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PARTE VI
Aleksandar Protich (n.Belgrado, 1973) continua a desenvolver a sua abordagem gráfica e linear a nível do corte, mais rígida agora na forma, em materiais como a lã e a seda, segundo diferentes tons de grafite, cinza, preto e prateado. A primeira participação deste designer no Lab da ModaLisboa data de Abril de 2002 (ele reside em Lisboa há oito anos) e desde então que é visível o primor da sua costura. Um elemento recorrente nesta colecção de mulher para o Inverno 08 é uma espécie de aba/pétala sobreposta à anca; outro elemento é um tecido preto de brilho metálico (ver foto). A Cidade das Mulheres adorou os drapeados de Protich, as calças com riscas desencontradas (pelas costuras), e as blusas de seda com estampado de quadrados modernistas.
Anabela Baldaque (n.Vizela, 1964) trouxe a Lisboa uma colecção de mulher cheia de pormenores deliciosos, peças adoráveis que se querem tanto para o Inverno, como para o Verão (os vestidos, neste caso). Imbuída de um espírito Oriental Anabela deu-nos uma silhueta ampla, algumas vezes a contrastar com peças justas. «Na China, o salgueiro-chorão simboliza o renascimento... foi aí que começou esta história , na força do renascer. O bulício dos sonhos, a poeira de Pequim, o silêncio da Cidade Proibida. A era das cortesãs vestidas de seda....». Lindos os casacos de pêlo curto, outros com volumes e mangas raglan, as saias curtas tufadas e presas como punhos. As cores da criadora são os beges claros, aqui texturados, os verdes e cinzentos oxidados, as cores mesclas e pretos brilhantes, apontamentos de turquesa, castanhos e cinza estanho. Exultante a sua mistura de tecidos e de texturas. E os sapatos, muito originais, de componente exótica, com um tacão de madeira clara. (Continua)
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Cristina L. Duarte
Fotografia: Rui Vasco/ Arquivo ModaLisboa
1 comentário:
O Filipe Faísca não vi, infelizmente, e o Tenente foi, é e será sublime!
Até sempre
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