30.4.07

Amy



«Rehab», Amy Winehouse. Diz que cresceu com o jazz e o hip-hop. Tem 23 anos. Bendita voz entre as mulheres.

27.4.07

Branco no Preto - Parte II



Assim termino uma viagem deambulatória pela exposição «Entre a palavra e a imagem» patente até domingo, dia 29 de Abril, no Museu da Cidade (nesse dia realiza-se uma visita guiada, pelas 15h00, com Fátima Lambert, curadora da exposição, juntamente com Cecília Pereira e Paulo Reis). Chuva de letras, texto líquido, silêncio espelhado, relatos poéticos do quotidiano, memórias e/ou narrativas visuais/sonoras/pictóricas. A Cidade das Mulheres aconselha vivamente uma viagem «entre a palavra e a imagem», mapa de experiências desenvolvidas por 40 artistas brasileiros, espanhóis e portugueses. Entre nós, destacam-se Ana Hatherly, António Olaio, Helena Almeida, João Louro, João Penalva, Julião Sarmento, Lourdes Castro, Nuno Ramalho, Pedro Casqueiro, Pedro Valdez Cardoso, Rosa Almeida, e Susana Mendes Silva. A descobrir, no Pavilhão Branco e no Pavilhão Preto do Museu da Cidade (Campo Grande 245 - Lisboa)

Na foto: Procura-se, Poema (Fotoperformance), de Lenora de Barros.

Dança




No próximo dia 29 de Abril comemora-se o Dia Mundial da Dança. Deste modo, de Sábado para Domingo, a partir da meia-noite, realiza-se pela segunda vez, no Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal,em Lisboa, a festa Rav´Ormance de celebração do Dia Mundial da Dança. Foram convidados a apresentar performances musicais vários artistas, criadores e intérpretes da ICDP (Invisível Comunidade da Dança Portuguesa). Haverá ainda a participação de dois sets de DJs e VJs.
Ainda a 28, os Encontros no Écran (O vídeo encontra a dança), que está a decorrer na Videoteca Municipal de Lisboa desde dia 16, terminam com o debate : «o que faz de um vídeo dança?»
A Rede (Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea) leva a cabo uma mostra de dança e vídeo de criadores portugueses, e uma «master class» com Sofia Neuparth, no Teatro Aveirense, Aveiro, dias 28 e 29.
Life de Nélia Pinheiro, pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora, estará também a 29 no Centro Cultural do Redondo.
Já a 30, segunda-feira, pelas 18h30, na última da série de conferências «Pensar a criação contemporânea» da Culturgest, Pequeno Auditório, estará presente Miguel Pereira e Patrícia Portela para discutir «Identidade», a propósito do que caracteriza um espectáculo. Igualmente na Culturgest, a 4 e 5 de Maio, vejamos Para onde vai a luz quando se apaga - um espectáculo de dança-performance de João Fiadeiro, em estreia absoluta.
Viva a dança!




















Jody Oberfelder Riehm Dance Company, presente em Maio de 1989, na Sala Polivalente do CAM/FCG, uma organização do então Serviço Acarte.

26.4.07

Mulheres no cinema

Filmes de mulheres precisam-se. O poder masculino está instalado em Hollywood há demasiado tempo, sem perpectivas de mudança. Na realidade, são eles que continuam à frente da indústria cinematográfica, nos lugares de topo das grandes companhias. Sharon Waxman escreve sobre a diminuição do poder feminino em Hollywood -«Hollywood's shortage of female power».

http://www.nytimes.com/2007/04/26/movies/26wome.html?ex=1335240000&en=7a61b3332456e3af&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink

24.4.07

Nova



Hoje passa na Nova (FCSH), o último filme do ciclo Pensamento e Imagem,
Cremaster 3 (2002) de Matthew Barney (ver foto, em cima), com apresentação por José Bragança de Miranda. (Auditório 1 (Torre principal, 1º piso).
Já na próxima sexta-feira, 27 de Abril, há mais motivos de interesse na Nova. O Centro de Estudos Faces de Eva levará à Sala de Reuniões do 7.º Andar (Torre B) duas intervenções: Sheila Khan (Department of Spanish and Portuguese Studies, Un. Manchester, e Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra), com «Na Pele da Memória: Narrativas de Vida de Mulheres Moçambicanas na Diáspora» e Margarida Paredes, com «O Tibete de África». A apresentação estará a cargo de Isabel Lousada. (Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - Av. Berna, 26-C).

23.4.07

Ler

Celebra-se hoje, segunda-feira, dia 23 de Abril, mais um Dia Mundial do Livro.
Em Coimbra serão apresentadas «Sete mulheres de Timor – Feto Timor Nain Hitu» e «Vozes das Mulheres de Timor Leste» da autoria de Teresa Cunha.
O acontecimento terá lugar pelas 15h00 na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), e contará com a presença da embaixadora da República Democrática de Timor-Leste, Pascoela Barreto, e dos professores Rui Antunes e Pedro Balaus que apresentarão as obras.
Em Lisboa, para assinalar este dia a Assírio & Alvim convida-nos a visitar a sua livraria na Rua Passos Manuel onde, ao longo de todo o dia, poderá adquirir qualquer livro com 50% de desconto.
«Um livro, uma flor» - uma iniciativa em que o Instituto Franco-Português, em parceria com o IPLB, a BAD, as bibliotecas dos Institutos Goethe, Cervantes, Italiano e British Council, vai estar a distribuir livros retirados do acervo da Mediateca, com a oferta de uma rosa.
A editora 101 noites tem agora disponível uma livraria em linha, www.101noites.com, onde os títulos estão com 20% desconto até 30 deste mês.
Ao ar livre, a Frenesi vai estar entretanto até 29 no Largo Trindade Coelho, numa venda de livros manuseados e em saldo, «Os livros do Carmo e da Trindade».

A Cidade das Mulheres sugere a leitura de um poema, para si, em voz alta, no autocarro, no Metro, na beira-rio, no café, no jardim. Onde quer que seja, enfim.
Deixo aqui «O Meu Vestido», de Judith Teixeira (1880-1959), seleccionado no interior do livro «Poemas», da etc., 1996.












O meu vestido
de cores farpantes,
rubras e verdes, roxas e pretas,
como as asas multicolores
das borboletas,
tem no cetim de mil cores
vibraçoes estonteantes...

É bizarro o meu vestido!
Nas suas tintas de espavento
quantas coisas me vem ao pensamento: -

Alegrias esfuziantes!
Um grito em cada cor!
E beijos delirantes,
em convulsões de amor...

Ânsias torturadas,
crimes passionais
nas cores encarnadas!
Escravas doloridas,
cedendo espavoridas
a posses brutais!

Musicados tons,
lágrimas ritmadas
em agudos sons!
........................
E em noites luarentas
quando o deixo caído
e amarfanhado
sobre um sofá -
sempre me traz ao sentido
o corpo abandonado
da favorita dum Radjah!

No meu boudoir - Noite - Junho
1922

21.4.07

Ségolène



Amanhã, 22 de Abril, as francesas e os franceses votam para a presidência da República, num total de mais de 44 milhões de votantes. Segundo uma sondagem do jornal Financial Times de 15 de Abril os europeus apoiam Ségolène Royal (n.1953) e preferem vê-la eleita, a 6 de Maio próximo (segunda volta das presidenciais). Uma entrevista longa com ela é publicada na edição do FT na sua edição de 15 de Março. Para um mergulho na candidatura de Ségolène, nada como entrar no site com o belo título, Désirs d'Avenir. Para além de se informar, participar, consultar o espaço de imprensa, pesquisar os seus livros («Maintenant»;«Les droits des enfants»), e no espaço dedicado aos blogues, aceder à actualidade em videos, incluindo as intervenções da candidata na televisão, a/o cibernauta tem ali uma visão sofre a candidata presidencial e os caminhos desenhados pela sua campanha.
Abril é quando tu quiseres.

20.4.07

O novo rapaz



Patrick Wolf, «Tristan».
Esteve recentemente em Lisboa, no Lux, para apresentar o seu novo álbum, «Magic Position». A Rádio Radar passa uma entrevista com ele, dia 21, 18h00.

A Sul

Na Universidade do Algarve decorrem hoje, sexta, 20 de Abril, a partir das 9h00, as «I Jornadas de Sociologia - Violência e Família», organizadas segundo três painéis temáticos: «Violência e Família», «Os Jovens e a Violência» e «Respostas Sociais à Violência Doméstica». A entrada é livre.
Também no Algarve, mas integrada na programação do Centro Cultural de Lagos, está patente uma exposição de seis artistas mulheres: «Armanda D, Ângela F, Ana V, Fernanda F, Maria L, Susanne T». O acontecimento tem como principal objectivo dar a conhecer o trabalho destas artistas a Sul, colocar as suas ideias em diálogo e confrontar as suas propostas (pintura, escultura, desenho, instalação, video) com o público. A exposição comissariada por Xana apresenta assim até 19 de Maio obras de Armanda Duarte (Praia do Ribatejo, 1961), Ângela Ferreira (Maputo, 1958), Ana Vidigal (Lisboa, 1960), Fernanda Fragateiro (Montijo, 1962), Maria Lusitano (Lisboa, 1971) e de Susanne Themlitz (Lisboa, 1968).

19.4.07

Yolande


Na próxima segunda-feira, 23 de Abril, às 19 horas, é apresentado no Instituto Franco-Português, em Lisboa, o filme Quand la Mer Monte, uma comédia dramática ( 93’), com realização de Yolande Moreau e Gilles Porte. Estreado em França em Outubro de 2005, o filme
conta com Yolande Moreau - César 2005 da Melhor Actriz e do Melhor Primeiro Filme Namur 2004, Bayard d’Or da Melhor Actriz - e com Wim Willaert, Olivier Gourmet, e Jackie Berroyer.
Após ter trabalhado durante alguns anos como educadora, Yolande Moreau dedicou-se à comédia. Foi Agnès Varda que lhe ofereceu os seus primeiros papéis no cinema na curta-metragem em 1984 e, no ano seguinte, em Sans toit ni loi. Em 1989, Yolande Moreau juntou-se à companhia de Jérôme Deschamps e Macha Makeieff, da qual se tornou um dos pilares. Desde logo, a actriz enveredou por papéis cómicos em filmes como Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain, Le Bonheur est dans le pré e Les Trois Frères. Yolande Moreau mostra outra faceta do seu talento em Le Lait de la tendresse humaine de Dominique Cabréra em 2001. Desde então, a actriz é muito solicitada pelo cinema, ao ponto de fazer a sua passagem para trás da câmara com Quand la mer monte.
O filme conta-nos a história de Irène, que anda em digressão pelo Norte da França com o seu «one woman show» - «Sale affaire, du sexe et du crime» -, um espectáculo no qual desempenha o papel de uma mulher que acabou de matar o seu amante e que se confia ao público. Fora do palco, conhece Dries, um gigantone... É o início de uma história de amor, que se assemelha estranhamente ao papel que Irène interpreta no teatro. «Fazer teatro dá ao actor a oportunidade de " ajustar contas" com a vida. Trituramos a realidade, pomos um pouco de nós, um pouco dos outros e partilhamos tudo isso com o público, que varia todas as noites, que ri e se identifica. A digressão e o espectáculo de Irène serviram-nos de ponto de partida para contar o paralelismo entre a vida real e a vida sonhada, a que é sublimada pela arte», declara a realizadora e actriz Yolande Moreau.
Ainda no Instituto-Franco Português, mas já amanhã, dia 20, pelas 19h00, eis a Noite do Filme Francês e da Gastronomia - para descobrir dois filmes recentes e saborear, ao intervalo, algumas especialidades francesas. São eles Hors de Prix de Pierre Salvadori com Audrey Tautou («Amélie...») e Gad Elmaleh, apresentado em ante-estreia e La science des rêves de Michel Gondry, com Gael Garcia Bernal, Charlotte Gainsbourg e Alain Chabat.

18.4.07

Artistas Mulheres - Três Vozes

Parte I

Fazer arte é tornar objectiva a experiência do mundo, transformando o fluxo dos movimentos em algo visual, textual ou musical. A arte cria uma espécie de comentário.
Barbara Kruger


Inicio hoje a publicação de «Artistas Mulheres - Três Vozes», um projecto de investigação desenvolvido no âmbito de «Imagens da Mulher na Arte Contemporânea» (Estudos sobre a mulher, FCSH/UNL), em que decidi eleger o trabalho artístico de três mulheres, procurando situá-lo cada um per si como parte de um processo de auto-conhecimento e de consciência do feminino. Ao mesmo tempo, a reflexão das próprias mulheres sobre o seu trabalho permite-nos estudar os processos (sociais, culturais, feministas) pelo qual estas mulheres se tornaram artistas. São elas uma professora de arte, Jane Gilmor, autora de instalações, performances e projectos com uma base comunitária, desde meados dos anos 70, uma pianista de jazz e música improvisada, Iréne Schweizer, com projecção internacional desde aquela década, e uma cantora, Teresa Salgueiro, que, no interior de um grupo de repertório, realiza concertos por todo o mundo desde finais dos anos 80.
Todas elas têm um impacto duradouro nas expressões artísticas do nosso tempo e a sua «voz» faz-se ouvir nos respectivos campos artísticos. Uma «voz» que se juntou a outras no casos de Jane Gilmor (participando na primeira cooperativa de mulheres artistas em Nova Iorque) e de Iréne Schweizer (que integrou um grupo de improviso de mulheres feministas). E a voz que se confunde com o colectivo de instrumentistas que representa: Teresa Salgueiro, do grupo Madredeus, um grupo nascido no bairro de Lisboa que lhe deu o nome. Como diz a canção que os notabilizou, foi ‘à porta daquela igreja’ («Vaca de Fogo», letra de Pedro Ayres de Magalhães, música de PAM e Gabriel Gomes, integrou o primeiro álbum Os dias da Madredeus), mais propriamente nas instalações de uma companhia independente, Companhia Teatro Ibérico, situadas na antiga igreja da Madre de Deus (MN, decreto de. 1910), que decorreram as gravações do primeiro disco dos Madredeus, em Julho de 1987.
A história de uma criação musical com a voz, segundo um repertório que é cantado em português, fala-nos e canta-nos de dentro das nossas paisagens e dando ao Nós um rumo itinerante, através da saudade e do encontro com o Outro, a sua alma mater. Mulher.

Cristina L.Duarte

17.4.07

O dia mais longo para Virginia Tech

A sequência de acontecimentos naquela universidade americana (no estado da Virginia), onde morreram ontem 32 pessoas, para além do atirador, um estudante sul coreano de 23 anos, relatada pela jornalista Shaila Dewan. Esta é uma história de terror para quem a viveu na primeira pessoa.

http://www.nytimes.com/2007/04/17/us/17scene.html?ex=1334548800&en=e1c2e42bef777bea&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink

14.4.07

Deolinda

Apresenta-se hoje à noite no Maxime a cantora Deolinda, acompanhada por duas guitarras e um contrabaixo. Quem já ouviu o projecto descreve-o como fado irónico, ao melhor nível, liderado por uma poderosa voz feminina. No próximo sábado, dia 21, Deolinda cantará em Santos, na Sociedade Guilherme Cossoul (Av. D. Carlos I, 61), em Lisboa.

13.4.07

FINA

O Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE ) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e a UMAR irão realizar hoje pelas 18h00 o lançamento do livro Mulheres Navegantes de Fina D'Armada, o que terá lugar no Porto, naquela faculdade. O livro, que recebeu o Prémio Mulher Investigação Carolina de Michäelis de Vasconcelos, será apresentado por Maria José Magalhães da UMAR e comentado por Elvira Mea e por Sofia Marques da Silva.

12.4.07

Preto no Branco



Parte I

Até 29 de Abril está patente em Lisboa, no Museu da Cidade - Pavilhão Branco e Pavilhão Preto, a exposição «Entre a palavra e a imagem» que nos situa no panorama das experiências levadas a cabo por artistas do Brasil, Espanha e Portugal. As obras apresentadas têm como expressão a poesia, o diário íntimo, a linguística e a crítica social «escritas» por homens e mulheres de várias idades. No Pavilhão Preto, para já, A Cidade das Mulheres distinguiu uma delas, Lenora de Barros (n.1953, São Paulo), com «No país da língua grande, dai carne a quem tem fome», uma pequena série de fotografias a preto e branco, onde se vê uma língua presa entre as teclas de uma máquina de escrever, «Procura-se, Poema (Fotoperformance)» (na fotografia), e «Não quero nem ver», um video de três minutos, em que uma peça de malha 'respira' enquanto ouvimos uma voz feminina: «A mulher. o corpo. o corpo de mulher. o corpo de ideias da mulher. há mulheres que pensam o próprio corpo. há mulheres que pensam com o corpo. há mulheres que pensam através do corpo. há mulheres que pensam para o corpo. há mulheres que pensam a partir da ideia de corpo. há mulheres que pensam a partir do corpo de mulher. há mulheres que pensam a mulher» (excerto).

Há arte a olhar para nós

Um projecto artístico que vai ao encontro do público, fotografando-o a ver arte nos museus (em Nova Iorque, até 28 Abril, Marian Goodman Gallery, 24 West 57th Street) .

http://www.nytimes.com/2007/04/10/arts/design/10stru.html?ex=1333857600&en=5176f70a26b7b135&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink

11.4.07

Encontro de Mulheres em Coimbra

Dois importantes encontros estão marcados para o final da semana em Coimbra. Debater e conhecer a realidade das jovens mulheres em Portugal, criar e trocar acções pela Igualdade de Oportunidades a nível geracional são os objectivos que norteiam no dia 13 de Abril, sexta-feira, a partir das 14 horas, o Encontro Nacional entre Jovens Mulheres (Galerias de Santa Clara, Coimbra). O encontro pretende ser um espaço de diálogo e de partilha de opiniões acerca da realidade concreta das jovens mulheres: desafios e problemas que encontram a nível pessoal e colectivo; posição na sociedade e no mundo; acções para que a igualdade na diversidade seja uma realidade; perspectivas para o futuro. A participação será gratuita, se bem que ela deva ser alvo de inscrição (através de nome completo, e-mail, telefone, e organização/associação, se for o caso) para a AJP -Acção para a Justiça e Paz (Rua São João - 3130-080 Granja do Ulmeiro; crocodila@ajpaz.org.pt; (TM) 96 2477031 (T) 239 642815 (F) 239 642816).
No dia seguinte, 14 de Abril, sábado, é a vez do Encontro Nacional de Mulheres, no Hotel TRYP, em Coimbra. Igualmente organizado pela Acção para a Justiça e Paz (AJP), em parceria com a Associação Cultural, Recreativa e Social de Coles de Samuel, a Associação para o Desenvolvimento Rural de Lafões e a Associação Não Te Prives, em nome da Coordenação Portuguesa da Marcha Mundial das Mulheres, os eixos temáticos da Marcha Mundial das Mulheres a serem discutidos e debatidos no encontro são os seguintes: mulheres, paz e desmilitarização; as violências contra as mulheres; os trabalhos das mulheres e a pobreza; mulheres, bens comuns e acesso a recursos e serviços.
Na ocasião, será ainda apresentado o documentário Vozes e Olhares Femininos, construído durante a preparação do encontro, e que inclui vozes femininas de diferentes localizações geográficas do país e que, em encontros e diálogos, partilharam histórias de vida, olhares e saberes. Pode encontrar tudo sobre o Encontro em http://www.ajpaz.org.pt/accao2007.htm .

10.4.07

Musa do funk



Deize Tigrona apresenta-se na sexta-feira em Lisboa, na Music Box e depois sábado no Porto, na Casa da Música. Reza a história de Deize que ela foi uma das primeira mulheres a vingar na cena do funk carioca. Nasceu na Cidade de Deus (aquela filmada por Fernando Meireles), iniciou a sua carreira musical em 1997, quando saiu vencedora de um concurso de rap da favela de onde é proveniente. Hoje faz furor no Brasil e na Europa, tendo actuado recentemente em Paris para 6000 pessoas. Sobre a invasão das mulheres no ritmo do funk, Deize afirma: «As funkeiras falam de sexo, são lúcidas, têm articulação verbal».

9.4.07

A sociedade do espectáculo



Agradeço a Guy Débord o empréstimo do título para afixar o que se segue. Há poucos dias o cartaz do Gato Fedorento tomou lugar no Marquês de Pombal ao lado do cartaz de um partido que é contra a imigração, como se Portugal não fosse um país de emigrantes o que, obrigatoriamente, dá origem a muitos imigrantes portugueses noutros pontos do mundo. Se calhar o problema desses senhores é não conhecerem a língua portuguesa. Ora, só para citar Pessoa, «a língua portuguesa é a minha pátria». E aquela história dos grandes (onde?) portugueses também não ajudou nada. Mas pior do que este nacional bananismo, é o absentismo eleitoral, o esquecimento, o não fazer nada para criticar depois. De se lhe tirar o chapéu foi portanto o que o Gato Fedorento fez. Mesmo que o resultado tenha dado no que deu. Ou seja, a retirada do cartaz de intervenção felino-artística pela CML, a troco de impedimentos legais, que não surgiram aquando da colocação do cartaz xenófobo - será que exibir a xenofobia é legal? Bom, a brincar a brincar o gato foi mesmo às filhozes. E se há no passado quem tivesse sofrido - e muito - com o lápis azul da censura, agora eis que a democracia precisa de meios mais sofisticados - e legais - para atingir os mesmos fins. E mau, mesmo mau, é que pelas opiniões que se vão ouvindo aqui e ali há já quem confunda democracia com ditadura. O que é uma grande «parvoíce». Haverá alguém capaz de promover um concurso chamado «grandes parvos da história»? Aceitam-se apostas para semelhante top 10.

[Sobre Guy Débord, e os seus filmes, a ver em Lisboa.]

O espectáculo da máfia

http://www.nytimes.com/2007/04/08/arts/television/08stan.html?ex=1333857600&en=8f4c1199c0a9f124&ei=5124&partner=permalink&exprod=permalink

8.4.07

Teresa na cidade



«Lisbon Story», Wim Wenders, 1994.
Teresa Salgueiro lança um álbum a solo, no seguimento de um encontro com músicos brasileiros. Depois de «Obrigado», que reunia colaborações da cantora com vários artistas ao longo do tempo de viagem com os Madredeus, as vinte e duas canções agora interpretadas pela nossa cantora levam-na aos ritmos da MPB, «Você e Eu».

6.4.07

Mulheres no rock



Joan Jett & the Blackhearts, «I Love Rock n' Roll»

Fernanda e a sociedade



Quis a Cidade das Mulheres sublinhar uma das campanhas que povoa a nossa realidade múltipla, e junta dois formatos televisivos numa imagem publicitária única: «Sociedade Civil», programa indispensável a uma cidadania convicta e democrática, liderado pela Fernanda Freitas, e «Os Sopranos», indispensável para quem gosta de boas séries dramáticas. Abril (o R é substituído por um revólver no anúncio do fim da série), imagens mil: de moda, com a estilista de serviço Juliet Polcsa, que veste a série desde a sua segunda temporada (para quem gosta do tema, ela explica como veste os homens e mulheres da série no site da HBO). Os mafiosos mais conhecidos – e bem vestidos - do panorama televisivo farão as delícias do seu público no domingo de Páscoa, data em que começam a passar os últimos episódios nos EUA. No video de promoção faz-se ouvir a voz de Carmela, que se confessa ao padre: «I want to speak to you with a open heart». A mulher e a religião é apenas um dos temas que é deixado a vogar através da série, um espelho da sociedade (em geral, norte-americana em particular). Em Portugal, o adeus à família Soprano ainda não tem data marcada. Felizmente, temos a Fernanda Freitas de segunda a sexta, na nossa companhia à hora de almoço (para quem almoça tarde:) mas podemos revê-la a qualquer hora no site da televisão pública.