em escafandros no interior
de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e na agudeza de toda a sua vida.
E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível e as águas
estão ligadas entre si
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até somente ser possível
amar tudo,
e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do amor.
Herberto Helder, «Fonte», publicado em A Colher na Boca, 1961,
in Poesia Toda, Lisboa, Assírio & Alvim, 1990
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