Celebra-se hoje, segunda-feira, dia 23 de Abril, mais um Dia Mundial do Livro.
Em Coimbra serão apresentadas «Sete mulheres de Timor – Feto Timor Nain Hitu» e «Vozes das Mulheres de Timor Leste» da autoria de Teresa Cunha.
O acontecimento terá lugar pelas 15h00 na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), e contará com a presença da embaixadora da República Democrática de Timor-Leste, Pascoela Barreto, e dos professores Rui Antunes e Pedro Balaus que apresentarão as obras.
Em Lisboa, para assinalar este dia a Assírio & Alvim convida-nos a visitar a sua livraria na Rua Passos Manuel onde, ao longo de todo o dia, poderá adquirir qualquer livro com 50% de desconto.
«Um livro, uma flor» - uma iniciativa em que o Instituto Franco-Português, em parceria com o IPLB, a BAD, as bibliotecas dos Institutos Goethe, Cervantes, Italiano e British Council, vai estar a distribuir livros retirados do acervo da Mediateca, com a oferta de uma rosa.
A editora 101 noites tem agora disponível uma livraria em linha, www.101noites.com, onde os títulos estão com 20% desconto até 30 deste mês.
Ao ar livre, a Frenesi vai estar entretanto até 29 no Largo Trindade Coelho, numa venda de livros manuseados e em saldo, «Os livros do Carmo e da Trindade».
A Cidade das Mulheres sugere a leitura de um poema, para si, em voz alta, no autocarro, no Metro, na beira-rio, no café, no jardim. Onde quer que seja, enfim.
Deixo aqui «O Meu Vestido», de Judith Teixeira (1880-1959), seleccionado no interior do livro «Poemas», da etc., 1996.
O meu vestido
de cores farpantes,
rubras e verdes, roxas e pretas,
como as asas multicolores
das borboletas,
tem no cetim de mil cores
vibraçoes estonteantes...
É bizarro o meu vestido!
Nas suas tintas de espavento
quantas coisas me vem ao pensamento: -
Alegrias esfuziantes!
Um grito em cada cor!
E beijos delirantes,
em convulsões de amor...
Ânsias torturadas,
crimes passionais
nas cores encarnadas!
Escravas doloridas,
cedendo espavoridas
a posses brutais!
Musicados tons,
lágrimas ritmadas
em agudos sons!
........................
E em noites luarentas
quando o deixo caído
e amarfanhado
sobre um sofá -
sempre me traz ao sentido
o corpo abandonado
da favorita dum Radjah!
No meu boudoir - Noite - Junho
1922
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