Ricardo Andrez, n. Porto (29.4.1980) apresentou a sua colecção ontem na plataforma LAB da modalisboa, no Museu da Moda e do Design MUDE. Foi uma estreia em Lisboa. Formou-se no Porto, na cooperativa Árvore, depois frequentou o Citex, não terminando o curso de Design de Moda. Não fez estágios com ninguém. Está por ele. É um promissor criador de moda.
Cristina L.Duarte: Podes fazer a auto-biografia desta colecção? Se ela fosse uma pessoa como a descreverias?
Ricardo Andrez: energética, dissimulada, e arrojada, endo que é uma colecção de homem, é arrojada.
Pensas a moda como intervenção social/colectiva, ou como intervenção individual?
RA – No início, eu tinha de me afirmar, de fazer isto. Agora tenho de pensar num aspecto social e analisar por onde quero ir, pois as pessoas agora estão mais focadas em mim. Apesar de querer continuar a fazer aquilo que me apetece, e que eu sinta, isso é o mais importante.
Pensas no tema da igualdade de género aplicado à moda?
RA – A minha roupa não tem sexo. Faço a roupa e depois o corpo atribui-lhe a identidade; óbvio que uma peça de homem tem uma relação diferente com o corpo, relativamente à de senhora. Mas o modelo pode ser exactamente igual, o material também.
Cristina L.Duarte: Podes fazer a auto-biografia desta colecção? Se ela fosse uma pessoa como a descreverias?
Ricardo Andrez: energética, dissimulada, e arrojada, endo que é uma colecção de homem, é arrojada.
Pensas a moda como intervenção social/colectiva, ou como intervenção individual?
RA – No início, eu tinha de me afirmar, de fazer isto. Agora tenho de pensar num aspecto social e analisar por onde quero ir, pois as pessoas agora estão mais focadas em mim. Apesar de querer continuar a fazer aquilo que me apetece, e que eu sinta, isso é o mais importante.
Pensas no tema da igualdade de género aplicado à moda?
RA – A minha roupa não tem sexo. Faço a roupa e depois o corpo atribui-lhe a identidade; óbvio que uma peça de homem tem uma relação diferente com o corpo, relativamente à de senhora. Mas o modelo pode ser exactamente igual, o material também.
Utilizas nesta colecção as molas dos cintos de ligas, para ligar partes do vestuário, mas terá outro significado?
RA - Pego nessa vertente mais andrógina e no trabalho de detalhes, e também de efeito inesperado, como prender uma sweatshirt básica, dupla, carregada de filas de peças de ligas.
Acabaste por jogar com elementos associados às mulheres, e ainda com outros tradicionalmente associados a brincadeiras infantis de rapazes e que são os berlindes [utilizados como adorno]: o mundo gira à volta dos berlindes e preso a ligas (risos)...?
RA – Eu tenho uma overdose de berlindes. Ando sempre com eles para trás e para frente. E também tento acrescentar algo com os materiais, de uma forma que não seja usual transformar em roupa.
RA – Eu tenho uma overdose de berlindes. Ando sempre com eles para trás e para frente. E também tento acrescentar algo com os materiais, de uma forma que não seja usual transformar em roupa.
Pensas que o vestuário fala e se fala o que é que diz?
RA - Fala. Sou eu.
RA - Fala. Sou eu.
Feminilidade – dá-me um sinónimo...
RA - Pureza.
RA - Pureza.
Masculinidade...
RA - Pureza.
RA - Pureza.
Desejo...
RA - Cor de rosa.
RA - Cor de rosa.
Por onde começas uma colecção?
RA – Pelo conceito. E pela pesquisa. O ponto de partida são as pessoas que andam à minha volta.
RA – Pelo conceito. E pela pesquisa. O ponto de partida são as pessoas que andam à minha volta.
Qual é para ti a força da moda em Portugal?
RA - Não sei. Acho que as pessoas não dão muito valor à roupa e à forma como se apresentam. A nível dos homens penso que há um gosto mais refinado. As mulheres têm mil e uma funções a mais... e têm muito mais escolha...
Mas a força da moda em Portugal deveria estar nos industriais.
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